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Planejamento Financeiro

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Por:   •  25/11/2014  •  2.597 Palavras (11 Páginas)  •  324 Visualizações

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O PLANEJAMENTO FINACEIRO FAMILIAR CONTRA O ENDIVIDAMENTO

Adilene Pereira de Andrade

RESUMO

O endividamento das famílias brasileiras vem crescendo gradativamente, por esse motivo o planejamento financeiro familiar é um assunto que vem ganhando um destaque cada vez maior. Diante desta questão, este trabalho tem como objetivo verificar como está o grau de endividamento das famílias brasileiras, e ao mesmo tempo conhecer os grandes responsáveis por tantas dívidas nos lares brasileiros. O trabalho procura ainda, mostrar sobre o ponto de vista de alguns autores como Fábio Portela, o que é preciso fazer para sair do endividamento. Assim, utilizando a analise bibliográfica, constatou-se que é possível eliminar as dívidas domésticas desde que os membros da família aprendam a organizar seu orçamento e que para dar certo é preciso que haja a participação de todos os familiares. Conclui-se que o Planejamento Financeiro Familiar é a melhor arma contra o endividamento das famílias brasileiras.

Palavras-chave: Planejamento Financeiro Familiar; Endividamento; Educação Financeira.

Introdução

A preocupação com o planejamento financeiro familiar vem crescendo entre os brasileiros, porém a grande maioria ainda não sabe ou não consegui seguir esse planejamento, entrando assim em um mar de dividas incontroláveis. Os brasileiros ainda são levados pelas ofertas sedutoras das lojas, as compras no carnê, no cartão e por financiamento, comprando muitas vezes mercadorias que não são tão urgentes ou mesmo sem necessidade.

Este artigo tem o intuito de investigar a importância do Planejamento Financeiro nas Finanças Pessoais e Familiares na luta contra o endividamento, pois se sabe que endividamento não esta ligado aos ganhos salariais, e sim a falta de planejamento das receitas familiares.

Diante destas informações, surgiu-se o interesse em conhecer como o planejamento financeiro pode contribuir com a organização do orçamento familiar. Assim, este artigo tem como questão-problema as seguintes indagações: Quais os principais vilões do endividamento da família brasileira? Como a Educação das Finanças através do Planejamento Financeiro pode ajudar as famílias a saírem dos índices de endividamento e garantir uma vida financeira mais tranquila?

A ideia inicial que vem a mente da maioria das pessoas quando se fala em Planejamento Financeiro é poupar. Porém, sabe-se que Planejamento Financeiro não está limitado a poupança.

Segundo Macedo,

Planejamento financeiro é o processo de gerenciar seu dinheiro com o objetivo de atingir a satisfação pessoal. Permite que você controle sua situação financeira para atender necessidades e alcançar objetivos no decorrer da vida. Inclui programação de orçamento, racionalização de gastos e otimização de investimentos (MACEDO, 2007, p. 26).

Assim, busca-se através deste trabalho mostrar que Planejamento Financeiro significa organizar e controlar todas as receitas e despesas domésticas. E isso deve envolver todos os membros da família, por tanto, os ensinamentos sobre finanças pessoais precisam começar deste cedo, os pais além de saberem controlar seus gastos, precisam ensinar seus filhos. O povo brasileiro, em sua grande maioria, não sabe o que são juros, não pedem descontos quando compram à vista, e caem facilmente nas propostas de venda a prazo sem juros, principalmente quando se trata do cartão de crédito, e nisso vão comprando e quando se dão conta da situação às dívidas já viraram uma “bola de neve”.

Para encontrar respostas para as questões propostas, o presente artigo adotou como procedimentos metodológicos a pesquisa bibliográfica, pois utilizou como fonte de pesquisa obras já publicadas. É também é descritiva, pois analisa dados sobre endividamento das famílias brasileiras obtidos em sites dedicados ao assunto, sem que haja a manipulação dos mesmos.

Desenvolvimento

Com a criação do Plano Real em 1994, o brasileiro adotou novos hábitos com relação à aquisição de bens e consumo, pois a moeda brasileira proporcionou uma estabilidade da economia brasileira com relação aos anos anteriores. Então, após passar por toda a crise durante o governo Collor, o Plano Real para o brasileiro foi como a realização de um sonho. Porém, para muitos esse sonho vem sendo adiado, pois com a nova economia no Brasil, sugiram as ofertas tentadoras, e com elas a contração de novas dividas e o atraso das dividas antigas, surgindo o endividamento da família brasileira.

Esse fenômeno pode ser observado através pesquisas realizadas por órgãos dedicados a observar e analisar o perfil financeiro do brasileiro, como por exemplo, Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que divulgou um estudo sobre o Perfil do Endividamento das Famílias Brasileiras 2013, e mostrou que o número médio de famílias endividadas cresceu 7,5% em 2013 com relação a 2012. Assim, em 2013 o total de famílias brasileiras que se declararam endividadas ficou em 62,5%, contra a média de 58,3% verificada em 2012.

A CNC ainda considerou que houve melhora no perfil do endividamento das famílias, "verificada no alongamento dos prazos e no menor comprometimento médio de renda". De 2012 para 2013, o prazo médio das dívidas passou de 6,53 meses para 6,74 meses, enquanto a parcela média da renda comprometida com dívidas caiu de 30,0% para 29,4%.

O Instituto de Pesquisa Aplicada (IPEA), segundo um levantamento feito em agosto de 2013, mostrou que a dívida média mensal das famílias brasileiras chega a R$ 5.426,29. Para o Ipea o indicador de endividamento das famílias brasileiras é muito baixo, apenas uma em cada dez famílias encontra-se com grau de endividamento elevado. Porém, segundo Marcio Pochmann, presidente do Ipea, no grupo dos muito endividados existe um número significativo de famílias que exigem um cuidado especial.

Por tanto, de acordo com essas informações é possível perceber que o endividamento das famílias brasileiras vem crescendo, porém não se encontra em um grau alarmante. Mais ao mesmo tempo é preciso que haja um cuidado especial com alguns grupos familiares, principalmente os integrantes da classe média, que costuma gastar mais do que ganha.

Segundo Marianne Hanson, economista da CNC, na composição dos tipos de dívida, a economista chama atenção para o crescimento do crédito imobiliário e para a compra de veículos. O

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