Oryzoborus Maximiliani Maximiliani
Trabalho Universitário: Oryzoborus Maximiliani Maximiliani. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Ranieri • 24/9/2014 • 2.561 Palavras (11 Páginas) • 507 Visualizações
Sporophila ( Oryzoborus ) Maximiliani
Bicudo
O bicudo é um pássaro considerado nobre. Procria pouco na natureza e, mesmo para quem não entende de aves, desperta a atenção pela sua elegância. Quando canta costuma ficar com o rabo abaixado e o peito para a frente, em posição ereta, ângulo de 80 graus, para ressaltar sua elegância e aparência de pássaro valente e guerreiro. Devido a sua envergadura, tamanho das asas e pouco peso, voa com extrema facilidade distâncias entre 40 e 50 kilômetros a alturas praticamente impossíveis de serem alcançadas pelo olho humano.
Este pássaro possui visão e audição muito aguçada e está sempre atento na defesa de seu território, não permitindo que outros bicudos a invadam e levem em risco a sua hegemonia. Na natureza está praticamente extinto, mas nos lugares onde ainda é possível encontrá-los, a beleza de seu bico reluzente o destaca de tudo a sua volta, daí o nome de “bicudo”.
Seu canto assemelha-se ao som de uma flauta, independentemente do estilo ou dialeto regional. Este canto pode ser mais flauteado (caracterizando-se por notas guturais e que tem muita ressonância), ou mais corrido (caracterizando-se por notas mais longas).
Bicudos silvestre
Territórios e Hábitat
Os bicudos são pássaros territorialistas, isto é, dominam um espaço de terra onde nidificam e não permitem a presença de outros exemplares de sua espécie. A agressividade também é demonstrada para com outros tipos de aves, desde que entendam que estão sendo incomodados ou que correm algum tipo de risco.
O seu território seria como um círculo em volta do seu ninho em torno de aproximadamente 100 metros de diâmetro, onde seu canto pode ser escutado com nitidez. Dependendo das populações existentes na região, este diâmetro de território poderá ser maior ou menor.
Embora não pareça, as fêmeas também são muito agressivas e podem travar lutas de morte com outras fêmeas para defender o seu território e o seu macho. Elas não aceitam a presença de outras fêmeas em seu território de forma alguma, e podem tornar-se mais agressivas e violentas que os machos.
Na natureza, com a chegada do outono, as chuvas escasseiam , o capim navalha seca e o frio aparece, por isso os bicudos, na maioria das vezes, migram de seu território, entrando em matas fechadas, atrás de alimentação e abrigo contra o frio. Com a chegada da primavera, depois da muda de penas e do inverno, a tendência é o retorno ao mesmo local para, na estação das águas, aproveitando as altas temperaturas, iniciar um novo ciclo de reprodução.
O seu território, hábitat de bicudos e curiós, esta sempre perto de lugares onde há água limpa e abundante, além da presença de seu alimento básico, o capim navalha. Esses locais são em geral as baixadas, beiras de brejos, alagados, margens de rios, várzeas e pântanos. As vezes se estendem ate os cerrados, onde há minas d’água e beiradas de serras e mesmo em regiões montanhosas, à beira de lagoas que costumam ali se formar.
Nos hábitats da região mais central do Brasil, é muito comum entrar-se por perto a palmeira Buriti (Mauritia vinefera ), que vai acompanhando os cursos d’água relevo abaixo em locais chamados de pindaívas.
A temperatura é essencial nos hábitats. Ambientes frios, abaixo de 25 graus centígrados, não são apropriados para os bicudos. Deve-se levar em conta que mesmo o curió só reside nos locais considerados frios, tipo norte da Argentina, Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, no final da primavera e ao longo de todo o verão, quando a temperatura nestas áreas esquenta muito. Outra particularidade diz respeito à umidade excessiva, em ambientes domésticos ela é muito prejudicial. Na natureza os hábitats são muito úmidos. Obviamente, como lá o ar circula muito, os efeitos maléficos de muita umidade são neutralizados.
Demais locais utilizados como moradias, fora da fase de procriação, no outono/inverno, são as matas fechadas de regiões mais quentes, onde estarão à época da muda de penas, abrigados dos ventos e da friagem.
Muito pouco se sabe sobre os hábitats da época da muda, inclusive porque nesta fase ficam escondidos e não cantam. Por isso é que as exigências são diminuídas, já que exercem pouca atividade. Só necessitam do capim navalha e da proteção que as árvores das matas lhes dão para poderem ficar recolhidos, mudando de penas, esperando o frio passar, até a chegada do início da primavera.
Grande parte das aves se adapta a vários tipos de ambientes , os bicudos e curiós, não. Como observado, se os locais para procriação não forem do jeito acima citado, não servem. A questão da temperatura, da umidade, da água e principalmente da existência obrigatória do capim navalha, são fundamentais para esses pássaros.
Diante de tantas exigências, é lógico deduzir que essas condicionantes são fatores importantes para restringirem cada vez mais a sobrevivência deles nos locais onde possam, inclusive, exercer plenamente a tarefa mais importante de suas vidas, a reprodução. Infelizmente, esses tipos de ambientes estão ficando cada vez mais escassos e difíceis de serem encontrados.
Classificação dos Bicudos e Curiós
A classificação taxonômica dos Bicudos e dos Curiós é a seguinte:
ORDEM PASSERIFORMES
SUB-ORDEM OSCINES
FAMÍLIA EMBERIZIDAE
SUB-FAMÍLIA EMBERIZINAE
GÊNERO ORYZOBORUS
Dentro do gênero Oryzoborus tem-se a classificação segundo Sibley:
Oryzoborus nuttingi – ( Ridway, 1884 )
Oryzoborus crassirostris – ( Gmelim, 1789 )
Oryzoborus atrirostris – ( Sclater , 1878 )
Oryzoborus maximiliani – ( Cabanis , 1851 )
Oryzoborus angolensis – ( Linnaeus , 1766 )
Sendo este último com as duas formas : Oryzoborus angolensis funerea e Oryzoborus angolensis angolensis
Em outra classificação, conhecida como de Peters, vol. XIII, Check-list of Birds of the World. A Continuation of the Work of James L. Peers, edited by Raymond A. Paynter, Jr in consultation with Ernst Mayr, Cambridge – Massachusetts, Museum
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