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Politização

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Por:   •  11/9/2014  •  Tese  •  1.257 Palavras (6 Páginas)  •  175 Visualizações

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Constitucional I

A politicagem é um desvio ético do poder, configurado a partir do interesse de um ou mais indivíduos politiqueiros, que se auto organizam com a intenção de obter vantagens privativas do poder público, provocando por causa desse comportamento inúmeras externalidades negativas para a sociedade como um todo - através da injustiça, desordem, instabilidade, violência e descrédito, entre outras modalidades antidemocráticas e desumanas, que prejudicam a confiabilidade do cidadão nas instituições públicas responsáveis pela defesa dos interesses de sua própria comunidade.

10. Variantes da politicagem em geral

(a) Indivíduos: na maioria das vezes, os politiqueiros são agentes racionais. Buscam meios eficientes para realizar as suas metas egoístas ou particulares, representando algum segmento ou clientela em detrimento do interesse público universal. Existem dos tipos de politiqueiros: o dos meios e dos fins.

(b) Fatos: o politiqueiro dos meios deseja produz bem público, mas emprega, paradoxalmente, uma metodologia maquiavélica, repleta de vícios [que talvez para surpresa sua!] geram o aparecimento de males públicos diversos de natureza instrumental, que acabam desvalorizando a meta pública desejada inicialmente pela comunidade, causando novos problemas sociais a serem resolvidos e pagos pela comunidade. O politiqueiro dos fins, por outro lado, deseja produzir bens privados, o que é uma anomalia no espaço público. Utiliza paradoxalmente uma metodologia política aristotélica, repleta de virtudes, que são transformadas sutilmente em novas tecnologias do egoísmo e do interesse particular do grupo.

10. Variantes da politicagem em geral

(a) Indivíduos: na maioria das vezes, os politiqueiros são agentes racionais. Buscam meios eficientes para realizar as suas metas egoístas ou particulares, representando algum segmento ou clientela em detrimento do interesse público universal. Existem dos tipos de politiqueiros: o dos meios e dos fins.

(b) Fatos: o politiqueiro dos meios deseja produz bem público, mas emprega, paradoxalmente, uma metodologia maquiavélica, repleta de vícios [que talvez para surpresa sua!] geram o aparecimento de males públicos diversos de natureza instrumental, que acabam desvalorizando a meta pública desejada inicialmente pela comunidade, causando novos problemas sociais a serem resolvidos e pagos pela comunidade. O politiqueiro dos fins, por outro lado, deseja produzir bens privados, o que é uma anomalia no espaço público. Utiliza paradoxalmente uma metodologia política aristotélica, repleta de virtudes, que são transformadas sutilmente em novas tecnologias do egoísmo e do interesse particular do grupo.

(c) Valores: O governante político torna os meios decisórios acessíveis a todos; disponibiliza informações; busca negociar; esclarece; encoraja a participação, inclusive dos opositores; desperta e respeita a crítica dos adversários e grupos organizados; garante o respeito mútuo; torna acessível, humana e comunicativa a prática coletiva do poder e do bem comum. De outro modo, o governante politiqueiro conspira sutilmente contra as virtudes políticas, aproveitando-se dos vazios institucionais encontrados no cotidiano, como a ausência de participação da comunidade, de leis e de fiscalização pública.

(d) História: a trajetória da politicagem caracteriza a história do mal público. Buchanan (1975), por exemplo, aponta vários tipos, como a desordem constitucional; o totalitarismo; a massificação; a burocratização; a injustiça; a violência; e o preconceito. De forma semelhante

Theoria - Revista Eletrônica de Filosofia Faculdade Católica de Pouso Alegre Volume 04 - Número 09 - Ano 2012 | ISSN 1984-9052 56 | P á g i n a

ao bem público, o mal público é indivisível e não excludente no sentido de que todos na comunidade internalizam as suas externalidades negativas.

(e) Instituições: de acordo com Aristóteles (“Política”, Livro oitavo, cap. I, §2), muitas sociedades políticas foram constituídas por homens que, em sua maioria, adotaram as ideias de justiça e igualdade proporcional; porém foi exatamente nisso que eles se iludiram. Na democracia este fato é mais frequente, pois acreditam os homens que eles são livres em tudo e também que existe entre eles uma igualdade absoluta. Usando o pretexto da igualdade, alguns querem possuir em tudo direito igual; e outros que se consideram desiguais sonham em obter mais privilégios (idem, §3). De acordo com Aristóteles, o que colabora para a destruição das instituições é fundamentalmente “a violação do direito político” [grifo nosso].

ao bem público, o mal público é indivisível e não excludente no sentido de que todos na comunidade internalizam as suas externalidades negativas.

(e) Instituições: de acordo com Aristóteles (“Política”, Livro oitavo, cap. I, §2), muitas sociedades políticas foram constituídas por homens que, em sua maioria, adotaram as ideias de justiça e igualdade proporcional; porém foi exatamente nisso que eles se iludiram. Na democracia este fato é mais frequente, pois acreditam

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