O sistema imunológico
Relatório de pesquisa: O sistema imunológico. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: aldo.silva • 16/12/2014 • Relatório de pesquisa • 8.982 Palavras (36 Páginas) • 409 Visualizações
Sistema imunitário
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um neutrófilo (a amarelo) envolve uma bactéria de antraz (a laranja), numa imagem obtida através de microscópio eletrónico de varrimento.
O sistema imunitário ou sistema imunológico ou ainda sistema imune é um sistema de estruturas e processos biológicos que protege o organismo contra doenças. De modo a funcionar corretamente, o sistema imunitário deve detectar uma imensa variedade de agentes, desde os vírus aos parasitas, e distingui-los do tecido saudável do próprio corpo.
Os agentes patogénicos podem rapidamente evoluir e adaptar-se de modo a evitar a detecção e neutralização por parte do sistema imunitário, pelo que os vários mecanismos de defesa também evoluíram no sentido de os reconhecer e neutralizar. Até mesmo os simples organismos unicelulares possuem um sistema imunitário rudimentar, na forma de enzimas que os protegem de infecções por bacteriófagos. Outros mecanismos imunitários básicos acompanharam a evolução dos eucariotas e estão hoje presentes nos seus descendentes contemporâneos, como as plantas e os insectos. Entre estes mecanismos estão a fagocitose, os peptídeos antimicrobianos designados defensinas, e o sistema complemento. Os vertebrados mandibulares, entre os quais o ser humano, desenvolveram mecanismos de defesa ainda mais complexos,1 entre os quais a capacidade de ao longo do tempo se adaptarem para reconhecer de forma eficiente agentes patogénicos específicos. Através da imunidade adquirida, o organismo cria memória imunitária na sequência de uma resposta inicial a um agente específico, o que lhe permite responder de forma mais eficaz a novos ataques pelo mesmo agente. O processo de imunidade adquirida é a base da vacinação.
Os transtornos do sistema imunitário podem levar ao aparecimento de doenças autoimunes, inflamações e cancro.2 3 A imunodeficiência verifica-se quando a actividade do sistema imunitário é inferior ao normal, o que está na origem de infecções recorrentes e onde existe risco de vida. No ser humano, a imunodeficiência pode ser consequência de uma doença genética, de uma condição adquirida como o VIH/SIDA, ou do uso de imunossupressores. Por oposição, a autoimunidade é a consequência de um sistema imunitário hiperactivo que ataca tecido normal como se fosse um agente externo, como é o caso da artrite reumatóide ou a diabetes de tipo 1. A imunologia é a área científica que estuda todos os aspectos do sistema imunitário.
Índice [esconder]
1 Defesa estratificada
2 Mecanismos inatos ou não especificos
2.1 Barreiras físicas
2.2 Barreiras químicas
2.2.1 Sistema complemento
2.3 Barreiras celulares
2.4 Resposta inflamatória
3 Sistema imunitário adaptativo ou específico
3.1 Linfócitos B e produção de anticorpos
3.2 Linfócito T8 e citotoxicidade
3.3 Fagócitos
3.4 Linfócito T4 e supervisão da resposta
4 Outras células
5 Citocinas
6 Órgãos linfóides
7 Transtornos da imunidade humana
7.1 Imunodeficiências
7.2 Autoimunidade
7.3 Hipersensibilidade
8 Outros mecanismos
9 Imunologia dos tumores
10 Regulação fisiológica
10.1 Nutrição e dieta
11 Farmacologia e vacinas
12 Manipulação pelos patógenos
13 Ver também
14 Referências
Defesa estratificada[editar | editar código-fonte]
O sistema imunitário protege o organismo de infecções através de mecanismos de defesa estratificados com especificidade progressiva. Em termos simples, as barreiras físicas impedem a entrada dos agentes patogénicos. No caso de um patógeno penetrar estas barreiras, o sistema imunitário inato, presente em todas as plantas e animais, desencadeia uma resposta imediata, embora não específica.4 Caso o patógeno evite a resposta inata, os vertebrados possuem um segundo nível de defesa, o sistema imune adquirido, que é activado pela resposta inata e através do qual o sistema imunitário adapta a sua resposta durante uma infecção de acordo com a identificação do patógeno. Através da memória imunológica, o corpo memoriza esta resposta, o que permite ao sistema imunitário adquirido realizar ataques cada vez mais rápidos e robustos cada vez que esse mesmo patógeno é detectado.5
Componentes do sistema imunitário
Sistema imunitário inato Sistema imunitário adquirido
Resposta não específica Resposta específica aos patógenos ou antígenos
Exposição desencadeia resposta imediata plena Atraso temporal entre a exposição e a resposta plena
Componentes mediados por células e humorais Componentes mediados por células e humorais
Não há memória imunológica A exposição desencadeia memória imunológica
Presente em praticamente todas as formas de vida Presente apenas nos vertebrados com mandíbulas
Tanto a imunidade inata como adquirida dependem da capacidade do sistema imunitário em distinguir as moléculas exteriores das suas próprias moléculas. Em imunologia, as moléculas próprias são os componentes do organismo que o sistema imunitário consegue diferenciar de substâncias externas.6 Pelo contrário, as moléculas que não são próprias são aquelas que reconhece como estranhas. Uma classe destas moléculas são os antigénios, substâncias que se ligam a receptores imunológicos específicos e provocam uma resposta imunitária.7
Mecanismos inatos ou não especificos[editar | editar código-fonte]
O sistema inato é composto por mecanismos
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