PADRÕES DE MARCHA RELACIONADOS COM A IDADE

TÍTULO: PADRÕES DE MARCHA RELACIONADOS COM A IDADE

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 03

2 A MARCHA HUMANA 04

2.1 AS ALTERAÇÕES QUE OCORREM NA MARCHA 05

2.2 COMO A FISIOTERAPIA PODE CONTRIBUIR PARA MELHORAR A

QUALIDADE DE VIDA DOS IDOSOS 06

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 09

REFERÊNCIAS 10

ANEXOS 12

1 INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas o mundo vem passando por diversas mudanças que afetam a sociedade, dentre as quais se destaca o crescente aumento da população idosa no Brasil e no mundo, o que tem gerado preocupação por parte dos órgãos governamentais e um grande desafio aos profissionais de saúde, tendo em vista que a expectativa de vida da população idosa acima de 60 anos tende a aumentar ainda mais até o ano de 2025.

O envelhecimento não é uma opção de escolha pessoal, mas um acontecimento natural e multicasual que faz parte da vida do ser humano e que traz conseguem diversas limitações, pois a maioria dos idosos passam a necessitar da ajuda da família para realizar suas atividades cotidianas, devido à diminuição das reservas funcionais ocasionadas pelo envelhecimento fisiológico normal que faz com que o aparelho locomotor sofra modificações biomecânicas e posturais, restringindo a intensidade dos movimentos, alterando a marcha caracterizada, e os passos se tornam mais lentos e curtos, os braços reduzem sua amplitude, ficando mais próximos ao corpo, a coluna sofre aumento de curvatura e encurtamento das vértebras e o corpo passa a buscar maior segurança e equilíbrio.

Diante disto, este trabalho teve como objetivo fazer uma reflexão sobre os padrões de marcha relacionados com a idade, buscando por meio de levantamento bibliográfico em livros, artigos e monografias, ampliar o conhecimento acerca da temática proposta e entender como a fisioterapia pode contribuir para melhorar este quadro.

2 A MARCHA HUMANA

Também conhecida como um estilo de andar ou caminhar, a marcha é uma atividade simples do cotidiano do homem, sendo considerada uma de suas principais habilidades humanas, e uma das funções humanas mais afetadas com o envelhecimento. A marcha é um elemento integral que compõe as atividades cotidianas do ser humano, sendo a habilidade de caminhar (TIDEIKSAAR, 1998), onde a forma de locomoção é classificada em ciclo de marcha.

Segundo Filho, Reis e Kiwamura (2010) a marcha habitual segue em velocidade média de 80m/min, que representa cerca de 62% a 38% do seu ciclo. A marcha tem seu ciclo caracterizado por dois contatos iniciais, que são realizados de forma consecutiva pelos membros inferiores e divide-se em duas fases diferentes: a de apoio e a de balanço. A fase de apoio ocorre quando o pé mantém o contato com o solo, podendo correr por duplo apoio ou apoio simples. Já a fase do balanço ocorre quando o membro está em movimento de progressão, sem contato com solo e pode ser dividido em balanço inicial, médio e terminal.

Nos primeiros anos de idade a criança pisa com a ponta dos pés e após os 18 meses começa a apoiar o calcanhar. A marcha da criança entre 1 a 3 anos é acelerada, devido sua maturidade neurológica ela se comporta como se fosse correr. De acordo com o seu crescimento, a criança passa a adquirir um padrão de marcha maduro, como o de um adulto e o comprimento de seu passo vai aumentando conforme o crescimento de seu músculo esquelético (FALOPPA e ALBERTONI, 2008).

Com o processo de envelhecimento, surge a diminuição das reservas funcionais do aparelho e do sistema, muscular ósseo, nervoso, circulatório, respiratório, pulmonar, endócrino, geniturinário, digestores e imunológicos. O funcionamento do aparelho locomotor sofre importantes alterações, reduzindo a amplitude dos movimentos, diferenciando a marcha caracterizada por passos curtos e mais lentos e consequentemente, pelo arrastar dos pés. Os movimentos dos membros superiores perdem em amplitude e tende a se manter mais próximos do tronco. “O centro de gravidade corporal se adianta, e a base de sustentação se amplia, buscando maior segurança e equilíbrio” (ZARDO, 2008, p. 10 apud FREITAS e MIRANDA, 2006).

A partir dos 40 anos de idade, a estrutura começa a diminuir. Essa perda ocorre devido à diminuição do arco plantar, aumento das curvaturas da coluna, além do encurtamento da coluna vertebral devido à alteração nos discos intervertebrais.

2.1 AS ALTERAÇÕES QUE OCORREM NA MARCHA

Com a consequencia do envelhecimento, as alterações da marcha são problemas frequentes e ao mesmo tempo manter uma marcha funcional e correta é uma tarefa desafiadora e que preocupa os profissionais da área de saúde e principalmente os fisioterapeutas (AMADIO e SERRÃO, 2007).

O andar é uma Atividade de Vida Diária (AVD) e é uma das principais aptidões do ser humano. Deste modo, torna-se uma das mais necessárias atividades realizadas pelo indivíduo, podendo ser conceituada como uma forma ou estilo de caminhar. Esta ação é comum a todas as idades, raças e gêneros, no entanto, as alterações da marcha afetam na maioria as pessoas idosas (MELO, 2008). Ainda em palavras, o autor supracitado explica que, as mudanças iniciam em alguns pacientes a partir de seus 60 a 65 anos de idade. Há um predomínio da pessoa em andar com ritmo mais lento e confortável, e ao mesmo tempo com passadas mais curtas e rápidas pelo fato da cadência entre o espaço entre uma passada e outra, devido à diminuição da amplitude do movimento.

No entendimento de Melo (2008, p. 07) apud Prince et al. (1997):

O equilíbrio dinâmico durante a marcha é controlado pela integração das aferências do sistema visual, vestibular e proprioceptivo sobre o sistema musculoesquelético. Uma pessoa saudável caminha com uma velocidade auto selecionada, calibrada pelo custo energético. O envelhecimento reduz a velocidade e eficiência, da marcha. (maior consumo de oxigênio e fadiga).

Com o envelhecimento surge a ampliação da cifose torácica,