Origem Da Moeda
Resenha: Origem Da Moeda. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: famiulla • 22/3/2014 • Resenha • 2.529 Palavras (11 Páginas) • 207 Visualizações
A moeda é uma referência de valor que permite a troca e comparação entre bens. Tem-se conhecimento que sua origem data do século VII a.C. com a troca de objetos ou mercadorias por conchas, sal, zimbo e libongo.
Moedas surgem do fato que nem sempre é possível ter uma troca de mesmo valor. Por vezes existem diferenças nos produtos que permitem uma reserva que não poderia ser fracionada em outras mercadorias. Criar uma moeda foi uma saída inteligente capaz de preservar o valor de troca para uma data futura, onde poderia ser realizada uma transação entre duas ou mais partes.
A diferenciação no preço de um produto está ligada no grau de dificuldade e complexidade da sua obtenção. Produtos mais abundantes na natureza ou mais fáceis de ser perecíveis são pela lógica, mais baratos que produtos de longa durabilidade e de complexidade mais elevada.
Logo o homem percebeu que acumular moeda era um bom negócio, pois permitia que ele ficasse ocioso por um bom tempo na busca das suas necessidades vitais para se dedicar a outras tarefas como, por exemplo, se dedicar ao culto a Deus.
A idéia de tornar tudo que fosse de utilidade para o ser humano em moeda ativou o conceito de propriedade da terra, possibilitando mais uma nova divisão de classes, os proprietários de terras e os escravos (aqueles que produziam seu próprio sustento lavrando a terra do senhor) e trabalhadores (aqueles que produziam o sustento do senhor em troca de moeda). Quando a comida dos escravos era insuficiente o dono das terras abastecia os estoques de alimentos comprando as quantidades necessárias para a continuidade da produção de sua propriedade. O trabalhador surgiu mais ou menos na mesma época em que os escravos também surgiram, pois o senhor necessitava de homens livres para tomar conta destes últimos.
Outra demanda forte por moedas foi a formação de Estados que necessitavam de homens para a proteção das divisas com outras aglomerações de pessoas, também em processo de formação de núcleos de poder. Era preciso ter exércitos, portanto a moeda era uma forma simples de remunerar os soldados que prestavam serviços a nação.
A acumulação dava estabilidade para os indivíduos, porém logo foi verificado que sua abundância na sociedade em tempos que os alimentos e materiais de primeira necessidade sofriam de escassez que o poder da moeda caia, necessitando cada vez mais de um volume maior delas para comprar o mesmo bem de antes.
O homem, assim, criou um problema: a inflação. Então partiu para outras fontes de troca como metais preciosos (aqueles de difícil obtenção) e pedras preciosas (raras na natureza).
Os estados em processo de fortalecimento retiraram dos populares o papel de prover a civilização de moeda. Pode-se considerar que esta foi uma das primeiras estatizações ocorridas no mundo conhecido. Era por demais interessante, aos Estados, concentrar poder, então nada mais justo dele próprio cunhar a moeda que seria utilizada dentro de seus domínios.
É lógico que esta estatização só foi possível graças principalmente aos populares que já detinham a fabricação da moeda fazerem parte do próprio sistema governamental e continuaram a ganhar por muito tempo ainda as vantagens de ligar poder à economia.
A riqueza acumulada por muitos anos através da exploração principalmente da mão de obra escrava e poucos assalariados conferiu mais tarde a tais famílias títulos que os diferenciavam dos homens livres, dado sua influência e prestígio na população. Tais títulos ou honraria originaram os primeiros “nobres”, pois a linhagem transmitia como herança todo um patrimônio que fora acumulado durante séculos de desenvolvimento humano.
A moeda provocou uma dinâmica muito grande de desenvolvimento em todo o mundo. Logo todas as nações perceberam a força que estava por trás dela e passaram a adotar, em cada Estado, sua própria forma de cunho.
Então uma nova classe de pessoas que não tinham terras, mas que possuíam moedas e bens de troca passaram a vagar de cidade para cidade trocando bens e produtos pela moeda local. Ao adquirirem a moeda local que não tinha valor em seu país de origem eles automaticamente compravam outros bens e produtos para elevarem aos seus Estados de origem e assim poderem comercializá-los e ganhar mais dinheiro pela vantagem relativa dos mercados. Este tipo de comércio existia bem antes das construções das pirâmides de Gisé e teve sua efervescência na idade média pela solidificação de uma classe social de comerciantes.
Na idade média a troca entre moedas já era uma prática estabelecida, embora fosse mais aplicado aos Estados Europeus e suas colônias. Foi a fase de fortalecimento do câmbio. Mas vale apena frisar que ele já existia bem antes de Cristo por uma forma mais minimalista. Não demorou muito para surgir uma nova classe de comerciantes: os cambistas. Eles compravam moeda por um preço abaixo do seu real valor para revendê-las aos viajantes por preços de mercado. Mas tarde este tipo de comércio passou a cobrar uma taxa: taxa de câmbio, que refletia o trabalho do cambista em fornecer a moeda para um indivíduo que necessitasse de seus favores.
Com a expansão do mundo acabou que uma moeda se universalizou cada qual em sua época. Os ciclos de prata da Pérsia antiga, o áureo (ouro), denário (prata), sestércio (bronze), duplôndio (bronze) e asse (cobre), dólar e Euro. São as chamadas moedas transnacionais, pois seu poder de compra ia muito além das fronteiras dos Estados.
No mundo moderno convencionou-se chamar de moeda corrente aquela que se encontra em circulação no mercado. Ela é responsável pelos pagamentos e tocas diversas de uma nação.
Não bastaram logo atrelar o valor da moeda ao valor do ouro, como em alguns Estados antigos já tinham feito antes na Pérsia e Roma Antiga. Porém dada a expansão da moeda os Estados criaram uma estratégia de representação de valor. Agora o cidadão, ou a pessoa comum, não mais iria andar com metais preciosos pela rua, mas sim um papel que representasse da mesma forma que a moeda cunhada o valor que estava representando. Assim surgiu o papel-moeda.
A concepção teoria do papel-moeda garante ao proprietário da moeda o direito de trocar a qualquer momento junto ao Estado o valor do papel por um correspondente em ouro cujo Estado havia deixado resguardado em segurança.
Mas tarde esta lógica foi quebrada. Os Estados fortalecidos passaram a pensar em termos de reservas estratégicas de metais preciosos, e passaram não mais lastrear o valor dos papeis pelo ouro. Vigorou-se assim, um status subjetivo de força e poder, de garantia
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