PROTEÇÃO DOS PÉS
Artigos Científicos: PROTEÇÃO DOS PÉS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dgla • 15/9/2014 • 2.865 Palavras (12 Páginas) • 218 Visualizações
Muitos de nós não dão atenção aos pés. O que é um grande erro, pois sao fundamentais no equilíbrio e na locomoção. Para os pacientes diabéticos eles são um dos pontos mais vulneráveis e, por isso, devem ser muito bem cuidados. Nunca é demais, então, aprender mais um pouco sobre o assunto.
Uma das complicações do diabetes é a neuropatia, cuja forma mais comum afeta os nervos periféricos, principalmente dos pés e pernas, prejudicando as sensações de dor, frio e vibração. É importante esclarecer que nem todos os pacientes terão neuropatia e que os diabéticos mal controlados têm mais chance de desenvolvê-la.
Os portadores de diabetes também estão mais propensos a problemas nos vasos sangüíneos, sendo que a diminuição do fluxo de sangue também pode causar danos às pernas e aos pés (doença vascular periférica). Vale lembrar que o fator genético, a desnutrição, o uso de bebidas alcoólicas, a hiperglicemia e a instabilidade metabólica podem contribuir para o aparecimento mais precoce da neuropatia. Já a má circulação pode agravar-se ainda mais, devido ao fumo, ao aumento de gordura no sangue e à hipertensão arterial.
De acordo com a Dra. Hermelinda Pedrosa, quatro em cada cinco pacientes diabéticos desenvolvem úlceras e 85% das amputações são precedidas por esse problema. Ela acredita que o trabalho de prevenção deve ser feito em equipe.
Com ou sem sintoma?
Diabéticos que apresentam problemas cardiovasculares, a dor típica da angina pode não ser percebida, levando a um quadro silencioso, manifestando-se apenas pela falta de ar ou outros sinais mais vagos, como náusea ou suor. Como disse o especialista Andrew Boulton no evento em Brasília, cerca de 50% dos portadores do diabetes tipo 2, em idade avançada, têm neuropatia. Mas nem toda neuropatia apresenta sintomas. Este é mais um motivo para cautela. Não só dos pacientes (todos devem sempre inspecionar seus pés), mas também de seus médicos, que têm de examinar toda a área dos membros inferiores dos diabéticos nas consultas, testando se eles os sentem, além de verificarem a circulação sangüínea.
No caso de neuropatia nos nervos periféricos, geralmente os pacientes não sentem dor nos pés. Mas alguns podem apresentar um tipo de queirnação, pon-tada ou choque, que melhora ao caminhar e piora à noite. Ou, ainda, dor ou endurecimento em uma ou nas duas pernas durante algum percurso. Esses sintomas devem ser comunicados ao médico.
Frieiras ou micoses nos pés; cãirnbras; unhas encravadas ou que crescem de forma diferente umas das outras; calos; dedos encavalados; pele fria, brilhante, muito seca ou com rachaduras; queda de pêlos que à vezes crescem nos dedos dos pés; bolhas; inchaço; mudança na cor (arroxeada, avermelhada); e feridas são sinais de alerta, que também devem ser relatados na consulta médica.
Evite as úlceras
Sem a quantidade suficiente de sangue, os pés tornam-se menos resistentes a infecções, os ferimentos demoram mais a sarar e, algumas vezes, transformam-se em úlceras (feridas abertas ou buracos na pele) - que também podem ser causadas por corte, calo ou bolha não cuidados.
Geralmente, a úlcera é muito dolorida. Mas se o nervo tiver sido atingido, será difícil senti-la. Se ignorada tende à infecção, que pode levar à gangrena ou à amputação na região do membro inferior. Ou até mesmo ao risco de vida, se não tratada de forma adequada e em tempo hábil. Por isso, fique atento e não se descuide!
Segundo o especialista David Arms-trong, é fundamental que os médicos analisem de que maneira se pode tirar a pressão recaída sobre os pés ulcerados. Mas lembrou que de nada adiantam esses recursos se o indivíduo com problemas nos pés não entende a importância da questão.
Qualquer pancada, coceira ou até mesmo o tratamento com pedicures não especializados podem resultar em úlceras. Para proteger seus pés, evite andar descalço e utilize meias de algodão, para a pele respirar, e que não sejam nem muito apertadas (para não prenderem a circulação), nem muito largas (para evitar dobras dentro do sapato).
Sapatos e Palmilhas
O cuidado com as extremidades dos membros inferiores se completa com a escolha do calçado correto. Evite os estreitos; com bicos finos ou saltos altos; e também os baixos demais. Para a fisio-terapeuta Lígia Vieira de Loiola - professora do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Minas Gerais, mestre em fisiologia e doutoranda em educação, todas essas especializações na área do diabetes -, o ideal é aquele que acomode seus pés confortavelmen-te, amoldando-os e protegendo-os de atritos. "Uma opção é o uso de tênis, que também são bons para caminhadas", disse ela, durante o workshop em Brasília.
A falta de sensibilidade nos pés impede que os pacientes diabéticos notem objetos estranhos dentro dos sapatos. Por isso, Lígia recomenda examinarem os calçados antes de colocá-los, pois, se realmente houver algo errado, poderá causar lesões, que só serão vistas mais tarde.
Na opinião da fisioterapeuta, a orientação do sapato é necessária para todos os diabéticos. A diferença é o risco de lesão. "Para os pacientes de risco zero (sem perda de sensibilidade), basta que o calçado seja confortável, macio, forrado internamente e sem costuras. Atualmente existem no mercado muitos deles com selo de conforto. É importante que o formato do produto seja compatível com o pé do paciente", explicou, acrescentando que sapatos largos também provocam bolhas e, por isso, não são bons.
A partir do risco l, que já tem perda da sensibilidade, ela aconselha palmilha macia e, para os de perigo maior de lesão, os sapatos têm de ser orientados pelos profissionais de saúde. "No comprimento do calçado, é bom deixar um centímetro sobrando porque o pé faz um deslocamento durante a marcha. E nem sempre a largura acompanha o comprimento. Por isso, a mesma numeração pode ser confeccionada com larguras diferentes", comentou Lígia, acrescentando que o diabético com neu-ropatia grave tende a apertar muito os sapatos para obter alguma sensação, que ainda resta. Com isso, acaba se machucando.
Já se a indicação for para o uso de palmilhas, que servem de amortecimento e redução da pressão que chega nos pés, vale lembrar que, quando elas são colocadas num sapato convencional, o espaço interno muda. Por isso, deve-se retirar a palmilha que já veio no calçado, a não ser que este tenha uma altura extra.
Pé Diabético
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• Retinopatia Diabética
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