Qual a importância do manifesto de 1932 e 1959 para o cenário atual?

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Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de São Paulo

Campus Sertãozinho

Caroline Nunes da Silva

João Vítor Correia

Otávio Braga Farinelli

Pedro Henrique da Silva

Qual a importância do manifesto de 1932 e 1959 para o cenário atual?

Profa. Dra. Michele Cristine da Cruz Costa

Sertãozinho – SP

2018

        O manifesto de 1932 e 1959, marcou um período de ruptura entre os escola novistas (esquerda e liberais) e os conservadores que defendiam o ensino religioso.

        Tinha como objetivo ser criado um plano modelo de educação para todas as escolas do país, onde cada um dos especialistas tinham a função de criar um manifesto para ser analisado pelo atual ministro da educação na época Gustavo Capanema.

        Mas após de terem finalizado o manifesto, Capanema decidiu arquivar o plano construído pelos liberais e a esquerda da época, usando o argumento que se tratava de um manifesto político.

        Após um período de regime ditatorial, onde a educação passou por drásticas reformas, que inclusive eram voltadas para o tecnicismo e formas de submissão ao governo. Iniciou-se o regime democrático de Eurico Gaspar Dutra, que defendia uma educação liberal e democrática.

        Florestan Fernandes juntamente com Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira e Lourenço Filho, criaram o Movimento em defesa da Escola Pública, que visava discutir questões sociais da educação e defender o ensino público.

        Mas como se tratava de um governo de âmbito democrático e liberal, foram criados dois modelos de Escola: Pública e Privada, a Escola Pública sendo modulada pelos escola novistas e como os conservadores combatiam duramente o modelo escola novista, partiram para as escolas privadas.

        Para entendermos a importância do manifesto de 32 e 59 para nossa educação atual, foi necessário ter citado um pouco da história e analisarmos o que foi mantido.

        O Manifesto de 1959 impactou diretamente na LDB de 1996, que até hoje rege as escolas do nosso país, garantindo uma escola gratuita em todos os níveis e de caráter laico, sendo facultativo o ensino religioso, para as escolas que julgarem necessário.

        As escolas ligadas a igreja católica, que até hoje são atreladas ao ensino privado, que com o passar do tempo ainda vai se modernizando e se atualizando para garantir a continuidade do ensino religioso.

        O SENAI, importante escola técnica criada pela reforma CAPANEMA (1930 – 1945), que visa o aprimoramento da mão de obra através da tecnologia de ponta. E hoje é acompanhado por mais órgãos como: SEST/SENAT, SENAC e SESC, formando o “Sistema S”.

        Temos outras escolas de ensino técnico, Como os IF’s criados pelo Governo Federal em 2008, muitos deles se originaram de escolas agrícolas que foram criadas nas reformas anteriores, mas que hoje tem um objetivo diferente, de formar um cidadão com consciência social e técnica.

        Ainda continuam projetos de alfabetização, proposta criada pelo governo em 1959, aderindo o método Paulo Freire de alfabetização de adultos, onde visava maior aderência as eleições e assuntos políticos, que hoje visa otimizar os índices altos de analfabetismo.

        Não deixando de destacar, que em 1964 passamos por mais um regime militar, um dos campos afetados no regime foi a educação, passou por grandes desconstruções e criou programas para que novamente a população fosse voltada para a indústria.

        Após todo esse período de reformas e descontinuidades na educação Brasileira, o manifesto fez com que todos esses eventos a favor do desmonte e precarização do ensino fossem minimizados. Visando escolas laicas, com diversidade de alunos e conteúdo, amenizou grandes índices de repressão e analfabetismo, trazendo para a população de um modo geral uma educação igualitária.

        Não que seja totalmente igualitária, pois ainda somos afetados pela má gestão dos governantes, sofremos com frequentes trocas de Ministro da Educação. E infelizmente poucas vezes conseguimos dar continuidade aos grandes projetos que tiveram dificuldade de serem construídos.