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O PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL NA ATUALIDADE

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Por:   •  6/1/2014  •  1.509 Palavras (7 Páginas)  •  944 Visualizações

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RESENHA: O PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL NA ATUALIDADE

IAMAMOTO, Marilda Villela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. In: O serviço social na contemporaneidade. 21 ed. São Paulo: Cortez, 2011.

Marilda Villela Iamamoto, Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1B. Graduação em Serviço Social pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1971), mestrado em Sociologia Rural pela Universidade de São Paulo (1982) e doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001). É professora Titular (aposentada) da Escola de Serviço Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é professora titular da Faculdade de Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, atuando no Programa de Pós-graduação em Serviço Social. Selecionada para o Programa Produtividade em Ciência (FAPERJ/UERJ), coordenadora do Programa de Estudos e Pesquisas Pensamento social e realidade brasileira na América Latina e do Centro de Estudos Octávio Ianni. Ex-coordenadora Adjunta da CAPES para a área de Serviço Social (triênio 2008-2010). Tem experiência na área de Serviço Social e Sociologia Rural com ênfase em Serviço Social, atuando principalmente nos seguintes temas: serviço social, história do serviço social, serviço social na divisão do trabalho, formação profissional e ensino superior. Autora de livros com várias edições e artigos em revistas nacionais e internacionais.

No capitulo que agora resenhamos: O SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE, a autora tem como objetivo mostrar através história, focalizando os anos contemporâneos, que os desafios do serviço social estão centrados a partir das questões que envolvem a sociedade atual.

Na Introdução do livro, a autora chama a atenção para o fenômeno da globalização que produz um desemprego estrutural. É verificado assim, o agravamento das múltiplas expressões da questão social, base sócia histórica da requisição social da profissão. No âmbito do processo de trabalho do assistente social, é possível atestar o crescimento da demanda por serviços sociais, o aumento da seletividade no âmbito das políticas sociais, a diminuição dos recursos, dos salários, a imposição de critérios mais restritivos nas possibilidades da população ter acesso aos direitos sociais, materializados em serviços sociais políticos.

O nosso desafio é o de inquirir a realidade buscando pelo seu deciframento, o desenvolvimento de um trabalho pautado no zelo pela qualidade dos serviços prestados, na defesa da universalidade dos serviços públicos, na atualização dos compromissos ético-políticos com os interesses coletivos da população usuária.

No tópico Sintonizando o Serviço Social com os novos tempos, a autora ressalta seu primeiro pressuposto que é a indispensabilidade de rompermos com uma visão endógena, focalista, uma visão “de dentro” do serviço social, prisioneira em seus muros internos. É preciso, segundo a autora, enxergar a profissão não como o mero emprego, enxergar a ação de um sujeito profissional que tem competência para propor, para negociar com a instituição os seus projetos, para defender o seu campo de trabalho, suas qualificações e funções profissionais.

Cabe aos profissionais apropriarem-se dessas possibilidades e, como sujeitos, desenvolvê-las transformando-as em projetos e frentes de trabalho. Essa compreensão é muito importante para se evitar uma atitude fatalista do processo histórico e, por extensão, do serviço social.

Entretanto, também é necessário evitar a perspectiva do messianismo profissional em que se enfatiza uma visão heroica do serviço social que reforça unilateralmente a subjetividade dos sujeitos, a sua vontade política sem confrontá-la com as possibilidades e limites da realidade social.

O segundo pressuposto é a consideração de que o serviço social é uma especialização do trabalho, uma profissão particular inscrita na divisão social e técnica do trabalho coletivo da sociedade. As mudanças que vêm ocorrendo no mundo do trabalho e na esfera estatal, em suas relações com a sociedade civil, incidem diretamente sobre os rumos do desenvolvimento dessa profissão na sociedade.

O terceiro pressuposto é de que o serviço social sendo trabalho participa da produção/reprodução da vida social. Quando se fala nessa produção/reprodução, não é apenas a dimensão econômica que é ressaltada, mas a reprodução das relações sociais de indivíduos, grupos e classes sociais.

No tópico: Questão Social e Serviço Social, Iamamoto traz para discussão o estudo da questão social enquanto objeto de estudo do Assistente Social, entendida como as desigualdades sociais da sociedade capitalista, na qual o trabalho é coletivo, mas, os resultados são para uma pequena parcela da população. É nesta tensão entre produção de desigualdade e produção da rebeldia e da resistência, que trabalham os assistentes sociais. É um desafio para o assistente social, dar conta de toda essa dinâmica, e tentar ser sucinto ao revelar formas de reversão destas questões.

A autora vem contribuir claramente para o entendimento das novas bases de produção e do trabalho cotidiano desse profissional, que deixa de ser um trabalho especializado e passa a ter múltiplas funções. O Estado também passa por essas mudanças através das políticas de reajuste, aderindo ao discurso do neoliberalismo, que tem a espantosa façanha de atribuir título de modernidade ao que há de mais conservador e atrasado na sociedade brasileira: fazer do interesse privado a medida de todas as coisas. Iamamoto toma como base de questionamento social o trabalho infantil, que é utilizado por grandes empresas e que tem por consequência o desemprego e a flexibilização do trabalho. Em outros termos o desemprego dos adultos aumenta o trabalho infantil. Várias esferas da sociedade estão se mobilizando em torno da defesa dos direitos da criança e do adolescente, e os assistentes sociais somam-se, a essas outras forças sociais, contribuindo para

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