PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR ARTIGO: QUEM TEM MEDO DA MATEMÁTICA?
Por: Isnar Dantas Longuinho • 30/10/2018 • Artigo • 1.816 Palavras (8 Páginas) • 237 Visualizações
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ISNAR DANTAS LONGUINHO
(1044288404)
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR
ARTIGO: QUEM TEM MEDO DA MATEMÁTICA?
Brasília, DF
2018
ISNAR DANTAS LONGUINHO
(1044288404)
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR
ARTIGO: QUEM TEM MEDO DA MATEMÁTICA?
Trabalho de apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a composição de nota avaliativa referente ao 5º Semestre Letivo do curso de Licenciatura em Matemática.
Orientadora: Prof.
Brasília, DF
2018
SUMÁRIO
1. RESUMO
2. INTRODUÇÃO
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4. DESCRIÇÃO DA PROPOSTA
5. ANÁLISE
6. CONCLUSÃO
7. REFERÊNCIAS
8. ANEXOS
RESUMO
O objetivo deste estudo é apresentar o desenvolvimento de uma análise de erro a partir da aplicação de uma proposta de atividade sobre Sistemas de Equações Lineares envolvendo resolução de problemas e com a utilização de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’S), procurando arguir o entendimento de que a Matemática é algo que está fora do alcance das pessoas. Buscando ainda, alternativas que deem maior sentido aos Sistemas de Equações Lineares, para que assim, os alunos possam se apropriar de forma significativa deste conteúdo. A partir da análise dos resultados das atividades foi possível verificar que mesmo aqueles que já possuíam certo conhecimento do conteúdo apresentaram grandes dificuldades de entendimento que quase comprometeram todo o trabalho. Fora verificado ainda, que as abordagens, bem como as metodologias aplicadas por boa parte dos professores de Matemática não tem se traduzido em aprendizagens verdadeiramente significativas.
Palavras-chave: Sistemas de Equações Lineares, Dificuldades de Aprendizagem, Situações-problema, Tecnologias da Informação e Comunicação.
1. INTRODUÇÃO
A cada apresentação e um novo conteúdo de Matemática é possível perceber na fisionomia de alguns alunos expressões de angústia, medo e até pavor. Essa triste realidade tem acompanhado a prática pedagógica de muitos colegas professores de Matemática com os quais tenho conversada nos últimos anos.
Conhecida como a grande vilã entre as disciplinas escolares, a Matemática é tida por muitos como um bicho de sete cabeças e esse medo do componente curricular fez surgir o termo “matofobia” que é o medo/aversão a Matemática. Segundo Papert (1988) crianças, jovens e adultos desenvolvem um verdadeiro bloqueio mental em relação a tudo que lhes pareça Matemática e esse medo “impede muitas pessoas de aprenderem qualquer coisa que reconheçam como Matemática” (PAPERT, 1988, p.21)
Se perguntarmos a várias pessoas de forma aleatória se gostam ou não da matemática, com certeza a maioria diria que não gosta, seja por um motivo ou outro. O certo é que um dos motivadores desse quadro de medo e tensão sofrido por alunos nas mais variadas modalidades de é o ensino de Álgebra, ramo da Matemática encarregado em estudar o manuseio formal de equações, operações, polinômios e estruturas algébricas. Quando em suas aulas o professor introduz conceitos de “variáveis” e ou “incógnitas” parece estar falando em uma língua estrangeira, principalmente quando são ensinados como se fossem novas personagens de uma velha história.
A Matemática é vista, por uma parcela considerável de estudantes, como matéria difícil, e é durante o ato de resolver um instrumento de verificação da aprendizagem que os alunos demonstram, com mais ênfase, o temor a esta disciplina, tida como uma das responsáveis pela reprovação e evasão escolar. Muitos professores reforçam o mito – matemática, sinônimo de matéria difícil -, quando abordam seus conteúdos desvinculando o texto do contexto e se utilizam da avaliação de modo punitivos ao menos capazes e de persuasão aos desafiadores. (STOPASSOLI, 1997, p. 12)
A adoção de esse tipo de postura por alguns colegas professores confunde a mente de parte dos alunos que não vêm sentido em calcular utilizando letras no lugar dos números. Assim, o medo da Matemática é sim construído com o auxílio dos docentes que não se empenham em apresentar o ensino da Álgebra como decorrente de um processo natural, sequencial de habilidades que os alunos já assimilaram, sem rupturas, através do uso de metodologias que facilitem sua compreensão e que sejam capazes de ressignificar a Matemática.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais propõem um ensino de Álgebra através de metodologias que permitam aos alunos experiências de aprendizagem articuladas com seus próprios saberes e práticas:
“Os adolescentes desenvolvem de forma significativa a habilidade de pensar ‘abstratamente’, se lhes forem proporcionadas experiências variadas envolvendo noções algébricas, a partir dos ciclos iniciais, de modo informal, em um trabalho articulado com a aritmética. Assim, os alunos adquirem base para uma aprendizagem de álgebra mais sólida e rica em significados.” (Brasil, 1997, p.117)
Este artigo trata-se de um relato de estudo realizado a partir da análise de um trabalho realizado com alunos do 8º Ano do Ensino Fundamental onde é proposto o ensino de Álgebra, mais especificamente de Equações Lineares por meio de um pequeno projeto desenvolvido através da Metodologia de Resolução de Problemas e de uso de um Objeto de Aprendizagem associado às Tecnologias da Informação e Comunicação. E tem por objetivo avaliar a reação dos alunos, a receptividade e a compreensão do conteúdo através do emprego de novas metodologias para o ensino de Equações Lineares; buscando desmistificar a ideia de que a Matemática é uma disciplina difícil e distante da realidade dos alunos.
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