Planejamento Financeiro

Planejamento financeiro como ferramenta de trabalho para a Gestão Empresarial.

Eliana Aparecida Ottaviane1

Mariana Martins2

Mayara Marino Magrim3

Patrícia Helena Basso Vilela4

RESUMO

Com o mundo globalizado os empresários cada vez mais tentam encontrar saídas para driblar os concorrentes, conseguir controlar sua própria empresa financeiramente, manter-se no mercado e acima de tudo a busca incessante pelo lucro. No príncipio houve a necessidade dos comerciantes registrarem seus bens, só que com o aumento nesse fluxo ficava cada vez mais díficil e foi ai que surgiram: caixa, rendas, lucros, receitas e despesas. O orçamento, planejamento vem crescendo como instrumento a ser utilizado pelos contadores a viabilizar a tomada de decisão dos empresários. Dentro desse contexto da importância que as pequenas empresas representam, as informações que elas precisam para se planejarem, tomarem decisões e continuarem enfrentando o mercado globalizante entra a importante figura do contador. Pois através dele planejamos, traçamos um objetivo e acompanhamos a sua realização, fazendo um controle, comparando o real e estimado.

PALAVRA CHAVE: PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO.

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1 Bacharel em Ciências Contábeis, pela Universidade Anhanguera Uniderp, [e-mail]

2 Bacharel em Ciências Contábeis, pela Universidade Anhanguera Uniderp, [e-mail]

3 Bacharel em Ciências Contábeis, pela Universidade Anhanguera Uniderp, [e-mail]

4 Bacharel em Ciências Contábeis, pela Universidade Anhanguera Uniderp, [e-mail]

1. INTRODUÇÃO

Numa pesquisa realizada por Souza mostra exatamente essa busca dos empresários pelo controle de suas finanças visando a sobrevivência nessa atual conjuntura. Revela ainda alguns enfoques dados pelas pequenas empresas como: fluxo de caixa, controle de gastos e previsão orçamentária. (SOUZA, Jair Dissertação (Mestrado) – UNIMESP, 1998. 135 p.)

As pequenas empresas brasileiras, classificadas de acordo com o número de empregados, volume de vendas, representam, segundo dados do IBGE, 98% dentro de um universo de aproximadamente 3,5 milhões de empresas.

Representam ainda 50% das pessoas ocupadas no Brasil, incluindo empresários de micro e pequenas empresas e as pessoas que trabalham por “conta própria” sem funcionários.

Porém, a maioria dos escritórios, presta apenas serviços de departamento pessoal, fiscal e contábil, atendendo exigências formais, deixando os pequenos e médios empresários carente de informações.

Fala-se escritórios de contabilidade, visto que a maioria das pequenas e médias empresas possui este tipo de serviço terceirizado, mesmo porque o custo para se manter um setor de contabilidade interno fica inviável.

Apesar de manter esse terceirizado, achamos que há sim a necessidade de um funcionário administrativo, um profissional qualificado para gerenciar seus negócios, planejar, traçar estratégias, mostrar novos caminhos, aplicar seus conhecimentos para ajudar com esse conhecimento administrativo, pois no nosso caso, o estabelicimento é familiar e dirigido por uma pessoa com poucos conhecimentos na atualidade, necessitando assim de alguma instrução.

O objeto de estudo do presente trabalho é uma loja de auto-serviço localizada em Cordeirópolis - SP, na zona periférica. É considerada de pequeno porte embora possua duas lojas.

O supermercado escolhido para realização deste trabalho foi a matriz, por ser a mais completa de todas possuindo em suas dependência um pequeno setor administrativo.

O supermercado possui um sistema de entrada de mercadorias, que gera um estoque, e possui também um controle com os dados do valor de custo do produto comprado anteriormente, para que dessa maneira possa haver um controle do aumento nos preços do produto.

O dono do estabelecimento, nos disse que trabalha com uma porcentagem de 30% sobre o preço das mercadorias vendidas, porem é um valor estipulado por ele mesmo.

Segundo uma revista do ramo num setor com um grau de competitividade acirrada e com baixa rentabilidade, não é permitido falhas na organização podendo levar a grandes perdas, as quais são altamente discutidas. Em 1999 por exemplo, o setor supermercadista obteve perdas em torno de R$ 1,52 bilhão provenientes de desperdícios, furtos, roubos, inadimplência e má administração. Apenas a má administração atingiu a casa dos 11%.

Se houvesse um maior controle sobre as perdas, o setor conseguiria num primeiro momento um fôlego maior nas margens, como conseqüência viria maiores possibilidades de reinvestimento?

Este trabalho será de caráter teórico-prático, por estudar a teoria e depois leva-la na prática. Quanto a parte teórica, utilizar-se-á fontes bibliográficas.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O orçamento tem sido um dos instrumentais utilizados pelo contador para viabilizar a tomada de decisão dos empresários. Pois no orçamento planejamos, traçamos um objetivo e acompanhamos a sua realização. Mediante a comparação do orçado e do realizado podemos detectar falhas e sugerir soluções.

“Orçamento compreende a consolidação de informações, quantitativas em valores monetários classificados em sub-orçamentos, segundo sua natureza e finalidade no processo administrativo e operacional da empresa visando atingir aos objetivos e metas previamente fixados.” (WALTER, 1980. p. 6.)

Planejar significa decidir antecipadamente, onde decidindo antecipadamente controlamos nosso futuro.

“O orçamento representa a expressão quantitativa, em unidades físicas, medidas de tempo, valores monetários etc., dos planos elaborados para o período subsequente, em geral de doze meses.” ( SANVICENTE, 1997. p. 213.)

Padoveze define o termo orçar como sendo o “processamento de todos os dados constantes do sistema de informação contábil de hoje, introduzindo os dados previstos para o próximo exercício.” ( PADOVEZE, 2000. p. 369.)

O objetivo dominante de toda a empresa com fim lucrativo é a maxima rentabilidade, assim, o planejamento