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O Novo E Precário Mundo Do Trabalho

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Por:   •  20/11/2013  •  1.268 Palavras (6 Páginas)  •  415 Visualizações

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O TOYOTISMO: momento predominante do complexo de reestruturação produtiva.

O toyotismo conseguiu alcançar um poder ideológico e estruturante, a partir dos anos 80, onde se denominou de “momento predominante” do complexo de reestruturação produtiva, que por sua vez foi iniciado no Japão e depois suas técnicas foram sendo conhecidas em diversos países e setores.

A crise capitalista dos anos 70 intensificou a concorrência nos comércios, impulsionando assim, a busca por novas alternativas para combater essa competitividade. Com isso, o toyotismo introduziu suas novas tecnologias de produção, exigindo uma nova ordem do trabalho ao capital. Começa então uma nova etapa de produção capitalista e de gestão de trabalhadores.

Ao surgir como momento predominante do complexo de reestruturação sob a mundialização do capital, ou seja, assumiu uma dimensão universal, o toyotismo passa a ter um nova significação, indo alem de suas particularidades vinculadas a sua origem no capitalismo japonês. Para Alves o toyotismo caracteriza um novo estagio de aperfeiçoamento de uma técnica do trabalho, de modo a melhorar o rendimento, que não rompe, a rigor, a lógica do taylorismo-fordismo, entretanto, na questão da gestão da força de trabalho, o toyotismo realiza um salto qualitativo na conquista da subjetividade operaria pela lógica do capital.

Toyotismo e capitalismo manipulatório na era da superprodução

Os princípios organizacionais do toyotismo foram adotados por varias corporações transnacionais dos Estados Unidos, na Europa e na Ásia, principalmente nos setores industriais.

O toyotismo ao assumir seu valor universal, passou a incorporar objetivos nacionais e setoriais para o aperfeiçoamento do trabalho, proporcionando uma melhor flexibilidade.

O aspecto original do toyotismo é declarar a continuidade de melhorar os rendimentos do trabalho, o que se torna uma continuidade do taylorismo e fordismo. Por isso que o criador do toyotismo preferiu insistir antes sobre a continuidade do que sobre o rompimento, pois, o próprio autor observou que muitos princípios de Ford formaram a própria base do toyotismo.

No entanto, apesar do toyotismo manter uma continuidade no que diz respeito à racionalização do trabalho próprias do taylorismo fordismo, ele inaugura uma nova subsunção real do trabalho ao capital, através do controle da subjetividade operaria, que por sua vez, se torna uma descontinuidade em relação ao taylorismo fordismo.

O valor universal do toyotismo

O toyotismo surgiu no Japão para atender as exigências de um mercado restrito. Desta forma se espalhou pelo mundo nos anos 80 como resposta a uma crise de superprodução, onde apresentou novas formas de concorrência. Segundo Alves, foi a crise que constituiu os novos padrões de gestão da produção de mercadorias. Desta forma, a terceira revolução industrial, com a introdução de novas tecnologias microeletrônicas exige a conquista da subjetividade operária, ou seja, em virtude se sua complexidade a altos custo, exigem uma nova disposição subjetiva dos trabalhadores em cooperar com a produção. Porém esse desenvolvimento é posterior a criação do toyotismo, entretanto, é nesse contexto que o modelo de organização toyotista encontrara um solo fértil para atender as exigências da indústria mundial.

O mistério do toyotismo: a captura da subjetividade operaria pela lógica do capital.

O valor universal do toyotismo objetiva instaurar uma nova liderança do capital sobre o trabalho, através da repressão capitalista e do consentimento operário.

O toyotismo procura mais do que nunca recompor algo que era fundamental na manufatura: a ligação entre o físico e o psicológico do trabalho profissional qualificado, a participação ativa da inteligência, da fantasia e da iniciativa do trabalho.

Os nexos contingentes do toyotismo

Os protocolos organizacionais do toyotismo estão centrados nos princípios da autonomação/auto-ativação, Just in time/kanban e a polivalência operaria, além da serie de inovações institucionais, seja intrafirma, principalmente as novas formas de pagamento salariais, seja interfirmas, a terceirização. Eles compõem os nexos contingentes do toyotismo, objetos de analises concretas da sociologia do trabalho. Essas novas estratégias conduzem a uma maior flexibilidade no trabalho que acabam contribuindo para o aumento da produtividade.

Autonomação/ auto- ativação: É um principio que consiste em introduzir um mecanismo de parada automática em caso de funcionamento defeituoso, ou seja, se uma situação anormal aparecer, a máquina pára e o os operários pararão a linha de produção. Autonomação previne produtos defeituosos, elimina superprodução e foca a atenção na compreensão do problema e assegurar que esse problema não se repita. Para isso é importante uma nova concepção de linha de produção e um novo perfil de operário. Surge, portanto, o principio de linearização da produção e uma concepção da organização do trabalho em torno de postos polivalentes. Ocorre então a substituição dos operários parcelares por profissionais plurioperadores.

Just in time/Kanban:Vinculada a lógica da autonomação, o Just in time traz o principio de estoque mínimo, o produto ou matéria prima chega ao

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