Os Biopolimeros
Por: Cleiciane Franco • 14/9/2016 • Projeto de pesquisa • 894 Palavras (4 Páginas) • 388 Visualizações
1 Introdução
O polímero vem sendo usado na sociedade há muito tempo. Apesar das
vantagens apresentadas pelos polímeros o consumo em excesso e sua lenta
degradação tem causado problemas. O acumulo deste material em aterros sanitários
e o descarte incorreto são apenas alguns deles. (COUTINHO ET AL, 2004).
Segundo Akcelrud (2007, p. 1) assinala “Polímeros são compostos de origem
natural ou sintética com massa molar da ordem de 10⁴ a 10⁶ formadas pela repetição
de um grande numero de unidades químicas.”
Os polímeros podem ser naturais ou sintéticos. Os polímeros naturais são
encontrados na natureza, como celulose e fibra de algodão, já os sintéticos são
industrializados como o PET e o PVC e podem ser classificados em termoplásticos e
termofixos. (LUCAS, 2001)
Devido as suas inúmeras vantagens os polímeros se tornaram essenciais na
nossa vida diária. Mas estes produtos poliméricos representam, aproximadamente,
150 milhões de toneladas de resíduos não biodegradáveis a cada ano. Saboya
(2013). Em levantamentos feitos nas metrópoles brasileiras, os principais polímeros
encontrados em resíduos sólidos são o polietileno, PET, PVC e PP, os demais
polímeros correspondem a apenas 11% do total. (SPINACE, 2005).
O setor de embalagens têm se destacado pela crescente utilização de materiais
poliméricos, por atender às necessidades de resistência, atoxidade, baixo peso,
transparência, maleabilidade e baixo custo [...]. (COSTA, 2013).
A primeira etapa da degradação dos polímeros e o rompimento de uma ligação
covalente. O rompimento gera espécies reativas que são responsáveis pela
continuidade do processo. A geração dessas espécies pode ser iniciada por vários
fatores como calor, tensão mecânica, ataque químico ou biológico. Ha diversos tipos
de degradação como despolimerização, auto oxidação, cisão de cadeias entre
outras. O tipo de reação de degradação que ocorre em cada polímero depende da
presença de defeitos na cadeia ou na extremidade dos polímeros. (PAOLI, 2008).
De acordo com Costa (2013) “Os plásticos não são digeridos por seres
biológicos e por este motivo não possui boa biodegradabilidade. Um material plástico
demora em torno de 100 anos para se decompor de maneira natural.”
Devido à lenta degradação dos polímeros, tem se buscado outras formas de
reduzir o acumulo de resíduos na natureza, como a incineração, a reciclagem
química e a reciclagem mecânica. Apesar de reduzir 80% do volume de resíduos
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poliméricos a incineração não e recomendada, pois possui alto custo e tem um
impacto muito grande sobre o meio ambiente. A reciclagem química e mecânica não
e viável na maioria das vezes, pois acaba saindo mais caro que uma nova produção.
(COSTA, 2013).
Para minimizar os impactos causados pelos polímeros convencionais
pesquisadores vêm criando novas tecnologias, uma delas é o polímero
biodegradável, que podem ser originados de fontes renováveis como o milho e a
cana de açúcar, de fonte animal ou sintetizado por bactérias. (COUTINHO ET AL,
2004).
Nos polímeros biodegradáveis a degradação ocorre por meio de
microorganismos como fungos, bactérias e algas. Quando em condições favoráveis
a biodegradação desses polímeros ocorre em semanas ou meses. (BRITO, 2011)
Apesar da demanda por polímeros biodegradáveis crescer a cada ano, cerca
de 20%-30% por ano, ainda e menos que 0,1% do mercado mundial. A baixa
demanda em relação a polímeros convencionais e devido a altos preços e aos
poucos produtos encontrados no mercado. (FECHINE, 2010).
De acordo com Falcone (2005) “[...] Houve um crescimento expressivo na
quantidade de patentes relacionadas a polímeros biodegradáveis a partir da década
de 90, em virtude da maior preocupação em matéria ambiental e da legislação
presente em alguns países.”
O interesse em polímeros biodegradáveis vem aumentando significativamente
nos últimos tempos, mas o custo de sua produção ainda elevado em relação aos
polímeros convencionais. O custo de produção do polietileno, por exemplo, e em
media de 0.9 a 1 US$/kg, enquanto os polímeros biodegradáveis geram um custo de
5 a 8 US$/kg.
1.1
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