PROEMINENCIA ISQUIO
Trabalho Escolar: PROEMINENCIA ISQUIO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: sam82 • 16/9/2014 • 1.676 Palavras (7 Páginas) • 227 Visualizações
INTRODUÇÃO
Conceito
Úlceras por pressão representam um grave problema
de saúde observado em todos os serviços do mundo, e suas
implicações médicas, econômicas, legais e psicológicas aos
seus portadores e familiares1 traduzem-se em uma ampla
produção de trabalhos científicos, na tentativa de elucidação
diagnóstica, epidemiológica, terapêutica e preventiva dessas
feridas. Paralelamente, a identificação e a redução de seus
índices têm sido utilizadas como indicador de qualidade em
atendimento médico-hospitalar, razão de ser preocupação
dos setores administrativos diante de processos de qualificação
e de acreditação institucionais2.
Úlceras por pressão são definidas como lesões cutâneas,
de dimensões e profundidade variáveis e classificáveis
secundárias a um processo de isquemia tecidual pela pressão
externa contra superfícies ósseas, agravadas por umidade
e fricção. Tais conceitos levaram à atualização da nômina,
de escaras de decúbito para úlceras de decúbito e, posteriormente,
para o termo úlceras por pressão, terminologia
etiológica de tais lesões3.
A classificação das úlceras por pressão é definida em 4
graus:
• Grau I – as lesões são limitadas à epiderme e derme
superficial;
• Grau II – as lesões envolvem a pele em sua espessura
total, e tecido celular subcutâneo;
• Grau III – as lesões se estendem até o plano muscular;
• Grau IV – onde há destruição de todos os tecidos (partes
moles) com acometimento de ossos ou articulações4.
Com o aumento da expectativa de vida e avanço nas
medidas de controle de doenças crônicas, observou-se, nos
últimos anos, um aumento no número de casos de úlceras
por pressão na população de idosos e doentes cronicamente
acamados, com aumento significativo de sua prevalência em
relação aos pacientes portadores de sequelas de trauma raquimedular
ou por malformações congênitas. A localização das
lesões neste primeiro grupo é, pois, predominantemente,
em regiões sacral, trocantéricas e calcâneas, enquanto que
no segundo e terceiro grupos há o predomínio de lesões da
região isquiática.
Osteomielite e úlceras por pressão
A presença de osteomielite afeta mais de 30% das úlceras
por pressão5; é responsável pelo aumento da morbi-mortalidade,
de reinternações e de recidivas das lesões tratadas,
além de representar aumento significativo nos custos do
tratamento. A literatura médica tem trazido contribuições
no tocante à formulação de protocolos para o devido diagnóstico,
tratamento e educação pós-operatória aos pacientes
deste grupo, buscando minimizar a recidiva da lesão e da
infecção óssea6,7.
Embora possa acometer quaisquer localizações, a osteomielite
em lesões isquiáticas é a mais comumente observada
entre os pacientes portadores de úlceras por pressão,
particularmente entre os cadeirantes: trata-se de pacientes
na maioria das vezes reabilitados, ingressados no mercado
de trabalho, e com atividades escolares, o que os obriga a
muitas horas do dia apoiados sobre a cadeira de rodas, razão
do alto índice e da profundidade dessas afecções na região
isquiática. Pela sua cronicidade, é de se esperar que, diante
de um processo infeccioso local, possa haver contiguidade
para o osso subjacente, levando ao seu comprometimento8.
Sendo um desafio diagnóstico e terapêutico aos profissionais
envolvidos, as manifestações clínicas da osteomielite são variáveis
e dependem do sítio do envolvimento, do evento inicial, do
microorganismo responsável e da aguda ou crônica natureza em si.
Introduzido por Nelaton9, em 1844, o termo osteomielite
implica em uma infecção do córtex e da medula óssea. Assim,
a simples presença de osteíte devido à profundidade dessas
lesões não significa que haja um comprometimento infeccioso
do osso em si, não sendo sinal patognomônico de infecção óssea.
O contato crônico das regiões submetidas à pressão contínua
pode levar ao comprometimento periostal e subperiostal, e sua
diferenciação radiológica e patológica é de fundamental importância
na determinação da terapêutica a ser adotada.
Nas úlceras
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