Produção Textual

SOCIABILIDADE

Por que somos sociáveis

A sociabilidade pode ser vista, de forma geral, como a capacidade natural do ser humano de viver em sociedade, viver sempre em contato com outras pessoas, o ser humano não tem intrínseco à sua natureza a solidão. É através da socialização, que os indivíduos, ao nascerem, e integrar um certo grupo, seja ele familiar, ou de amigos, acaba aderindo algumas características ao seu modo de viver.

Por mais egoísta, egocêntrico que o ser humano seja, ele necessita conviver com outros seres humanos, seja para expressão cultural, perpetuação da espécie, diversão, ou seja, é inevitável o contato e interação entre os homens. É através da sociabilidade, que entra o conceito de socialização, quando se compõe um certo grupo, aprende-se certas características, características estas, comuns a todos os componentes de um certo grupo. Num simples ato de ir à praia, está implícito um conceito de sociabilidade.

Somos sociáveis por natureza. Não gostamos de nos sentir solitários e para efetivamente sermos seres humanos, precisamos do outro. É pelo outro que sabemos quem somos, que nos definimos, que sabemos onde começamos e terminamos. Nos agrupamos a todo tempo com pessoas que curtem o que curtimos, seguimos e somos seguidos pelos interesses sociais e adoramos compartilhar e recompartilhar. O HOMEM É UM SER SOCIAL, um ser pensante que por ser frágil não sabe viver isolado, precisa da interação com seus semelhantes afim de buscar o seu autoconhecimento, capta e guarda informações e portanto atinge níveis de consciência, melhorando assim, o convívio social.

O ser humano é sociável porque ainda não aprendeu a viver sozinho, somos sociáveis não apenas porque dependemos de outros para viver, mas porque os outros influenciam na maneira como convivemos conosco mesmos e com aquilo que fazemos.

As formigas são insetos sociáveis porque vivem juntos em colônias. Todas as espécies se agrupam em uma única família chamada de família Formicidade. Mesmo assim, as diferenças entre as diversas espécies são acentuadas, variando desde a formiga comum até as rurais especializadas em cortar folhas e outras partes vegetais para garantir a própria sobrevivência. É o fato de que ninguém está no comando. Não há nenhum general à frente das formigas-soldados. Não há gerentes controlando as operárias. Mesmo com meio milhão de formigas, uma colônia funciona muito bem sem nenhum sistema de controle - pelo menos não há nada reconhecível nesse sentido. Em vez disso, o funcionamento da colônia está baseado em incontáveis interações entre as formigas individuais, cada qual seguindo regras práticas muito simples. Não havia um líder. Cada formiga apenas seguia regras simples aperfeiçoadas ao longo de milhares de anos.

A respeito de formigas, os elementos do comportamento inteligente do grupo - controle descentralizado, reação a regras práticas - acabam por formar uma eficiente estratégia para se lidar com situações complexas. Não estamos acostumados a resolver problemas descentralizados de maneira também descentralizada. Não é possível controlar o aumento de tráfego instalando placas e sinais por todos os lados. Por outro lado, a idéia de fazer com que o tráfego seja um sistema que organiza a si mesmo é algo muito animador." As mudanças mais importantes talvez estejam ocorrendo na internet. Um exemplo é a maneira como o Google usa a inteligência de grupo para encontrar o que procuramos. A Wikipedia, a enciclopédia colaborativa de livre acesso, também se revelou um enorme sucesso, exibindo milhões de artigos em mais de 200 línguas que tratam de todos os temas possíveis, e cada qual pode ser editado por qualquer pessoa.

Tais idéias ressaltam uma importante verdade a respeito da inteligência coletiva: as multidões tendem a ser sábias apenas quando seus membros individuais agem com responsabilidade

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