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Os Primórdios Da Administração

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Por:   •  20/9/2014  •  5.848 Palavras (24 Páginas)  •  242 Visualizações

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OS PRIMÓRDIOS DA ADMINISTRAÇÃO

Influência dos Filósofos

Sócrates, filósofo grego (470 a.C. – 399 a.C.)

Expõe seu ponto de vista sobre a administração como habilidade pessoal separada do conhecimento técnico e da experiência.

Platão, filósofo grego (429 a.C. – 347 a.C.).

Discípulo de Sócrates, analisou os problemas políticos e sociais decorrentes do desenvolvimento social e cultural do povo grego. Em sua obra a República, expõe a forma democrática de governo e de administração dos negócios públicos.

Aristóteles, filósofo grego (429 a.C. – 347 a.C.)

Discípulo de Platão, deu o impulso inicial à Filosofia, Cosmologia, Nosologia (medicina/doenças), Metafísica, Lógica e Ciências Naturais), abrindo as perspectivas do atual conhecimento humano. No livro Política, que versa sobre a organização do Estado, distingue as três formas de Administração Pública:

1. Monarquia ou governo de um só;

2. Aristocracia ou governo de uma elite;

3. Democracia ou governo do povo.

Francis Bacon (1561 – 1626)

Filósofo e estadista inglês, fundador da Lógica Moderna baseada no método experimental e indutivo, mostra a preocupação prática de se separar experimentalmente o que é essencial, do que é acessório ou acidental.

René Descartes (1596 – 1650)

Filósofo, matemático e físico francês, considerado fundador da Filosofia Moderna, criou as coordenadas cartesianas e deu impulso à matemática e a geometria da época. No livro o Discurso do Método descreve seu método filosófico denominado método cartesiano (verificar, analisar, sintetizar e enumerar), cujos princípios são:

1. Princípio da dúvida sistemática ou da evidência. Consiste em não aceitar coisa alguma enquanto não se souber como evidência aquilo que realmente é verdadeiro. Com a dúvida sistemática evita-se a prevenção e precipitação, aceitando-se apenas como certo o que seja evidentemente certo.

2. Princípio da análise ou decomposição. Consiste em dividir e decompor cada dificuldade ou problema em tantas partes quantas forem possíveis e necessárias à adequação e solução e resolvê-las cada uma, separadamente.

3. Princípio da Dúvida ou da Composição. Consiste em conduzir ordenadamente nossos pensamentos e nosso raciocínio, começando pelos objetivos e assuntos mais fáceis e mais simples de se conhecer, para passarmos gradualmente aos mais difíceis.

4. Princípio da enumeração e verificação. Consiste em fazer contagens e recontagens, verificações e revisões tão gerais que se fique seguro de nada haver omitido ou deixado a parte.

Thomas Hobbes (1588 – 1679)

Filósofo, político inglês, defendia o governo absoluto em função de sua visão pessimista da humanidade. Na ausência do governo, os indivíduos tendem a viver em guerra permanente e conflito interminável para obtenção de meios de subsistência. O povo renuncia seus direitos em favor do governo que, investido do poder a ele conferido, impõe a ordem, organiza a vida social e garante a paz. O estado representa um pacto social que ao crescer alcança dimensões que pode ameaçar a liberdade dos cidadãos.

Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778)

Desenvolveu a teoria do “contrato social”: o estado surge de um acordo de vontades. Contrato social é um acordo entre os membros de uma sociedade pelo qual reconhecem a autoridade igual sobre todos de um regime político, governante ou de um conjunto de regras. De acordo com Rousseau o homem é por natureza bom e afável e a vida em sociedade o deturpa.

Karl Marx (1818 – 1883) – Friedrich Engels (1820 – 1895)

Propõem uma teoria da origem econômica do Estado. O poder político e do Estado nada mais é do que o fruto da dominação econômica do homem pelo homem. O Estado vem a ser uma ordem coativa imposta por uma classe social exploradora. No manifesto comunista, afirmam que a história da humanidade é uma história de luta de classes. Homens livres e escravos, patrícios e plebeus, nobres e servos, mestres e artesãos, em uma palavra explorador e explorados, sempre mantiveram uma luta, oculta ou manifesta. Marx afirma que os fenômenos históricos são o produto das relações econômicas entre os homens. O marxismo foi a primeira ideologia a afirmar o estudo das leis objetivas do desenvolvimento econômico da sociedade, em oposição aos metafísicos.

Influência da Organização da Igreja Católica

Através dos séculos, as normas administrativas e os princípios de organização pública foram se transferindo das instituições dos Estados, para as instituições da Igreja Católica e da organização militar. Ao longo dos séculos, a Igreja Católica estruturou sua organização com uma hierarquia de autoridade, um estado-maior (assessoria) e a coordenação funcional para assegurar integração. A organização é tão simples e eficiente que sua enorme organização mundial pode operar sob o comando de uma só cabeça executiva, o Papa. A estrutura da organização eclesiástica serviu de modelo, para as demais organizações que, ávidas de experiências bem-sucedidas, passaram a incorporar os princípios e normas utilizadas pela Igreja Católica.

Influência da Organização Militar

A organização linear tem suas origens na organização militar dos exércitos da antiguidade e da época medieval. O princípio da unidade de comando (pelo qual cada subordinado só pode ter um superior) é o núcleo das organizações militares.

Outra contribuição da organização militar é o princípio da direção, que preceitua que todo o soldado deve saber perfeitamente o que se espera dele e aquilo que deve fazer.

Mesmo Napoleão Bonaparte, o general mais autocrata da organização militar, nunca deu uma ordem sem explicar o seu objetivo e certificar-se que o haviam compreendido corretamente, pois estava convencido de que a obediência cega jamais leva a uma execução inteligente e estabeleceu o nível de atuação de acordo com a hierarquia:

1. Estratégico – General, Coronel e Major

2. Tático – Capitão e Tenente

3. Operacional – Sargento, Cabo e Soldado

O conceito de hierarquia na organização militar é tão

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