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Planejamento Financeiro Familiar

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Por:   •  28/2/2015  •  4.801 Palavras (20 Páginas)  •  618 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

A vida em sociedade fez com que o ser humano começasse a ter que criar meios de controlar suas finanças, organizando e mensurando todos os seus pertences. O homem, instintivamente, e de forma rudimentar, sempre aplicou técnicas de contabilidade e planejamento no controle da gestão pessoal.

A discussão sobre planejamento financeiro pessoal está cada dia mais em voga, como nos livros que tratam do tema, “Pai rico pai pobre”, “A árvore do dinheiro”. Nos livros ou na própria discussão do assunto em disciplinas curriculares nos cursos universitários, o objetivo básico das finanças pessoais é fazer com que se comece a administrar sua vida financeira de forma controlada, obtendo reservas financeiras que lhe darão uma melhor qualidade de vida no futuro.

Porém, apesar da grande tentativa de esclarecimento do tema, é perceptível o fato de que as pessoas ainda encontram grande dificuldade em administrar suas finanças. Agrava-se o caso quando se analisa a realidade de uma sociedade consumista, habituada a não poupar, priorizando o gasto imediato do dinheiro, ideia advinda da época em que a inflação diminuía o poder de compra no futuro; e por outro, preocupada em ostentar uma vida luxuosa que implica em alto gasto financeiro. Nesse sentido, subentende-se que é por meio da ostentação e do luxo que se diferenciam as classes sociais. Ou seja, as classes com maior poder econômico criam modelos de sistemas de valores e uma ordem cultural baseada em ideais de consumo que as identificam e as diferenciam das demais.

A sociedade inconscientemente julga as pessoas pelo que elas demonstram ter. A ideia de que sucesso profissional leva à riqueza que leva à ostentação de bens materiais através de roupas, carros, joias e lugares que se frequenta está muito ligada à manutenção de uma imagem daquilo que se tem e não pelo que se é.

Infelizmente poucas pessoas físicas têm um bom controle financeiro pessoal. Este trabalho irá abordar o planejamento financeiro familiar como ferramenta de gestão e controle do patrimônio pessoal, como também irão demonstrar alguns conceitos relacionados a planejamento financeiro, fontes de investimentos.

2. PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Primeiramente, é importante entender o conceito de finanças, para assim ter conhecimento de como administrar seu controle financeiro. O conhecimento básico sobre as finanças é fundamental para a tomada de decisões da família.

Finanças é o estudo de como as pessoas alocam recursos escassos ao longo do tempo. As duas características que distinguem as decisões financeiras de outras decisões de alocação de recursos, que são os custos e benefícios das decisões financeiras, são (1) a distribuição ao longo do tempo e (2) o fato de geralmente serem desconhecidas de antemão, ou por quem vai tomar as decisões ou por qualquer outra pessoa. Ao decidir se deve ou não abrir seu próprio restaurante, por exemplo, você precisa pesar os custos (tais como os investimentos na preparação do local, na compra de fogões, mesas, cadeiras pequenos guarda-chuva de papel para decorar os drinques e outros equipamentos necessários) contra os benefícios incertos(seus lucros futuros) que você espera colher ao longo de vários anos.(BODIE E MERTON, 1999, p.26).

Algumas pessoas resistem em procurar o médico quando seu corpo físico ou mental dá sinais de alerta. Isso, quando não buscam a automedicação. Em outros casos, a demora na busca de soluções traz complicações que, se não fatais, exigem redobrado esforço para a recuperação. Assim também ocorre quando nosso “corpo” financeiro dá sinais de alerta. É muitas vezes mais cômodo culpar o governo, a inflação, os juros altos, a especulação internacional, do que adotarmos medidas que visem corrigir desvios.

Em tempos de instabilidade se deve repensar os hábitos de consumo e

equilibrar receita e despesa. Conforme a Pesquisa de Orçamento Financeiro (POF) divulgada e realizada pelo IBGE (2010) em 2008/2009, 75,2% das famílias brasileiras declararam “algum grau de dificuldade para chegar ao final do mês com o rendimento que recebiam” (IBGE 2010) e mesmo apresentando uma redução de 9,8% em comparação com a pesquisa anterior, nos anos de 2002/2003 é um valor considerável.

Diante do exposto, surge o seguinte questionamento: como conseguir um controle entre receitas e despesas para alcançar um equilíbrio no orçamento doméstico?

Conforme Frankenberg (1999, p.31), “planejamento financeiro pessoal significa estabelecer e seguir uma estratégia precisa, deliberada e dirigida para a acumulação de bens e valores que irão formar o patrimônio de uma pessoa e de sua família”. A partir desse conceito, o planejamento financeiro pessoal pode ser feito por qualquer pessoa que tenha metas para serem atingidas, depois de definidas essas metas, deve sempre mantê-las em sua mente e lutar com determinação para alcançá-las.

O ser humano, ao gastar seu dinheiro, sempre o faz com alguma finalidade específica. Assim, quando vai ao supermercado para comprar carne e arroz, por exemplo, estará gastando seu dinheiro com a finalidade específica de atender às suas necessidades básicas de alimentação. Mas não é tão simples assim. Além da satisfação das nossas necessidades, somos movidos também pelos desejos, às vezes incontroláveis. É assim quando compramos por impulso, quando cedemos à pressão da propaganda ou de familiares, entre outras causas.

Muitas pessoas não têm ideia do seu patrimônio atual, da quantidade de seus gastos e de quanto precisam para viver tranquilamente por um mês.

Investir nada tem a ver com guardar dinheiro na poupança sem motivo

algum, um ponto chave é definir metas e objetivos para o dinheiro que está sendo poupado, sem isto, o montante guardado será gasto de forma errada e muitas vezes por impulsos para compra de algum produto que seja desejo ou esteja em promoção, porém não seja necessário no momento, é importante ter em mente que não há propósito em guardar dinheiro tão somente pelo ato de guardar em si, dinheiro guardado sem um objetivo não trará segurança ou a ideia de que estamos guardando para atingir uma meta se não delimitarmos o que será e quanto custará esse objetivo ou segurança.

Nunca é tarde para iniciar o planejamento familiar, que é essencial à garantia de tranquilidade no futuro. A importância da educação financeira, deveria estar no currículo básico das escolas, sendo que na maioria das vezes as pessoas começam a administrar o seu próprio dinheiro após os 18 anos, e faz com que na

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