Produção Textual Interdisciplinar

,SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 3

2. AS MEMÓRIAS DE SUA INFÂNCIA E DAS EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NA ESCOLA..................................................................................................... 4

3. AS EXPECTATIVAS QUANTO À PASSAGEM DO ENSINO MÉDIO PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR................................................................................. 6

4. AS IDÉIAS QUE VOCÊ POSSUI SOBRE O QUE É EDUCAÇÃO E SOBRE O QUE É PEDAGOGIA........................................................................................ 7

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................ 10

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................... 11

1. INTRODUÇÃO

O presente memorial de formação é parte integrante da disciplina de Atividades Interdisciplinares do Curso de Pedagogia, tem como função descrever sobre a minha vida escolar e profissional durante minha trajetória como estudante. Mostrará alguns dos meus passos e dificuldades até chegar ao Curso Superior. Neste memorial de formação, além de descrever sobre minha trajetória escolar, descreverei sobre as expectativas quanto à passagem do nível médio para o ensino superior e finalmente explicarei sobre a visão que tenho sobre o que é educação e Pedagogia. Pretendo com esse trabalho mostrar os caminhos que trilhei e as dificuldades que encontrei até chegar ao Curso Superior, desta forma proporcionar uma melhor compreensão sobre o que me motivou a escolher a área de Educação.

2. AS MEMÓRIAS DE SUA INFÂNCIA E DAS EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NA ESCOLA.

A minha trajetória escolar teve início no ano de 1989 aos 6 anos de idade, no Projeto Nova Vida, hoje chamado Cemei Nova Vida, escola de Educação Infantil de responsabilidade do Município de Montes Claros em Minas Gerais. Naquela época, a Educação Infantil resumia-se ao pré-escolar (prezinho), onde o aluno ingressava aos 6 anos de idade, em seguida já cursava o ensino fundamental. Atualmente a criança já pode começar na Educação Infantil aos 2 anos de idade no Maternal I, em seguida Maternal II, I Período e II Período.

Voltando ao ano de 1989, quando comecei a frequentar o pré-escolar, me recordo da minha professora Luzia, dos meus colegas de classe, do entusiasmo em ir para a escola, em fazer o dever escolar.

A estrutura física da escola é a mesma do tempo em que estudei lá, isso mostra como a educação é deixada de lado, faltam recursos para investir em melhorias na educação. A escola de porte pequeno, com 4 salas de aula funcionando no matutino e vespertino, 1 cantina pequena, 1 sala de supervisão/direção, 2 banheiros e uma grande área na frente da escola, onde se encontra o parquinho, com brinquedos de metal enferrujado.

Ao recordar do meu início escolar, logo me vem à mente as minhas primeiras amizades, as estórias contadas pela professora, os fantoches, as massinhas de modelar, os lápis de cor, as músicas típicas daquela idade, a folha de atividades com cheirinho de estêncil, a sala de aula decorada com letras do alfabeto.

Aquela escola me encantava, tenho certeza que a afetividade demonstrada pelos professores e aquele ambiente acolhedor foram de fundamental importância para que eu me identificasse com a novidade de ingressar em um ambiente escolar. Na visão de Wallon (apud Galvão, 2000), a afetividade contém uma função essencial no processo de desenvolvimento da personalidade, e este, por sua vez, constitui-se sob a alternância dos comandos funcionais, o surgimento do afeto precede o surgimento da inteligência.

No ano seguinte comecei a cursar a 1ª série do ensino fundamental na Escola Estadual Belvinda Ribeiro, onde permaneci até a 8ª série. Lembro-me que as atividades realizadas nessa escola eram bem diferentes das que fazia no pré, os momentos de diversão e lazer resumiam-se ao horário do recreio, a professora impunha respeito e colocava ordem na turma, sempre com um tom de voz sério. Comecei minha alfabetização com a famosa cartilha, me recordo de sempre estar folheando e vendo as gravuras e letras, tinha sede em aprender.

As séries inicias do meu ensino fundamental foram de grande importância para minha formação, tive professores que exigiam constantemente da turma, aprendi a ter disciplina e ordem, sempre me esforça nas aulas, realizava todas as atividades, trabalhos e tarefas. As dificuldades também fizeram parte desse período, mas no decorrer de cada série eu conseguia assimilar as coisas com mais facilidade.

As séries finais do ensino Fundamental eu cursei na mesma escola, nesse período tive professores que utilizavam diferentes métodos de ensino, mas a grande maioria levava o aluno a decorar o conteúdo, sinto falta de professores que me levassem a pensar e questionar. O professor de História sempre dava 20 questões sobre o conteúdo e cobrava 6 questões na prova, vejo que esse método não foi eficaz para que eu aprendesse.

O Ensino Médio cursei na Escola Estadual Professor Hamilton Lopes, esse período foi de grande importância para mim, aprendi o prazer por disciplinas como Português e História, o método trabalhado pelos professores era diferente do que estava acostumada, eles nos levava a pensar criticamente sobre os conteúdos, sempre com temas atuais.

Agora já cursando a Educação Superior, percebo que toda a disciplina e ordem imposta pelos professores, a importância da cópia e da memorização foi na verdade um bloqueio que me fez apenas receber conteúdos em troca de notas, me prendeu em uma formação primária passiva, que me incapacitava de refletir sobre os fatos que me cercavam. Cabe à escola formar cidadãos críticos e reflexivos, capazes de compreender a realidade em que vivem.

É necessário fazer o aluno pensar, refletir, analisar, criticar, mas para isto é preciso que os professores trabalhem com metodologias participativas, desafiadoras, problematizando os conteúdos e estimulando o aluno a pensar, a formular hipóteses,