P S I C O S E

P S I C O S E

O livro nos faz pensar sobre até que ponto o ser humano é capaz de chegar após uma frustação/perda. Muitos lidam bem com ela, se erguem e continuam a vivendo a vida de forma saudável, é claro que com um vazio ou sentindo falta de algo que antes estava ali e agora não está mais, mas nada que afete suas relações com o mundo exterior. Porém outros não têm tal capacidade e acabam se definhando numa nostalgia a qual afeta suas faculdades mentais e vivem com pesar as lembranças de algo ou alguém, o que acarreta comportamentos estranhos e anormais, como forma de um “escape” dessa realidade melancólica na qual está mergulhado, que comprometem o convívio com os outros. E esse “escape” acaba, às vezes, ultrapassando os limites e se torna uma psicopatologia séria.

E pessoas com esses tipos de transtornos merecem uma atenção especial porque elas não têm certos comportamentos por maldade, mas sim pelo tamanho da falta que estão sentindo, essa é a forma de viver o que gostariam de estar vivendo, mas não podem.

O autor Robert Bloch narra e descreve com clareza uma pessoa que vive esse tipo de perturbação, com os conflitos de identidade, chegando no extremo dessa alteração comportamental, ocasionando uma série de acontecimentos macabros que o personagem se envolveu no decorrer da trama.

O título do livro é bastante adequado, pois o tema central do livro é uma pessoa que sofre de distúrbios mentais, ou seja, uma doença psicológica o que significa a palavra PSICOSE.

Sua história narra alternadamente os fatos que envolvem Mary Crane e o psicótico Norman Bates. Mary foge com 40 mil dólares, confiados a ela pelo seu chefe, e que deveria depositar no banco. Acaba pegando uma antiga estrada na rodovia, a fim de encontrar o namorado e mudar o rumo da vida dos dois com esse dinheiro que ela roubara. No caminho chega ao Bates Motel, como chovia muito e ela estava cansada resolve ficar por ali mesmo e se hospedar. Norman que vive sozinho, mas sofre de dupla personalidade, mata Mary enquanto ela tomava banho (cena que Alfred Hitchcock imortalizou em seu filme) travestido de sua mãe, que já morrera, Norma Bates, a qual o próprio filho a matou. Estranhando o desaparecimento da irmã, Lila Crane procura o namorado da mesma, Sam Loomis. Ambos acabam se aprofundando no caso e fazendo terríveis descobertas sobre tudo o que aconteceu, a morte de Mary, o transtorno psicológico de Norman e o passado terrível que ocasionou sua psicose. No fim, eles conseguem fazer com que Norman seja internado num hospital psiquiátrico para o mesmo não fazer novamente o que fizera com Mary.

Outro fim para a história e que deixaria bem interessante seria a mãe de Norman reaparecer na casa deles viva de verdade enquanto Norman é internado no hospício, o que deixaria o leitor intrigado, seria Norman Bates o autor verdadeiro dos crimes ou ele só protegera a mãe?