Os dez mitos da sustentabilidade
Por: Pâmela Pires da Costa • 16/2/2016 • Resenha • 1.264 Palavras (6 Páginas) • 240 Visualizações
Melo, Camila. Os Dez Mitos da Sustentabilidade. Revista Veja. Editora Abril. Dezembro, 2010.
Mito 1: Ninguém sabe exatamente o que “sustentabilidade” significa
Em 1987 através de uma publicação emitida pela Comissão Mundial das Nações Unidas sobre meio ambiente e desenvolvimento definiu-se o significado para desenvolvimento sustentável. O termo é muito utilizado por ambientalistas e ensinado nas escolas desde o jardim de infância com grande associação ao meio ambiente, mas na definição do que é desenvolvimento sustentável não existe se quer relação com meio ambiente, isso leva a crer que as pessoas usam a palavra sustentabilidade sem saber o seu real significado.
Mito 2: A sustentabilidade tem tudo a ver com o meio ambiente
A meta do movimento sustentável é que os países pobres, com escassez em recursos naturais se igualassem a países ricos em termos de padrão de vida. Para que o objetivo do movimento se tornasse algo real os países pobres deveriam ter fácil acesso aos recursos naturais como água, energia e alimento, recursos esses que são originários do meio ambiente. Segundo Anthony Cortese a biosfera é fornecedora de tudo que vital a vida e além de fornecer, converte o lixo produzido ou o converte em algo que se possa usar. Cortese afirma também que a economia nada mais é que um benefício pertencente a biosfera.Se os recursos oferecidos são utilizados inadequadamente e, além disso, a geração de lixo aumente a uma proporção que o meio ambiente não possa processar, não restarão dúvidas de que as gerações futuras não terão recursos para suprir suas necessidades. Caso a sociedade continue liberando indiscriminadamente substancias nociva através de suas próprias atividades como agricultura, mineração e geração de energia no meio em que vive o clima se tornará um fardo pesado para as gerações futuras.
Mito 3: “Sustentável” é sinônimo de “verde”
O termo “verde” no seu geral sugere uma afinidade ao que é natural. Com o crescente número da população mundial a sociedade não terá outro recurso a não ser utilização da tecnologia para oferecer-lhes um padrão de vida confortável. Os recursos renováveis utilizados hoje pela sociedade são considerados a antítese do natural, porém permite conforto a população, emitindo em menor quantidade produtos químicos nocivos. Apesar de ser uma fonte de energia alternativa, é difícil ver a energia nuclear como algo sustentável, ela foi reprovada por ambientalista principalmente pela geração de produtos radiativos de difícil estocagem. Mas os reatores nucleares são eficientes produtores de energia, não liberam gases poluentes e dependendo do tipo podem gerar uma menor quantidade de resíduos, e por isso os ambientalistas estão começando a aceitá-la como uma fonte de energia denominada de sustentável, chamar de energia verde ainda seria um pouco forçado.
Mito 4: A sustentabilidade tem alto preço
A mudança para uma tecnologia sustentável requer certo gasto , entretanto segundo Cortese, “isso é verdade mas apenas a um curto prazo e sob certas circunstâncias mas certamente não é verdade a longo prazo”. Em geral governos e empresas conseguem aderir às tecnologias sustentáveis mais facilmente, sendo o seu retorno econômico rápido e viável.
Mito 5: Tem tudo a ver com a reciclagem
Ao iniciar os anos 70 os ambientalistas levavam uma mensagem marcante sobre a sustentabilidade. Reciclar é importante e isso é óbvio: reutilizar papéis, metais, plásticos reduz a extração de matéria prima utilizada na produção dos mesmos, sendo algumas dessas matérias de caráter não renovável. Reciclar é um pequeno passo para a sustentabilidade, mas não acredite que reciclando acarretara em uma vida mais sustentável, pois as áreas mais importantes se tratando de sustentabilidade são a energia e o transporte.
Mito 6: A sustentabilidade significa piorar o nosso padrão de vida
Afirmar que a sustentabilidade existe para piorar o padrão de vida é totalmente errado. De acordo com Paul Hawken, sustentabilidade significa fazer mais com menos. A partir do momento que dentro dessa perspectiva começar a inovar e organizar chegará a resultados extraordinários. Esses resultados permitirão taxas de produtividade de recursos superiores. Além disso, a inovação dentro de uma vida sustentável será um mecanismo econômico poderoso.
Mito 7: As escolhas do consumidor e o ativismo de base, e não a intervenção governamental, oferecem os caminhos mais rápidos e mais eficientes para a sustentabilidade.
Apesar de ser importante a participação da comunidade para o progresso da alguns projetos a participação de autoridades é de total importância para que possa haver progresso mais rapidamente em certos tipos de projetos. Por isso impostos e certas normas são praticamente inevitáveis. Isso leva os pregadores do mercado livre à loucura, mas eles trabalham supondo que destruir o ambiente e utilizar sem racionalidade dos recursos ambientais não acarretará custo algum. As pequenas mudanças climáticas podem causar graves consequências na agricultura e isso acarretará em um balanço na economia, mas nada é cobrado de quem ajuda diretamente e indiretamente na causa dessas mudanças climáticas. Os puristas do mercado livre afirmam que o aumento dos preços fará com que as pessoas se tornem mais eficiente.
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