Origem Da Moeda
Artigo: Origem Da Moeda. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: cahvcsf • 26/8/2014 • 2.512 Palavras (11 Páginas) • 236 Visualizações
INTRODUÇÃO À MATEMÁTICA FINANCEIRA
1. Origem da moeda
Quando o homem se fixou à terra, passou a permutar o excedente que produzia, fazendo com que surgisse a primeira manifestação de comércio: o escambo, consistindo na troca direta de mercadorias, sem equivalência de valor. Nessa troca, algumas mercadorias passaram a ser mais procuradas que outras, assumindo a função de moeda-mercadoria (sal, gado, pau-brasil, açúcar, cacau, tabaco e pano). O sal deu origem à palavra salário, assim como a palavra gado, em latim pecus, ao termo pecúlio.
A permuta de algumas mercadorias nem sempre era vantajosa devido à distância, ao estado perecível, às condições precárias das estradas, à ação de salteadores, lembrando que naquela época a cobrança de pedágio já existia.
Com o descobrimento do metal, o homem passou a utilizá-lo na confecção de utensílios, tornando seu uso vantajoso e eleito como o principal padrão de valor monetário. As primeiras moedas apresentaram alguns formatos como chave e faca. Posteriormente, passaram a ser cunhadas a martelo, em metais como ouro, prata e cobre, ressaltando atributos de beleza e expressão cultural da época em que surgiram.
Pela necessidade de guardar as moedas com segurança, os negociantes, que já possuíam cofres e guardas, aceitaram cuidar do dinheiro de seus clientes, fornecendo recibos escritos pelas quantias guardadas. Esses recibos deram origem à moeda-papel, e a guarda de valores fez surgirem as instituições bancárias. Os primeiros bancos oficiais foram criados na Inglaterra, sendo a palavra "banco" originária da peça de madeira que os comerciantes de valores italianos e londrinos usavam para operar seus negócios no mercado público.
No Brasil, as primeiras cédulas surgiram em 1810 e com o tempo, o governo passou a gerenciar a emissão dessas cédulas e também das moedas, para evitar falsificações. Atualmente, em quase todos os países, essa atividade de gerenciamento é realizada pelos bancos centrais. As diferentes moedas surgiram da necessidade do homem em adequar o instrumento monetário à realidade econômica. O uso de cheques, pelo qual se determina o pagamento de certa quantia ao seu portador ou à pessoa nele citada, é uma necessidade atual.
2. Mercado Financeiro Brasileiro
O mercado financeiro brasileiro é o local onde interagem vários agentes financeiros: superavitários, deficitários e intermediários, sendo os agentes superavitários os que possuem recursos excedentes; os agentes intermediários, os que canalizam esses recursos para os agentes deficitários. Essa interação é realizada com a regulação e fiscalização do governo através das políticas econômicas e também por outros organismos. O mercado não possui um local físico, mas é representado por transações que podem ocorrer via telefone, virtualmente, etc.
Com o desenvolvimento das tecnologias de informação, o sistema financeiro internacional se transferiu para o ciberespaço, ambiente virtual originado a partir de uma rede de computadores, através da comercialização dos derivativos – produtos financeiros vendidos no mercado futuro – por bancos e corretoras, entre outros.
3. Inflação, Correção Monetária e Indexadores
Quando ocorrem aumentos persistentes e generalizados dos valores monetários - preços de bens e serviços, salários, financiamentos, empréstimos, aplicações, impostos, etc. - surge a inflação; o processo inverso é chamado deflação. Inflação elevada é sinal de instabilidade na economia, efeito minimizado pela correção monetária onde os valores podem ser reajustados com indexadores, levando-se em conta a inflação medida no período anterior. Com a criação de vários indexadores desde 1964, foram adotados planos econômicos como o cruzado, o verão e o atual plano real.
Na divulgação dos índices que medem a inflação - Índice de Preços ao Consumidor (IPC) - alguns veículos de comunicação explicam a metodologia utilizada para o seu cálculo, bem como sua abrangência. Para a análise do custo de vida, o índice utilizado determina o nível de consumo e reflete a variação de preços médios da cesta de famílias com faixas de renda situadas entre 01 e 40 salários mínimos, medido em nove regiões metropolitanas do país - Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Belém, Fortaleza, Recife e Salvador, além do município de Goiânia e o Distrito Federal. Esse nível de consumo da população é classificado em grupos de produtos/serviços tais como:
- alimentos e bebidas;
- habitação;
- artigos de residência;
- transporte e comunicação;
- vestuário;
- saúde e cuidados pessoais; - despesas pessoais.
Além desse índice, existem outros indexadores como a Taxa Referencial (TR) que corrige a poupança e o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), calculados por entidades credenciadas como a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES), entre outras.
4. Políticas Econômicas
As políticas econômicas se referem às ações e medidas do governo para regular e controlar a atividade econômica, ou seja, princípios político-administrativos que refletem a ideologia dominante e as metas a serem atingidas. De acordo com algumas medidas, temos a seguinte divisão:
• Política Monetária: controla o volume de moeda em circulação e o montante de crédito disponível entre outras medidas;
• Política Fiscal: decisões governamentais referentes à tributação, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
• Política Cambial: ações reguladoras da taxa de câmbio e das condições de entrada e saída de capitais externos no país;
• Política de Rendas: medidas que regulamentam o salário mínimo garantindo renda mínima aos trabalhadores e aos aposentados, subsídios e incentivos fiscais, para
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