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Portugues 4

Trabalho Universitário: Portugues 4. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  12/5/2013  •  2.968 Palavras (12 Páginas)  •  590 Visualizações

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Atividade Avaliativa - Tentativa 1

Para responder às questões de 1 a 4, leia o trecho do conto Flor Anônima, de Machado de Assis:

Flor Anônima – Machado de Assis

Manhã clara. A alma de Martinha é que acordou escura. Tinha ido na véspera a um casamento; e, ao tornar para casa, com a tia que mora com ela, não podia encobrir a tristeza que lhe dera a alegria dos outros e particularmente dos noivos.

Martinha ia nos seus... Nascera há muitos anos. Toda a gente que estava em casa, quando ela nasceu, anunciou que seria a felicidade da família. O pai não cabia em si de contente.

– Há de ser linda!

– Há de ser boa!

– Há de ser condessa!

– Há de ser rainha!

Essas e outras profecias iam ocorrendo aos parentes e amigos da casa.

Lá vão... Aqui pega a alma escura de Martinha. Lá vão quarenta e três anos — ou quarenta e cinco, segundo a tia; Martinha, porém, afirma que são quarenta e três. Adotemos este número. Para ti, moça de vinte anos, a diferença é nada; mas deixa-te ir aos quarenta, nas mesmas circunstâncias que ela, e verás se não te cerceias uns dois anos. E depois nada obsta que marches um pouco para trás. Quarenta e três, quarenta e dois, fazem tão pouca diferença...

Naturalmente a leitora espera que o marido de Martinha apareça, depois de ter lido os jornais ou enxugado do banho.

Mas é que não há marido, nem nada. Martinha é solteira, e daí vem a alma escura desta bela manhã clara e fresca, posterior à noite de bodas.

Só, tão só, provavelmente só até a morte; e Martinha morrerá tarde, porque é robusta como um trabalhador e sã como um pero. Não teve mais que a tia velha. Pai e mãe morreram, e cedo.

A culpa dessa solidão a quem pertence? Ao destino ou a ela? Martinha crê, às vezes, que ao destino; às vezes, acusa-se a si própria. Nós podemos descobrir a verdade, indo com ela abrir a gaveta, a caixa, e na caixa a bolsa de veludo verde e velha, em que estão guardadas todas as suas lembranças amorosas. Agora que assistira ao casamento da outra, teve ideia de inventariar o passado. Contudo hesitou:

– Não, para que ver isto? É pior: deixemos recordações aborrecidas.

(Adaptação de: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/fs000197.pdf. Acesso em: 1º nov. 2012)

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Question 1

Notas: 1

Assinale, de acordo com o texto, a alternativa que representa o que levou Martinha a acordar com a alma escura.

Escolher uma resposta.

a. A lembrança de estar quase só, pois seu marido se fora, restando apenas sua tia velha.

b. A consciência de sua solidão, reforçada pelo evento que participara no dia anterior.

c. A certeza de que não foi nem seria tão bem-aventurada como previu sua família.

d. A possibilidade de que sua vitalidade, ainda que tivesse saúde, fosse abalada.

e. A percepção de que já estava com idade avançada e ainda demoraria para morrer.

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Question 2

Notas: 1

Quando dialoga com sua possível leitora, o narrador enfatiza que:

Escolher uma resposta.

a. A juventude deve ser aproveitada intensamente, a fim de que, na velhice, as mulheres não sofram com os danos causados pelo tempo.

b. O passar da idade, ainda que incondicional a todas as mulheres, é mais preocupante na juventude.

c. Alguns anos passam despercebidos na juventude, mas são muito representativos mais tarde, na vida, se não houver casamento.

d. Umas pessoas sofrem mais que outras quando a juventude passa, pois têm mais lembranças amorosas.

e. As moças dão pouca atenção à idade, já que sabem da impossibilidade de fazer com que o tempo pare e as mantenha jovens.

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Question 3

Notas: 1

Analise as afirmações apresentadas a seguir:

I. Em – Martinha ia nos seus... – a suspensão do pensamento, marcada pelo emprego das reticências, ocorre em função das projeções que o narrador passa a fazer sobre a idade da personagem.

II. Na oração – Pai e mãe morreram, e cedo. – o termo em destaque está empregado com valor adverbial, estabelecendo relação de tempo.

III. A frase inicial do penúltimo parágrafo do texto, em discurso direto da personagem Martinha, assumiria a seguinte redação: − A culpa desta solidão a quem pertence? − Ao destino ou a mim? − Eu creio, às vezes, que ao destino; às vezes, acuso-me a mim própria.

Está correto o que se afirma em:

Escolher uma resposta.

...

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