Preludio da Fotografia
Por: jaspizza • 1/6/2016 • Monografia • 1.283 Palavras (6 Páginas) • 241 Visualizações
UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO - UNAERP
JOÃO PIZZA
KAHEL FERREIRA
FOTOGRAFIA NO CINEMA
RIBEIRÃO PRETO
2016
JOÃO PIZZA
KAHEL FERREIRA
FOTOGRAFIA NO CINEMA
Projeto de pesquisa elaborado por exigência da disciplina Monografia I, sob a orientação da prof. Tincani.
RIBEIRÃO PRETO
2016
INTRODUÇÃO
O surgimento do cinema teve como base os princípios da fotografia, que surgiu através de um conjunto de descobertas, como as primeiras “câmeras escuras”, até as técnicas aperfeiçoadas de Willian Henry Fox-Talbot e Frederick Scott Archer, na qual desenvolveram processos que fixavam uma imagem em alguma superfície e a partir dela reproduzissem outras imagens na folha de papel.
No século XX, temos então uma popularização da fotografia, com a fábrica da Kodak, que foi a primeira a desenvolver um filme que pudesse ser colocado em uma câmera onde era protegido da luz. Já em 1980, a fotografia sofre uma grande virada, o que era um sistema tradicional de registrar imagens revelar e ampliar no papel, agora dá lugar as câmeras digitais.
Até o século XIX, não haviam registros de imagens em movimento, e foi a fotografia que abriu o caminho e possibilitou que o fotógrafo inglês Eadweard J. Muybridge, desenvolvesse um sistema que registrasse uma sequência de 24 imagem que colocadas no zoopraxiscópio, em uma certa velocidade, tinha-se a percepção que a imagem estava em movimento.
Além do Muybridge, houve também outros pesquisadores que contribuíram para a história do cinema, como Thomas Edison e os irmãos Auguste e Louis Lumière, que criaram o cinematógrafo, que foi considerado o primeiro aparelho qualificado de cinema. (LINDOMAR, online). No princípio o cinema era mudo, não havia nenhum tipo de som, somente imagens em movimento, porém houve algumas tentativas de efeitos especiais, com o George Méliès, que usava maquetes, truques de óptica, e efeitos especiais teatrais. Mas somente no final da década de 1920, que houve alguns sucessos de projeções sincronizadas com imagem e som, além disso a cor começa a entrar no cinema comercial na década de 1930.
O cinema atual é um mercado exigente e promissor, além de tecnológico, ele não é mérito somente dos atores e atrizes que destacam nas cenas, pois a produção de um filme engloba uma grande equipe de trabalho. E iremos nos nossos estudos focar na função do Diretor de Fotografia. Ajuste de câmera, lentes, composição, enquadramento e principalmente o domínio da luz; são as preocupações do “fotógrafo” de cinema, o diretor de fotografia. Quando assistimos a um filme com boa fotografia, o diretor torna possível essa real identificação - o visual harmônico, a evidência de que estamos assistindo a fotografias em movimento, fotografias bem pensadas. Há cenas que até conseguimos imaginá-las impressas em papel fotográfico. Há cenas que, de fato, dá vontade de “revelar”, mandar enquadrar, e colocar naquela parede de casa onde nós e as visitas tenhamos uma visão privilegiada dela.
Uma análise bem detalhada do roteiro do filme deve ser feita pela equipe fotográfica, e então é possível tomar a decisão sobre qual a câmera e a iluminação adequada para potencializar nas cenas as emoções propostas pelo enredo. O filme precisa de seu ritmo visual.
A função do diretor de fotografia, de acordo com Moura (1999) é transformar os sonhos do diretor do filme em realidade, porém, tecnicamente é cuidar da luz e da câmera.
Muitas pessoas confundem quando o assunto é fotografia no cinema. Fotografia no cinema nada mais é do que a aplicação dos conceitos de fotografia no cinema, ou seja, são conceitos teóricos como luz, enquadramentos, composições, lente, e tudo que contribui para que a cena fique boa.
Por isso, o diretor do filme e o de fotografia deve trabalhar lado a lado, pois segundo Moura, o diretor do filme escolhe e o diretor de fotografia melhora aquilo que foi escolhido. O diretor se preocupa com a psicologia, dos atores, e dos personagens que serão representados. O fotógrafo, com a imagem, a melhor possível com esses atores, lida com a cor, com a fluidez de câmera e a luz, resumindo, o diretor do filme define o que fazer e o de fotografia define como fazer.
Em cada cena do filme é ele que evidencia o caráter artístico de todos os planos, um olhar maldoso, um pensamento duvidoso, são cenas que o diretor de fotografia irá evidenciar ou criar para dar sentido ao que está sendo trabalhado no filme.
Como já foi dito desde as primeiras experiências do cinema, foram utilizados técnicas de efeitos especiais. O primeiro registro de efeito especial foi com o filme A Execução de Mary, A Rainha da Escócia de 1893, na cena em que a rainha iria ser decapitada, na hora em que eles iam cortar sua cabeça, pararam e colocaram no lugar dela um boneco. Mas foi George Mélies, que ampliou a ideia de efeitos especiais, mostrando que era possível criar coisas inimagináveis, como levar o homem até a lua. Suas principais inovações foram a utilização de pinturas como fundo e o uso de uma filmagem quadro a quadro, início da ideia de Stop-Motion.
Com os avanços tecnológicos os efeitos especiais tiveram uma mudança muito significativa, em 1980 o filme Tron da Disney, foi o primeiro a utilizar computação gráfica para a construção de cenários. Inspirados nessas técnicas muitos outros filmes foram surgindo e aperfeiçoando os efeitos especiais, temos filmes que representam esses avanços como, Matrix (1999), Trilogia Senhor dos Anéis (2001-2003), que utilizou a técnica Performance-Capture, que deu origem ao personagem Smeagol; e o filme Avatar (2009), que foi o primeiro filme 100% 3D.
Através de todos os avanços e todas as mudanças, tanto no cinema quanto na fotografia em si, que definimos o objetivo desse trabalho, e com isso abordaremos nos seguintes capítulos aspectos da fotografia, tal como sua definição no campo da fotografia e no cinema, além disso iremos analisar dois sucessos cinematográficos, o filme Tess, uma lição de vida (1979), do diretor Roman Polanski, vencedor de três Oscars, um deles foi o de Melhor Fotografia, o qual iremos analisar, e analisaremos também o filme O grande hotel Budapeste (2013), do diretor Wes Anderson, foi indicado ao Oscar de melhor fotografia. Analisando os dois filmes iremos dar uma maior visibilidade e compreensão as técnicas e as diferenças de cinematografia utilizadas em produções passadas e nas atuais.
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