O Que é Sociologia
Dissertações: O Que é Sociologia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: silvialua • 16/3/2015 • 2.069 Palavras (9 Páginas) • 417 Visualizações
O que é Sociologia?
A palavra sociologia vem da fusão de dois termos: societas, termo em latim que significa sociedade, e logos, termo grego que significa estudo, ciência. Sociologia significa o estudo científico da sociedade, o estudo das formas de convivência humana.
A Sociologia estuda as relações sociais e a forma de associação. É uma disciplina que considera as interações que ocorrem na vida em sociedade: envolve o estudo dos grupos e dos fatos sociais, das divisões em classes e camadas, da mobilidade social e da interação entre as pessoas e grupos que a constituem. Em síntese, a Sociologia é uma ciência que estuda a sociedade por meio da observação do comportamento humano.
A Sociologia é uma Ciência Social. É importante ressaltar que os métodos utilizados nas Ciências Sociais são diferentes dos métodos utilizados nas Ciências Naturais. Estas empregam vários métodos precisos – cálculos, previsibilidade, demonstrações. Já as Ciências Sociais empregam processos quantitativos e de observação.
O objetivo das Ciências Sociais é ampliar o conhecimento sobre o ser humano em suas interações sociais. A Sociologia revela a sociedade como ela é de fato, não como ela deveria ser. O propósito da Sociologia é o de contribuir para uma melhor compreensão a respeito da sociedade, o que permite que medidas sejam tomadas para melhorar a vida daqueles que dela fazem parte.
O estudo sistemático da sociedade humana se iniciou na Antiguidade. O grande filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.), autor de Política, afirmou que “o homem nasce para viver em sociedade”.
Émille Durkheim – Fatos Sociais
Émile Durkheim é considerado, ao lado de Karl Marx e Max Weber, um dos pais da sociologia. Formado em Filosofia, tomou a sociedade como objeto legítimo de estudo, com natureza e dinâmica próprias, rompendo com a tendência então dominante de reduzir os fenômenos sociais a experiências individuais.
Durkheim foi influenciado pelo positivismo de Augusto Comte, para quem a vida social era regida por leis e princípios a serem descobertos a partir de métodos associados às ciências físicas e biológicas. Essa influência aparece de maneira muito clara nas metáforas por ele utilizadas para comparar a sociedade a um organismo vivo.
Atendo às instituições responsáveis pela ordem social, Durkheim estudou a religião como um sistema de forças cuja função era criar coesão social. Preocupou-se também com o estudo das relações entre as estruturas sociais e o comportamento individual, tema de O suicídio (1897). Conceito como o de fato social e o anomia mostram seu esforço em compreender a sociedade a partir de suas leis e regras.
Durkheim foi o primeiro professor de sociologia em uma universidade e influenciou importantes autores, como Marcel Mauss e Louis Dumont. Suas principais obras, além da já citada, são Da divisão do trabalho social (1893), As regras do método sociológico (1895) e As formas elementares da vida religiosa(1912).
Fatos sociais
“os fatos sociais são coisas”. Com essa afirmação, Durkheim apresenta em seu livro, As regras do método sociológico, um de seus mais conhecidos conceitos. Mas a que “coisa” esse conceito refere? A qualquer “coisa”, própria da sociedade a que pertence um indivíduo, capaz de exercer algum tipo de coerção sobre ele, Isso significa que o fato social é independente e exterior ao indivíduo, e é capaz de condicionar ou mesmo determinar suas ações.
São fatos sociais, por exemplo, as regras jurídicas e morais da sociedade, seus dogmas religiosos, seu sistema financeiro e até mesmo seus costumes – ou seja, um conjunto de coisas aplicáveis a toda sociedade, independentemente das vontades de cada um. Na medida em que os fatos sociais acabam por moldar o comportamento de cada indivíduo a partir do modelo geral, a coerção que eles exercem garante, segundo Durkheim, o funcionamento da sociedade.
Os fatos sociais podem, assim, ser definidos por três princípios básicos:
• a coercitividade, ou força que exercem sobre os indivíduos, obrigando-os, através do constrangimento, a se conformar com as regras, normas e valores vigentes;
• a exterioridades, ou fato de serem padrões exteriores aos indivíduos e independentes de sua consciência;
• a generalidade, ou fato de serem coletivos e permearem toda a sociedade sobre a qual atuam.
Max Weber e a Ação Social.
Formulado pelo sociólogo alemão, Max Weber (1864-1920), o conceito de Ação Social deve ser compreendido como o objeto principal para o entendimento da sociologia enquanto conhecimento científico. Ao contrário do positivismo postulado por Durkheim, Weber passou a ver a sociologia, por meio de uma perspectiva neokantiana e por uma análise historicista.
O método compreensivo, criado por Weber ficou conhecido pela pretensão de ter a finalidade de não apenas explicar os fatos de maneira positivista e sim, tentar apreender os processos da ação humana, por meio de uma visão histórica e daí extrair o seu verdadeiro sentido. Diante disso, na perspectiva weberiana, o homem passou a ter um significado e a especificidade de um agente social, capaz de dotar sentidos as suas ações.
Por "ação" deve-se entender como uma conduta humana (que pode consistir num ato externo ou interno, numa condição ou permissão) sempre que o sujeito ou os sujeitos da ação envolvam-na de um sentido subjetivo. A "ação social", portanto, é uma ação em que o sentido indicado por seu sujeito ou sujeitos, refere-se à conduta de outros, orientando-se por esta, em seu desenvolvimento.
(WEBER, Max. Ética Protestante e o Espírito Capitalista. 4ed, 1985)
Assim, Weber afirma que o objeto da sociologia seria a busca pelo entendimento a cerca do sentido da ação humana, pois seria esse, o objeto de pesquisa capaz de oferecer a compreensão ideal para os fenômenos sociais. Uma vez que, tudo que ocorre na sociedade é mercado por ação ou ações sociais, que por sua vez são dotadas de sentidos e conteúdos simbólicos.
Nessa conjuntura, as ações sociais dos indivíduos, são dotadas de sentidos e formuladas na própria sociedade. Dessa maneira, só existe ação social quando o indivíduo estabelece algum vínculo comunicativo e social com outros indivíduos.
Existem quatro tipos de Ação Social:
1. Tradicional:
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