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Os Primórdios Da Administração

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Por:   •  18/3/2015  •  2.323 Palavras (10 Páginas)  •  334 Visualizações

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OS PRIMÓRDIOS DA ADMINISTRAÇÃO

A administração, tal como a encontramos hoje, é o resultado histórico e integrado da contribuição de numerosos precursores, alguns filósofos, outros físicos, economistas, estadistas e até mesmo empresários que, no decorrer dos tempos, foram, cada qual no seu campo de atividades, desenvolvendo e divulgando as suas obras e teorias.

Assim, sendo, não é de se estranhar que a moderna Administração utilize largamente certos conceitos e princípios descobertos e utilizados nas Ciências Matemáticas (inclusive a Estatística), nas Ciências Humanas (como a Psicologia, Sociologia, Biologia, Educação etc), nas Ciências Físicas (como a Física, Química etc), como também no Direito, Engenharia, etc.

ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ADMINISTRAÇÃO

Administrar hoje é o resultado da contribuição de economistas, matemáticos, filósofos através das obras e teorias.

No século passado tinha se poucas organizações eram as pequenas oficinas, escolas e os profissionais autônomos (médicos, advogados, agricultores).

Já nos dias de hoje, as sociedades são pluralistas de organizações como indústrias, hospitais, etc, que administrados por grupos diretivos para ficarem mais eficazes.

Essa contribuição ocorreu a 4.000 a.C, na era Egípcia, depois na Babilônia, depois os hebreus, e começam os filósofos.

Apesar de sempre ter existido o ‘trabalho’ na história da humanidade, a administração é algo que teve seu início há pouco tempo.

1)Influência dos Filósofos

Ao longo dos séculos que vão da Antiguidade até o início da Idade Moderna, a Filosofia concentrou-se em preocupações distanciadas dos problemas administrativos. Francis Bacon (1561-1626), filósofo e estadista inglês e fundador da Lógica Moderna baseada no método experimental e indutivo, mostra a preocupação prática de se separar experimentalmente o que é essencial do que é acidental ou acessório. Bacon antecipou-se ao princípio administrativo da "prevalência do principal sobre o acessório".

O maior expoente da época foi René Descartes (1596-1650). Filósofo, matemático e físico francês, é o fundador da Filosofia Moderna. Criou as coordenadas cartesianas e deu impulso à Matemática e Geometria da época. Na Filosofia, celebrizou-se pelo livro O Discurso do Método, no qual descreve seu método filosófico denominado "método cartesiano", cujos princípios são:

1. Princípio da Dúvida Sistemática ou da Evidência: Consiste em não aceitar como verdadeira coisa alguma enquanto não se souber com evidência - clara e distintamente –aquilo que é realmente verdadeiro. Com a dúvida sistemática evita-se a prevenção e a precipitação, aceitando-se apenas como certo aquilo que seja evidentemente certo.

2. Princípio da Análise ou de Decomposição: Consiste em dividir e decompor cada dificuldade ou problema em tantas partes quantas sejam possíveis e necessárias à sua solução, a fim de resolver cada uma separadamente.

3. Princípio da Síntese ou da Composição: Consiste em conduzir ordenadamente os pensamentos e o raciocínio, começando pelos objetivos e assuntos mais fáceis e simples de se conhecer, para passar gradualmente aos mais difíceis.

4. Princípio da Enumeração ou da Verificação: Consiste em fazer verificações e revisões em tudo, para que nada seja omitido ou deixado de lado. Vários princípios da Administração, como os da divisão do trabalho, da ordem e do controle, são decorrências dos princípios cartesianos. Com a Filosofia Moderna, a Administração deixa de receber contribuições e influências, pois o campo de estudo filosófico se afasta dos problemas organizacionais.

2)Influência da Organização da Igreja Católica

Através dos séculos, as normas administrativas e os princípios de organização pública foram aos poucos se transferindo das instituições dos Estados (como era o caso de Atenas, Roma etc.) para as instituições da Igreja Católica e organizações militares. Isso porque a unidade de propósitos e objetivos - princípios fundamentais na organização eclesiástica e militar - nem sempre é encontrada na ação política dos Estados, movida por objetivos contraditórios de cada partido, dirigente ou classe social.

Ao longo dos séculos, a Igreja Católica estruturou a sua organização com uma hierarquia de autoridade; um estado-maior e a coordenação funcional para assegurar integração. A organização hierárquica da Igreja é tão simples e eficiente que a sua enorme organização mundial pode operar sob o comando de uma só cabeça executiva: o Papa, cuja autoridade coordenadora lhe dado por uma autoridade divina superior. A estrutura da organização eclesiástica serviu de modelo para muitas organizações que incorporaram seus princípios e normas administrativas.

3)Influência da Organização Militar

A organização militar influenciou as teorias da Administração ao longo do tempo. A organização linear tem suas origens na organização militar dos exércitos da Antigüidade e da época medieval. O princípio da unidade de comando (pelo qual cada subordinado só pode ter um superior) é o núcleo central das organizações militares. A hierarquia - ou seja, a escala de níveis de comando de acordo com o grau de autoridade - provém da organização militar. Com o passar dos tempos, na medida em que o volume de operações militares aumenta, cresce; também a necessidade de delegar autoridade para os níveis mais baixos da organização militar. Ainda na época de Napoleão (1769-1821), cada general supervisionava a totalidade do campo de batalha. As guerras de maior alcance e de âmbito continental exigiram novos princípios de organização conduzindo a um planejamento e controle centralizados em paralelo com operações descentralizadas, ou seja, passou-se à centralização do comando e à descentralização da execução.

O conceito de hierarquia na organização militar é tão antigo quanto a própria guerra. O estado-maior formal como um quartel-general apareceu em 1665 com o exército prussiano. A evolução do princípio de assessoria e de estado-maior teve sua origem no século XVIII na Prússia, com o Imperador Frederico II, o Grande (1712- 1786). Para aumentar a eficiência do seu exército, criou um estado-maior (staff) para assessorar o comando (linha) militar. Os oficiais de assessoria (staff) trabalhavam independentemente, numa separação entre planejamento e execução das operações de guerra. Oficiais formados no estado-maior

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