Psicologia Social E Serviço Social
Dissertações: Psicologia Social E Serviço Social. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: oliverrr • 17/8/2014 • 2.402 Palavras (10 Páginas) • 1.883 Visualizações
PSICOLOGIA SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL: UMA RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR
RESUMO
A atuação do psicólogo junto a Assistência Social pode ser considerada recente, apesar de relevante e de se constituir como algo necessário no campo profissional. O objetivo deste trabalho é conceituar a Psicologia estabelecendo seus compromissos com a sociedade, contextualizar os estágios do desenvolvimento da criança teorizados por Jean Piaget, estabelecer a importância da Psicologia para a práxis do Serviço Social. Para um envolvimento mais direto com as questões sociais, essa realidade ainda impõe inúmeros desafios e problemas aos profissionais, em um cenário de profundas desigualdades sociais que se revelam de modo direto no cotidiano do sistema público. O trabalho dos psicólogos, apesar dos esforços, confirma o quanto a psicologia, como ciência e profissão, manteve um distanciamento histórico das questões sociais, sendo que hoje em dia os estudos relacionados à psicologia estão cada vez mais fazendo parte dos recursos sociais, o saber como lidar com essa profissão de como dar assistência a quem depende do profissional são aspectos importantíssimos, saber que o indivíduo não necessita só de uma atenção social que estuda seus sentimentos e sua mente. Nesse enredo entendemos que a pesquisa bibliográfica será o melhor caminho para desenvolvermos nosso trabalho, finalizando demonstraremos como necessário e fundamental é a relação interdisciplinar entre os profissionais do Serviço Social e Psicologia Social.
Palavras-chave: Envolvimento. Desigualdades. Relação Interdisciplinar.
1 INTRODUÇÃO
A psicologia estuda a determinação mútua entre o indivíduo e o seu meio social, apresenta carência de publicações de referências específicas, ainda que pese a existência de muitos trabalhos já desenvolvidos na ciência psicológica social, particularmente a de orientação comunitária. Enfim, estuda o comportamento social do ser e se preocupa com a convivência em grupo e entre si própria.
Jean Piaget fala sobre os desenvolvimentos do ser de como ele se relaciona e quais são suas facilidades de pensar e agir, vendo basicamente as noções que adquiri ao longo do tempo.
No contexto das relações sociais é fundamental o desenvolvimento da psicologia junto ao trabalho social, é preciso dar significado as ações conjuntas de ambas as profissões para o reconhecimento e ampliação do atendimento as necessidades dos indivíduos que compõe a sociedade.
A relação interdisciplinar dos profissionais contribuirá com elementos que possibilitará a condução das ações diárias de forma integrada vislumbrando o desenvolvimento de um trabalho social que atenda as necessidades reais do indivíduo, desta forma teremos a potencialização de um trabalho mais bem sucedido, contribuindo para a formação e a experiência dos profissionais envolvidos.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 A PSICOLOGIA SOCIAL E SEUS COMPROMISSOS COM A SOCIEDADE
A psicologia social começou a desenvolver-se no início do século XX nos Estados Unidos da América. Trata-se de um ramo da psicologia que parte do princípio de que existem processos psicológicos que determinam a forma como funciona a sociedade e a forma mediante a qual tem lugar na interação social. Estes processos sociais são os que determinam as características da psicologia humana.
A psicologia social estuda a determinação mútua entre o indivíduo e o seu meio social, ou seja, esta ciência analisa os aspectos sociais do comportamento e do funcionamento mental.
Todos os comportamentos que manifestamos em nosso encontro são chamados, na Psicologia Social, de papel desempenhado. Tais comportamentos, por sua vez, podem ou não estar de acordo com prescrição social, isto é, as normas prescritas socialmente para o desempenho de determinado papel. (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008, p. 178).
O que a Psicologia Social faz é revelar os graus de conexão existentes entre o ser e a sociedade à qual ele pertence, desconstruindo a imagem de um indivíduo oposto ao grupo social. Um postulado básico dessa disciplina é que as pessoas, por mais diversificadas que sejam, apresentam socialmente um comportamento distinto do que expressariam se estivessem isoladas, pois imersas na massa elas se encontram imbuídas de uma mente coletiva. É esta instância que as leva a agir de uma forma diferente da que assumiriam individualmente.
Os grupos sociais são conjuntos de indivíduos que, com objetivos comuns, desenvolvem ações na direção desses objetivos. Para garantir essa organização, possuem normas; formas de pressionar seus integrantes para que se conformem às normas; um funcionamento determinado, com tarefas e funções distribuídas entre seus membros; formas de cooperação e de competição; apresentam aspectos que atraem os indivíduos, impedindo que abandonem o grupo. (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2008, p. 182).
Partimos então do preceito de que toda a psicologia é social a partir do momento que percebe o ser humano como um todo, sem reduzi-lo as suas patologias, seu desenvolvimento, suas especificidades. Com isso não se busca negar que a psicologia social, tem suas especificidades, ela continua preocupada com as interações e relações sociais e grupais, mas ela percebe que o ser humano é ser reflexivo na história, pois ao mesmo tempo em que é modificado por ela, também a modifica.
Finalmente, é preciso pensar uma Psicologia Social mais comprometida com a realidade social e com as condições de vida das pessoas no contexto em que elas estejam inseridas, e, para tanto, deve-se acabar com a ideia de que o mundo psicológico está oposto ao social.
2.2 OS ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA TEORIZADOS POR JEAN PIAGET
Jean Piaget nasceu em 1896, em Neuchâtel na Suíça, e faleceu em 1980 em Genebra. Piaget foi uma criança precoce, tendo publicado seu primeiro artigo aos 11 anos de idade, tornou-se Doutor em ciências naturais no início de sua carreira acadêmica, em 1915 formou-se em biologia e em 1918 defendeu a tese de Doutorado, começou a estudar psicologia, e um ano após iniciar seus estudos trabalhou com testes de inteligência infantil, ficando intrigado com as respostas erradas das crianças da mesma faixa etária. Esses dados permitiram o lançamento da hipótese de que o pensamento infantil é diferente
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