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O Parcial do Prointer

Por:   •  11/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.729 Palavras (11 Páginas)  •  227 Visualizações

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ANEXO I Questionário

Entrevista com um Empreendedor

Nome da Empresa: Rivesti Endereço: Rua das Figueiras, 888

Cidade: Santo André

Estado: SP

Ramo de Atividades: Produtos e/ou serviços: Indústria Plástica Ltda.

Data de Inicio das atividades: 04/04/2017

Entrevistado: Rafael Solano

 

 

1)    Que fatores o influenciaram a se tornar um empreendedor?

2)    Existem outros empreendedores em sua família?

 

Venho de uma família de empreendedores. Meu pai, meus avós, tios, todos trilharam o caminho do empreendedorismo, com histórias de esperança, trabalho duro e sucesso rarefeito. Cresci ouvindo essas histórias e elas me influenciaram, sem dúvida. Eram histórias de bravura e obstinação contadas por pessoas as quais admirava. Essas pessoas foram os super-heróis da minha infância. Dessa forma, não foi difícil me tornar empreendedor aos 12 anos de idade, quando, junto com meu pai e meu irmão dois anos mais velho, abri minha primeira empresa e passei a gravar casamentos, aniversários, batizados, formaturas. Naquela época, ninguém fazia isso em minha cidade ou em um raio de 200km. Mas eu não sabia disso. Isso não foi revelado em uma pesquisa de mercado ou extraído de conversas com consultores, mentores, coaches. Simplesmente a oportunidade surgiu. E do processo de fundação da minha primeira empresa eu tirei algo que para mim define o ânimo de um legítimo empreendedor: se você não é um altruísta, então você nunca será um empreendedor. Isso porque o vizinho me via com uma câmera filmadora na mão e me pediu para gravar o casamento da filha dele. E foi durante a gravação desse casamento que diversos convidados me pediram para gravar outros casamentos, aniversários, batizados, formaturas. Se tivesse sido egoísta e recusado o pedido do meu vizinho, jamais teria me deparado com um negócio que sustentou minha família durante anos. Ao contrário do que dizem, as oportunidades não passam gratuitamente na sua frente, você é que deve se expor a elas e aceitar desafios. Ser curioso e disposto a riscos.

 

 

 

3)    Sua ideia empreendedora nasceu durante seu período de estudos no colégio ou faculdade?

 

A última ideia empreendedora que tive nasceu da exposição à construção da minha casa, quando conheci o processo de aplicação de pastilhas de revestimento (fui ajudar a colocá-las na parede). Achei o processo insano e o resultado imperfeito. Um ano depois, fazendo uma matéria que todos os outros jornalistas haviam recusado fazer (novamente me voluntariei a fazer algo), fui navegar pelo rio Tietê e conheci na prática o imenso problema das garrafas PET. Disso, iniciei um processo de P&D de quatro anos e nasceu a Rivesti.

 

4)    Qual foi a sua educação formal? Foi relevante para o negócio?

 

Sou jornalista e, por natureza e obrigação profissional, curioso. Então, minha educação formal me ajudou, claro, mas não foi determinante. Já era empreendedor antes de ser jornalista e tinha experiência com negócios. Por outro lado, sempre estudei muito e sempre estudei qualquer assunto. Penso que se educar, independentemente do que manda seu colégio ou faculdade, vai te ajudar em tudo na vida. Compreender um mundo de intrincadas relações exige que você esteja preparado para ele.

 

5)    Porque muitos Profissionais tem medo de se arriscar em um empreendimento?

 

Fomos criados num país que não incentiva os negócios e, por isso, não formamos uma nação empresarial. Não há política pública que, de fato, fomente a criação de micro e pequenos negócios. Pagamos muito caro pelo capital. Temos a maior taxa real de juros do mundo (disputando a liderança com a Rússia), o maior spread bancário do mundo (disputando a liderança com o Zimbábue), a maior concentração de mercado bancário do mundo (mais de 80% do dinheiro dos brasileiros é depositado em apenas 5 bancos). O Brasil é o país do sistema financeiro, que, aqui, é avesso aos riscos. A legislação tributária é um inferno, a legislação trabalhista é arcaica, os trâmites são burocráticos, os agentes públicos são corruptos e o país é fechado para a economia global. O Brasil ferve num caldeirão horrível para o mundo dos negócios e é um enorme cemitério de talentos. Nesse ambiente, não há muitos empreendimentos e não há muitos empreendedores com a qualidade exigida. O que prospera aqui é o empreendedorismo por necessidade. Aquele sujeito que abre um negócio porque foi descartado pelo mercado de trabalho. Essa é a regra. Com todo esse cenário, o mercado de trabalho ainda é o mais viável para os jovens recém-formados.

 

6)    Como este futuro projeto poderá trazer independência ao profissional, impulsionando sua carreira e possibilitando o alcance de seus objetivos profissionais e pessoais?

 

É possível e aconselhável ser empreendedor mesmo sem ter uma empresa. Você pode e deve agir como empreendedor mesmo que seja empregado. O emprego é a melhor escola de negócios que existe. Nele você ganha para aprender como funciona uma empresa, aprender a ter disciplina, os limites da sua capacidade e, evidentemente, aprender com os erros e acertos empresariais. Crescer numa carreira depende de quanto estará disposto a entregar de si mesmo a ela, de seu tempo, de seu esforço, de sua inteligência. E claro, é preciso que tenha algo para entregar à empresa. Um bom empregado poderá vir a ser um bom empreendedor, porque se você abrir uma empresa é isso o que você será dela: um empregado, só que sem direitos, apenas com obrigações. Por outro lado, um empregado ruim, sem projeto para a carreira, sem qualidades, sem esforço e disciplina, esse será um péssimo empreendedor. Acredito que do jeito que você faz uma coisa você faz todas.

 

 

7)    De que forma na teoria e na pratica a ética e as relações humanas no trabalho irão contribuir para o sucesso de um empreendimento?

Ser um cidadão ético é um dever. Sobretudo, fazer escolhas éticas para si vão impulsionar todos os campos da sua vida. Nas relações profissionais, a troca constante de experiências e a formação de uma rede de contatos (com pessoas éticas) vão lhe auxiliar quando precisar do conhecimento dessas pessoas, seja no seu próprio negócio ou no seu emprego. Na prática, posso citar o exemplo que vivi na minha empresa, quando criei um conselho formado por amigos e ex-colegas de trabalho que, voluntariamente, me ajudaram, cada qual com seu know-how, a formatar a Rivesti como ela é hoje. Em troca, dediquei meu tempo para ajudá-los em suas carreiras e negócios com as minhas experiências e conhecimentos. Participar voluntariamente dos desafios das empresas e das carreiras dessas pessoas contribuíram para que eu pudesse conhecer novas possibilidades para a minha empresa. Da mesma forma que eles também tiveram a oportunidade de vivenciar os meus desafios e aprender com eles. Para isso, é preciso se doar (mais uma vez estamos falando que ser empreendedor exige alta dose de altruísmo) para o próximo e aceitar sem orgulho aquilo que o próximo pode lhe oferecer.

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