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O Leviatã

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Por:   •  29/10/2014  •  759 Palavras (4 Páginas)  •  235 Visualizações

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O LEVIATÃ

O Título da obra foi inspirado em um monstro bíblico. Ele é descrito de diversas formas: como um peixe, uma baleia um hipopótamo, etc. No livro de JÓ capítulos 40 e 41, é apontada a imagem mais impressionante do Leviatã, descrevendo-o como o maior (ou o mais poderoso) dos monstros aquáticos. O fato é que o Leviatã era um monstro bastante temido e respeitado.

A diferença entre o Monstro da Bíblia e o Leviatã moderno é que este seria criado e composto pela união e força de todos os homens que pactuaram em formar o Estado para lhes proteger.

Hobbes concebe a condição humana, antes de existir o Estado, como de plena liberdade, o que ele denomina de estado de natureza. Ele concebe este estado de natureza, diga-se de passagem, dramaticamente, como um estado de guerra de todos contra todos, afirmando assim que o ser humano não é sociável por natureza. Nessa condição a propriedade privada não existia no estado de natureza. Os homens então decidem passar do estado de natureza para o estado civil por segurança e para a proteção dos bens e vida de cada um. Quem daria essa proteção seria o Estado, a idéia é de que a união política surge de um pacto de submissão (o contrato social) por meio do qual cada indivíduo abre mão do uso legítimo de sua força física, transferindo-o ao Estado, ou seja, é o medo e o desejo de paz que levam os indivíduos a fundar um estado social, uma autoridade política, abdicando de seus direitos em favor de um soberano. Uma vez instituído o Estado não pode ser contestado, ele é absoluto. O poder do Estado, para Hobbes deve ser exercido pela força, pois só a iminência do castigo é que pode atemorizar os indivíduos. (Teoria defendida até hoje, mas de forma mais tênue – punição legal).

O pensamento de Hobbes estabelece uma clara separação entre Estado e Sociedade Civil, entre a esfera pública e a privada (protegendo assim o sistema de propriedade individual).

RESUMO DO LIVRO:

Thomas Hobbes defende um contrato social e o governo de um soberano absoluto. Hobbes escreveu que o caos ou a guerra civil que são situações identificadas como um estado de natureza e onde ocorre a guerra de todos contra todos só poderia ser evitada por um governo central forte.

CAPÍTULO XIII

Da condição natural da humanidade relativamente à sua felicidade e miséria

- ESTADO DE NATUREZA - Consequências

Portanto tudo aquilo que é válido para um tempo de guerra, em que todo homem é inimigo de todo homem, o mesmo é válido também para o tempo durante o qual os homens vivem sem outra segurança senão a que lhes pode ser oferecida por sua própria força e sua própria invenção.

Numa tal situação não há lugar para a indústria, pois seu fruto é incerto; consequentemente não há cultivo da terra, nem navegação, nem uso das mercadorias que podem ser importadas pelo mar; não há construções confortáveis, nem instrumentos para mover e remover as coisas que precisam de grande força; não há conhecimento da face da Terra, nem cômputo do tempo, nem artes, nem letras; não há sociedade; e o que é pior do que tudo, um constante temor e perigo de morte violenta. E a vida do homem é solitária, pobre, sórdida, embrutecida

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