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OS BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO FUNCIONAL PARA IDOSOS E OS PRINCÍPIOS DE TREINAMENTO

Por:   •  10/12/2022  •  Trabalho acadêmico  •  4.340 Palavras (18 Páginas)  •  148 Visualizações

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EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO

ANDERSON OMAR LIMA DA ROSA

BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO FUNCIONAL PARA IDOSOS E OS PRINCÍPIOS DE TREINAMENTO

NOVO HAMBURGO - RS

2022

ANDERSON OMAR LIMA DA ROSA

BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO FUNCIONAL PARA IDOSOS E OS PRINCÍPIOS DE TREINAMENTO

TCC I apresentado à ANHANGUEIRA como requisito parcial à conclusão do Curso de Educação Física Bacharelado.

NOVO HAMBURGO - RS

2022

INTRODUÇÃO

A qualidade de vida do idoso vem sendo muito discutida no decorrer dos anos, principalmente pelo fato de que esta população vem crescendo em todo o mundo, em especial nos países desenvolvidos. O Brasil vem passando também por um processo de envelhecimento de sua população, o que vem gerando novos desafios e demandas no que diz respeito à saúde dessa população (SIMÕES e MACHADO, 2017).  

        Esse crescimento é evidenciado com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), onde a proporção de pessoas que possuem mais de 60 anos de idade, que em 2005 era de 9,8%, passou para 14,5% em 2015. Mudanças ainda mais significativas na participação deste grupo na composição etária do país também são apontadas pelas projeções populacionais realizadas pelas Nações Unidas, onde a previsão é de que em 2039, o percentual de idosos no país será de aproximadamente 23,5%, e que em 2070 este segmento deverá compor cerca de 35% da população (IBGE, 2016; SIMÃO e ANDRANDE, 2017).

        Melo (2017) também considera que a demografia brasileira tem passado por essas transformações há décadas, gerando inversão da pirâmide etária, colocando assim os idosos em maior número, aumento este ocasionado pela taxa de natalidade, fazendo com que o nível de idosos cresça de forma proporcional. Mediante a este cenário, países discutem políticas e ações que possam preservar a qualidade de vida da população, em especial a dos idosos.

No Brasil essa questão torna-se ainda mais relevante, na medida em que existem muitas questões que podem intensificar negativamente na qualidade de vida da população local, em especial no que diz respeito à fatores externos, como condições socioeconômicas de vida (STIVAL et al., 2014).

Dessa forma é compreendido que neste processo de envelhecimento, a qualidade de vida vai estar de certa forma condicionada à diferentes variáveis relacionadas ao bem-estar da população, em especial quando entende-se que a qualidade de vida é um conceito bastante abrangente. Paschoal (2000) ressalta neste sentido que a qualidade de vida de um idoso não é simplesmente a cura ou prevenção de uma doença, mas também o bem-estar psicológico de um indivíduo.

        Dessa forma, existem alguns meios importantes que visam a promoção da qualidade de vida na terceira, ou de uma forma mais específica, minimizar algumas consequências naturais do processo de envelhecimento. De acordo com alguns autores e institutos que referenciam às áreas de saúde e atividades físicas em gerais, o envelhecimento é um processo multifatorial, gradual e irreversível, onde envolve alterações estruturais e funcionais que são inerentes a todos os seres vivos, induzindo perda de capacidade adaptativa, aumento da suscetibilidade à doenças crônicas não transmissíveis, disfunções osteomusculares e metabólicas, além de prejuízos na funcionalidade e na qualidade de vida em geral (ACSM, 2009; CIVINSKI et al., 2011).

        E visando atenuar os declínios funcionais relacionados ao envelhecimento, é recomendado o envolvimento de idosos em programas regulares de exercício físico que estimulem o sistema neuromuscular. De acordo com Resende Neto et al (2016), a estruturação de programas de treinamento para o sistema neuromuscular tem sido baseada na funcionalidade, geralmente com uso de exercícios e movimentos que são considerados funcionais para as necessidades específicas do dia a dia do idoso.

Tal conceito de treinamento é atualmente denominado como Treinamento Funcional (TF), considerado um método sistematizado de exercícios multifuncionais com a premissa básica de melhoria do sistema psicobiológico, onde os objetivos perpassam pelo aprimoramento da qualidade do movimento, melhoria da força da região central do corpo (core) e também a eficiência neuromuscular, além de possibilitar adaptações específicas voltadas para as necessidades de cada indivíduo (SILVA GRIGOLETTO et al., 2014; TEIXEIRA e EVANGELISTA, 2014).

Mediante ao quadro crescente da população idosa e das preocupações acerca da qualidade de vida deste público, o objetivo da presente revisão bibliográfica é analisar os efeitos do Treinamento Funcional sobre a composição corporal, aptidão física relacionada à saúde e cognição de idosos. A busca de informações foi feita em artigos científicos, Teses e Dissertações encontradas em bases eletrônicas diversas, tais como Medline, BioMed Central, Scielo, Periódicos da Capes, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações, dentre outras.


2 PROBLEMA DE PESQUISA

Podemos melhorar a qualidade de vida dos idosos, através de um acompanhamento e treinamento funcional?

2.1 OBJETIVOS

2.1.1 Objetivo Geral

Analisar os efeitos do Treinamento Funcional sobre a composição corporal, aptidão física relacionada à saúde e cognição de idosos.

2.1.2 Objetivos Específicos

- Averiguar o impacto das ações realizadas pelo Educador Físico na população idosa;

- Caracterizar e refletir sobre a melhora do treinamento funcional junto aos idosos, mediante o acompanhamento do profissional.

2.3 JUSTIFICATIVA

O processo de envelhecimento é um processo natural, onde ocorrem diversas alterações no corpo humano, principalmente no que diz respeito aos aspectos fisiológicos, biológicos e anatômicos do corpo. Dentre essas alterações, Simão e Machado (2017) destacam os prejuízos neuromusculares e metabólicos, os quais podem provocar um cenário favorável ao desenvolvimento de doenças, menor qualidade de vida e aumento de fatores de risco para mortalidade

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