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Oirs

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Por:   •  3/6/2014  •  Resenha  •  608 Palavras (3 Páginas)  •  188 Visualizações

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Em "Ofício do Mestre", Miguel Arroyo pretende abrir um diálogo franco com professores sobre

professores. Propondo reflexões, o autor traz o magistério para o centro do movimento de

renovação pedagógica. Sua intenção é a de desfazer um imaginário social que minimiza o papel

do mestre. É um trabalho árduo, uma vez que o próprio professor tem uma imagem confusa de si

mesmo e de sua função. A proposta do autor é a de discutir sobre a reconstrução do perfil do

mestre, paralelamente, ao trabalho de configuração da categoria do magistério, como uma classe

definida em seu perfil profissional. Este processo implica em uma luta árdua e lenta, o que vem

sendo realizado através de décadas. Ao longo dos anos, a busca de significado de seu ofício,

obrigou o mestre a se engajar nos movimentos sociais e políticos de sua época, tentando explicálos

para então poder entender o seu próprio papel como educador. A conclusão é que a

compreensão do seu ofício se confunde com a sua compreensão, enquanto sujeito participante e

politizado, engajado na sociedade.

Vem se percebendo, ao longo das últimas décadas, uma preocupação comum entre os

professores. Preocupação para dominar saberes, para melhor se qualificar, para adequar sua

função social aos novos tempos, novos conhecimentos e novas tecnologias. Nem por isso eles

vêm conseguindo um maior reconhecimento social. Há, sem dúvida, algo mais profundo na

questão: uma reflexão sobre o sentido social de sua condição de mestre. Esta deve ser a maior

preocupação. Este é o caminho para a busca da identidade social e reconhecimento profissional.

Uma tentativa de formar um perfil ou uma cultura não se consegue somando conhecimentos ou

especializações, mas antes de tudo, se consegue formando uma consciência de classe , definindo

papéis e se preparando para atuar em seu tempo e espaço.

Muitos congressos e encontros de educação tentam discutir a questão do "Quem é o Professor",

mas se perdem em discussões tecnicistas, de conteúdo, de currículos. O ideal seria promover

encontros que dessem oportunidade de se verificar o quanto se é, o quanto se foi e o quanto se

deseja ser gente e, conseqüentemente, professores. A busca da identidade social está na busca

de si próprio, na busca da história de cada um.

Evidentemente, a função de professor não se limita em ser bom, carinhoso ou até mesmo

competente. É preciso pensar nele próprio como um eterno aprendiz em busca de aprimoramento

constante

...

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