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OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA NA INSERÇÃO DAS CRIANÇAS NA ESCOLA

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Por:   •  9/4/2014  •  4.163 Palavras (17 Páginas)  •  508 Visualizações

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OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA NA INSERÇÃO DAS CRIANÇAS NA ESCOLA

Cristiane Scherer Ferreira

ProfªLuz Mary Padilha Dias

Centro Universitário Leonardo da Vinci – Uniasselvi

Licenciatura em Pedagogia (PED 9351) Trabalho de Graduação

14/06/2012

RESUMO

A escola apresenta alguns problemas na questão da inserção das crianças na escola. Quando falo da inclusão não me refiro apenas a inserção de crianças com necessidades especiais, mas daquelas que encontram dificuldades de se adequar ao grupo escolar.

Inserir é a capacidade de entender, reconhecer o outro e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção, seja ela rica, pobre, branca, preta, com deficiência. Existe uma grande diferença entre estar junto e realmente inserir as pessoas no grupo, pois inserir é interagir com o outro, fazer com que o mesmo participe esteja junto, participe, opine se sinta parte do grupo.

A escola tem que ser o reflexo da vida lá fora, pois todos ganham ao viver a experiência da diferença, pois se todos aprendessem isso na infância, mais tarde não teriam dificuldade de vencer os preconceitos. A inserção na escola possibilita aos excluídos, ocuparem o seu espaço na sociedade, caso isso não ocorra essas pessoas serão sempre dependentes e terão uma vida cidadã pela metade. Ninguém consegue um lugar no mundo sem considerar o do outro, valorizando o que ele é e o que pode ser, além disso, para nós, professores, o maior estar em garantir a todos o direito à educação.

Palavras-chave: Inclusão escolar. Ensino Fundamental. Educação Infantil.

1 INTRODUÇÃO

Este artigo apresentará alguns problemas que a escola enfrenta hoje, a questão da inclusão escolar, mas quando falo da inclusão não me refiro apenas a inserção de crianças com necessidades especiais, mas daquelas que se encontra com dificuldade de se adequar ao grupo escolar.

A inclusão escolar visa reverter o percurso de exclusão de qualquer natureza e ampliar as possibilidades de inserção de alunos em classes regulares, para que todos tenham a mesma oportunidade de ampliar suas oportunidades de se inserir na escola. Segundo alguns teóricos, Perrenoud, Piaget os docentes mesmo que de maneira inconsciente se interessam por alunos seguindo um modelo ideal e não um real.

A questão da inclusão envolve muitos fatores como por exemplo: a questão da identidade social, pessoal, pela presença ou ausência de dignidade e respeito, em outras palavras o ser humano reage as situações de inclusão ou exclusão da maneira como é tratado pelos outros, e se a escola tratá-lo mal, com certeza ele vai reagir de maneira errada a tais estímulos.

O trabalho desenvolvido tem como objetivo repensar os papéis do professores em sala na inserção dos alunos, bem como levantar questionamentos sobre com tem sido vividas, no interior das Instituições de Educação Infantil e Séries Iniciais questões relacionadas à inclusão social e escolar. A Escola é considerada como um espaço de interação entre crianças e adultos. A inserção das crianças ocorre no dia-a-dia da criança e muitas discussões surgem nas instituições em relação a este tema.

Na escola falar sobre inclusão escolar também traz a discussão em relação de como vamos trabalhar crianças autônomas e estabelecer limites ao mesmo tempo. Não é a toa que as discussões e debates em relação ao assunto estejam tão em alta a cerca da diversidade, que mesmo sendo tão natural e notória nos amedronta. Não existe inclusão sem liberdade e educação sem inclusão, não é educação, porque educação implica na possibilidade de reflexão e não conseguiremos refletir se não estivermos inseridos no cotidiano e na vida destes alunos. Este é um assunto que está presente no cotidiano escolar mesmo que ainda os professores não estejam preparados para receber e trabalhar com seus alunos de forma adequada.

Alguns professores ainda têm dificuldade em lidar em compreender o que realmente significa incluir. Inclusão não é apenas o aluno ingressar na escola e realizar atividades que nem sempre são de seu interesse ou que não estão de acordo com sua realidade. Alguns professores trabalham com temas ou atividades que muitas vezes não cativam seus alunos e por sua vez os mesmos buscam outros recursos para suprir o conhecimento adquirido quando estão fora da escola.

Segundo Taille, é pela interação que o sujeito se constrói. Neste sentido o ponto de partida foi reconhecer a infância como categoria social, que produz cultura e nela é produzida. O primeiro aspecto a ser considerado nessa pesquisa foi às marcas da inclusão na instituição. Elas podem ser reconhecidas na proposta pedagógica, no trabalho cotidiano e na relação entre a escola e a família.

É preciso analisar as praticas pedagógicas que favorecem ou não a inclusão, tratando de ver os pressupostos subjacentes a elas, e até que ponto funciona como filtros de transformação coletiva. A problemática atual nos permite analisar as situações em que as crianças estão inseridas, a postura da escola e do professor e da família.

A educação precisa ter como prioridade o desenvolvimento integral do educando, respeitando seus interesses, instigando a pesquisa e a criatividade. A autonomia não se desenvolve num ambiente onde a opinião apenas a opinião do professor é a que prevalece. Na escola precisa existir respeito mútuo entre professor/alunos, onde a criança seja vista como um sujeito construtor de seu conhecimento, podendo contribuir para a formação de sujeito autônomo.

O professor tem papel fundamental no desenvolvimento do aluno, e este deve acompanhar todas as etapas da criança, levantando apenas questionamentos e nunca dando respostas prontas ou definitivas. Ao criar regras em sala de aula, fazer com a participação do educando, pois faz com que eles tenham a consciência.

Do ponto de vista moral, a cooperação leva não mais a simples obediência às regras impostas, sejam elas quais forem, mas uma ética da solidariedade reciprocidade. Essa moral caracteriza-se, quanto á forma, pelo desabrochar do sentimento de um bem interior, independente dos deveres externos, ou seja, por uma progressiva autonomia da consciência. (Piaget, 1998, p. 118).

Para diversos autores a inserção só será possível se a criança estiver inserida em um ambiente democrático constituídos

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