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PLINTOSSOLOS

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Por:   •  9/5/2014  •  4.152 Palavras (17 Páginas)  •  2.911 Visualizações

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Plintossolos

A característica mais marcante dos Plintossolos é a presença de manchas ou mosqueados avermelhados, ricos em ferro e de consistência macia, que podem ser facilmente individualizados da matriz do solo ou, ainda, de nódulos ou concreções ferruginosas, extremamente duros, que formam, algumas vezes, espessas camadas contínuas e endurecidas de material ferruginoso. Os materiais ferruginosos macios, denominados plintita, formam geralmente um emaranhado de cores bem contrastante com a matriz do solo. São constituídos de uma mistura de argila, pobre em carbono orgânico e rica em ferro, ou ferro e alumínio, com quartzo e outros materiais. Os materiais endurecidos são formados a partir das plintitas de consistência macia, que endurecem quando submetidas a ciclos sucessivos de umedecimento e secagem. A profundidade de ocorrência, a quantidade e intensidade de cimentação do material ferruginoso são fatores que condicionam a aptidão agrícola das áreas onde predominam os Plintossolos. A presença de petroplintita, por exemplo, a pouca profundidade ou em superfície, formando camadas contínuas e espessas, mais comuns nas terras altas e bem drenadas do Estado, constitui forte limitação ao uso agrícola. Isto porque a permeabilidade do solo, a restrição por enraizamento das plantas e o entrave ao uso de equipamentos agrícolas podem se tornar críticos. Além disto, a baixa fertilidade natural, a elevada acidez e toxicidade por alumínio, muito comum na classe dos Plintossolos em geral, tornam-nos, neste caso, inaptos ou com aptidão restrita ao cultivo.

Cabe esclarecer que os Plintossolos situados nas planícies do rio Araguaia no Estado do Tocantins apresentam predominância de plintita no perfil, sem ou com pouca petroplintita, que geralmente permanecem saturados com água ou submersos a maior parte do ano. Assim, a presença de plintita em profundidade pode constituir um forte impedimento à drenagem e, com isto, favorecer a manutenção adequada da lâmina de água ou proporcionar melhores condições de umidade no perfil do solo na época da estiagem. Esses fatores concorrem para o melhor desenvolvimento do arroz irrigado por inundação contínua.

Nesse solos, há que se ter cuidado com o dimensionamento dos drenos por ocasião da drenagem, para que não haja ressecamento excessivo e conseqüente endurecimento da plintita e formação de petroplintita, criando, desta forma, um impedimento mecânico ao escoamento natural de água e ao desenvolvimento de raízes das plantas cultivadas.

http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Arroz/ArrozIrrigadoTocantins/solos.htm#classe1

Acessado em 08/07/2013 às 16:50hs

Embrapa Arroz e Feijão

Sistemas de Produção, No. 3

ISSN 1679-8869 Versão eletrônica

Nov/2004

Cultivo do Arroz Irrigado no Estado do Tocantins

Maurício Rizzato Coelho

Humberto Gonçalves dos Santos

Ronaldo Pereira de Oliveira

http://hotsites.cnps.embrapa.br/blogs/sibcs/wp-content/uploads/2006/10/blog-plintossolos-2.pdf

Acessado em 08/07/2013.

Plintossolos

Autor(es): Maria José Zaroni ; Humberto Gonçalves dos Santos

- DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

O Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos (SiBCS) define esta classe de solos como solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte plíntico, litoplíntico ou concrecionário (Figura 1), todos provenientes da segregação localizada de ferro, que atua como agente de cimentação (Embrapa, 2006). São fortemente ácidos, podem apresentar saturação por bases baixa (distróficos) ou alta (eutróficos), predominando os de baixa saturação. Verificam-se também solos com propriedades solódica e sódica.

Foto: Humberto Gonçalves dos Santos

Figura 1: Plintossolo Pétrico Concrecionário Distrófico léptico

Fonte: Acervo da Embrapa Solos - RCC GO/MT

- AMBIENTES DE OCORRÊNCIA

São típicos de zonas quentes e úmidas (Figura 2), mormente com estação seca bem definida ou que, pelo menos, apresentem um período com decréscimo acentuado das chuvas. No entanto, ocorrem também na zona equatorial perúmida e mais esporadicamente em zona semiárida.

Por serem formados, normalmente, sob condições de restrição à percolação da água ou sujeitos ao efeito temporário de excesso de umidade, são normalmente, imperfeitamente ou mal drenados. Parte dos solos desta classe (solos com horizonte plíntico) tem ocorrência relacionada a terrenos de várzeas, áreas com relevo plano ou suavemente ondulado e, menos frequentemente, ondulado, em zonas geomórficas de baixada. Ocorrem também em terços inferiores de encostas ou áreas de surgentes, sob condicionamento quer de oscilação do lençol freático, quer de alagamento ou encharcamento periódico por efeito de restrição à percolação ou escoamento de água.

Solos com predomínio de horizonte concrecionário, apresentam melhor drenagem e ocupam posições mais elevadas. Encontram-se normalmente em bordas de platôs e áreas ligeiramente dissecadas de chapadas e chapadões das regiões central e Norte do Brasil, do Piauí e Maranhão.

Foto: Humberto Gonçalves dos Santos

Figura 2: Paisagem, cobertura vegetal e relevo da classe dos Plintossolos -Taveiras/Dois Irmãos - GO

Fonte: Acervo da Embrapa Solos - RCC GO/MT

- POTENCIAL E LIMITAÇÕES AO USO AGRÍCOLA

Apresentam potencial agrícola, relacionado principalmente em relevo plano ou suave ondulado, sendo muito utilizado com o cultivo de arroz irrigado. Os concrecionários podem ser utilizados para produção de material para construção da base de estradas.

As principais limitações desta classe de solo para o uso agrícola estão relacionadas à baixa fertilidade natural, acidez elevada

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