O PLANEJAMENTO DA PESQUISA
Seminário: O PLANEJAMENTO DA PESQUISA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: GlestonCastro • 10/10/2013 • Seminário • 3.400 Palavras (14 Páginas) • 792 Visualizações
O PLANEJAMENTO DA PESQUISA
PESQUISA é a construção de conhecimento original de acordo com certas exigências científicas. Para que seu estudo seja considerado científico você deve obedecer aos critérios de coerência, consistência, originalidade e objetivação.
Para a realização de uma pesquisa científica, é imprescindível:
a) a existência de uma pergunta que se deseja responder;
b) a elaboração de um conjunto de passos que permitam chegar à resposta;
c) a indicação do grau de confiabilidade na resposta obtida.
O planejamento de uma pesquisa dependerá basicamente de três fases:
FASE DECISÓRIA: referente à escolha do tema, à definição e à delimitação do problema de pesquisa;
FASE CONSTRUTIVA: referente à construção de um plano de pesquisa e à execução da pesquisa propriamente dita;
FASE REDACIONAL: referente à análise dos dados e informações obtidas na fase construtiva. É a organização das idéias de forma sistematizada visando à elaboração do relatório final. A apresentação do relatório de pesquisa deverá obedecer às formalidades requeridas pela Academia.
A PESQUISA E SUAS CLASSIFICAÇÕES
Classificações das pesquisas
Do ponto de vista da sua natureza, pode ser:
PESQUISA BÁSICA: objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais.
PESQUISA APLICADA: objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática e dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.
Do ponto de vista da forma de abordagem do problema pode ser:
PESQUISA QUANTITATIVA: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e in-formações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.).
PESQUISA QUALITATIVA: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem.
Do ponto de vista de seus objetivos (GIL, 1991) pode ser:
PESQUISA EXPLORATÓRIA: visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de Caso.
PESQUISA DESCRITIVA: visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de Levantamento.
PESQUISA EXPLICATIVA: visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o “porquê” das coisas. Quando realizada nas ciências naturais, requer o uso do método experimental, e nas ciências sociais requer o uso do método observacional. Assume, em geral, a formas de Pesquisa Experimental e Pesquisa Expost-facto.
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos (GIL, 1991), pode ser:
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA: quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet.
PESQUISA DOCUMENTAL: quando elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico.
PESQUISA EXPERIMENTAL: quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definem-se as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.
LEVANTAMENTO: quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer.
ESTUDO DE CASO: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento.
PESQUISA EXPOST-FACTO: quando o “experimento” se realiza depois dos fatos.
PESQUISA-AÇÃO: quando concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo.
PESQUISA PARTICIPANTE: quando se desenvolve a partir da interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas.
MÉTODOS CIENTÍFICOS
É o conjunto de processos ou operações mentais que se devem empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa. Os métodos que fornecem as bases lógicas à investigação são: dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico (GIL, 1999; LAKATOS; MARCONI, 1993).
MÉTODO DEDUTIVO
Método proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz que pressupõe que só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro.
O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar o conteúdo das premissas.
Por intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem descendente, de análise do geral para o particular, chega a uma conclusão.
Usa o silogismo, construção lógica para, a partir de duas premissas, retirar uma terceira
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