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O QUE É SOCIOLOGIA?

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Por:   •  13/1/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.552 Palavras (15 Páginas)  •  212 Visualizações

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Resumo de Sociologia

Assunto:

O QUE É SOCIOLOGIA?

Autor:

Fabiana Stella P. de Araújo

O QUE É SOCIOLOGIA?

A Sociologia, através de seus métodos de investigação científica, procura compreender e explicar as estruturas da sociedade, criando conceitos e teorias a fim de manter ou alterar as relações de poder nela existentes.

O século XVIII pode ser considerado um período de grande importância para a história do pensamento ocidental e para o início da Sociologia. A sociedade vivia uma era de mudanças de impacto em sua conjuntura política, econômica e cultural, que trazia novas situações e também novos problemas. Consequentemente, esse contexto dinâmico e confuso contribui para eclodirem duas grandes revoluções – a Revolução Industrial, na Inglaterra e a Revolução Francesa.

A Revolução Industrial é muitas vezes analisada de forma superficial como a simples introdução da máquina a vapor nas fábricas e manufaturas e o aperfeiçoamento das técnicas produtivas. Existe, porém, outra faceta da realidade – a Revolução Industrial significou o triunfo da indústria capitalista e da classe minoritária detentora dos meios de produção e do capital. Grandes massas de trabalhadores foram submetidas ao que impunha o sistema – novas formas de relação de trabalho, longas e penosas jornadas nas fábricas, salários de subsistência – a fim de satisfazer os interesses econômicos dos empresários.

Além disso, a vida nas cidades industriais também estava mudando – o intenso êxodo rural culminou na explosão demográfica e na falta de infra-estrutura capaz de comportar os excedentes populacionais. Miséria, epidemias, suicídios, aumento da prostituição e da criminalidade eram retratos da situação da época.

Um dos fatos de maior relevância foi o surgimento do proletariado, classe trabalhadora com importante papel histórico na sociedade capitalista.

Os proletários sentiam-se explorados, e muitas vezes, sua revolta se refletia na destruição das máquinas e equipamentos. Gradativamente, eles vão se organizando e formando sindicatos com o objetivo de se defender dos proprietários dos meios de produção e do próprio sistema capitalista vigente. Ao protestar e ao buscar mudanças, a classe operária se inclinava ideologicamente ao socialismo.

A introdução de novas formas de organizar a vida social e a profundidade das transformações, de certa forma, colocou a sociedade em evidência. Em decorrência disso, determinados pensadores passaram a considerá-la um objeto que deveria ser investigado e analisado com metodologia científica adequada.

Pensadores como Owen, William Thompson, Jeremy Bentham podiam ter opiniões diferentes em relação a alguns aspectos da Revolução Industrial, mas eram unânimes em afirmar que ela estava criando novos fenômenos, dignos de serem estudados. A Sociologia, então, foi se formando e se consolidando como se fosse uma resposta intelectual às novas condições de existência – a situação do proletariado, a estrutura das cidades industriais, os avanços tecnológicos, a organização do trabalho nas fábricas – originadas pela Revolução Industrial.

Principalmente no século XVII, a tendência sobrenatural e dogmática de se explicar os acontecimentos foi sendo naturalmente substituída por uma visão racionalista de mundo. Para o racionalista Francis Bacon (1561-1626), a teologia deixaria de ser a forma norteadora do pensamento para dar lugar ao novo método científico de conhecimento baseado na observação e na experimentação sistemática e objetiva dos fatos. Segundo ele, dessa maneira seria também possível descobrir e formulas leis gerais sobre a sociedade.

Já, no século XVIII, foi o pensamento social que evoluiu e fez novas descobertas. Segundo Vico (1668-1744), a sociedade podia ser compreendida, pois, ao contrário da natureza, seria o próprio homem o agente produtor da história. Mais tarde, essa postura intelectual seria amadurecida por Hegel e Marx.

Uma das correntes mais importantes desse mesmo século foi o Iluminismo, originado na França. Os pensadores iluministas tinham como proposta procurar transformar não apenas as antigas formas de conhecimento, mas a própria sociedade. Criticavam as características do feudalismo e os privilégios de sua classe dominante em defesa dos interesses burgueses.

Estudando as instituições da época, os iluministas procuraram demonstrar que elas eram injustas e irracionais e , segundo eles, por constituírem um obstáculo à liberdade do indivíduo, deveriam ser eliminadas.

Paralelamente, o homem comum também estava deixando de se submeter cegamente às instituições sociais e às normas existentes. Elas não eram mais vistas como inacessíveis e imutáveis, mas sim como fenômenos passíveis de serem conhecidos e transformados, afinal, são produtos da atividade humana. Na verdade, os tempos estavam mudando e a crescente racionalização da vida social iria contribuir para a constituição de um estudo científico sobre a sociedade.

A Revolução Francesa também foi uma circunstância que agilizou o processo de formação da Sociologia. Ao final do século XVIII, a monarquia absolutista da França estava assegurando inúmeros privilégios à minoritária classe dominante, enquanto deixava à margem de assistência uma população de 23 milhões de pessoas. Além disso, o arcaico sistema vigente impedia a constituição da livre empresa, a exploração eficiente da terra e abafava as iniciativas da burguesia. Obviamente, a situação era contraditória e não iria se sustentar por muito tempo.

Enfim, em 1789, com a mobilização das massas de trabalhadores pobres, a burguesia tomou o poder. O seu objetivo, na realidade, não girava apenas em torno da mudança da estrutura do Estado. Havia o claro desejo de abolir radicalmente a antiga forma de sociedade, suas instituições e seus costumes, promovendo e inovando aspectos da economia, da política, da religião e da vida cultural. Os velhos privilégios de classe foram destruídos e o empresariado passou a ser incentivado e apoiado.

Diante do profundo impacto que a Revolução Francesa causou, vários pensadores franceses da

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