RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS DA VILMA ALIMENTOS PARA OS ESTADOS UNIDOS

INTRODUÇÃO

O cenário internacional hoje reflete um mundo dinâmico, uma fluidez dos mercados. Neste processo, as organizações e empresas hoje passam por uma reforma conceitual e estrutural dada a necessidade de se adaptar à nova realidade de mercado, à sua forte concorrência e oportunidades descentralizadas.

Neste cenário, o comércio exterior, e mais significamente as exportações, assume um papel vital para a maioria dos países e constituem uma variável fundamental no sucesso dos esforços competitivos em âmbito mundial.

A estagiária Érika Danielle Gonçalves fará uma análise exploratória da experiência da Domingos Costa Indústria Alimentícia S/A – Vilma Alimentos - no mercado internacional, mais especificamente nos Estados Unidos.

O tema surgiu a partir das exportações realizadas da Vilma Alimentos para os Estados Unidos através da Parasol Importação e Exportação Ltda, e da grande aceitação, e procura dos clientes americanos, pelos produtos da Vilma Alimentos tanto da linha varejo (refrescos, misturas para bolo e pães de queijo, massas) como para a linha food service (pré misturas para variados tipos de pães). Com investigações preliminares, foi identificado um bom volume de vendas para o mercado americano e um crescimento constante nestes volumes.

Tais exportações renderam a Vilma Alimentos um faturamento anual em torno de US$ 350 mil por ano, alavancando os investimentos em equipamentos de maior tecnologia e investimentos voltados para o aprimoramento de embalagens e produtos para exportação.

O tema é abordado a partir de uma análise geral do processo de exportação de massas alimentícias e pré-misturas para o país citado acima, expondo questões culturais, econômicas, financeiras e aduaneiras que estão inerentes a este processo de exportação do país.

Uma vez exposto o pano de fundo ao qual foi referido acima, a estagiária pretende aprofundar os estudos em questões mais específicas do comércio exterior e variáveis desta atividade, como: o processo operacional de exportação, marketing mix, negociação internacional e as demais atividades desenvolvidas no estágio.

A internacionalização de uma empresa consiste em um processo contínuo e gradual de desenvolvimento de negócios internacionais, lidando com produtos específicos em mercados selecionados. Contudo, não é isenta de dificuldades, porque o mercado externo é formado por países com idiomas, hábitos, culturas e leis muito distintas. Essas dificuldades devem ser consideradas pelas empresas que se preparam para exportar e para aquelas que já exportam.

Em geral, o êxito e o bom desempenho na atividade exportadora são obtidos pelas empresas que se inseriram nessa atividade como resultado de um planejamento direcionado e integrado focado nos mercados externos.

A escolha do mercado deve estar embasada em um real diagnóstico a respeito do comportamento da tomada de decisão do consumidor, da segmentação e do comportamento competitivo do mercado externo em questão. Assim sendo, é preciso que as empresas tenham cautela na avaliação do seu mercado no momento que elaboram táticas de prospecção.

O relatório consiste na abordagem do processo de exportação dos produtos da Vilma Alimentos no mercado dos Estados Unidos, considerando as estratégias utilizadas no marketing internacional, na negociação internacional e o processo de exportação propriamente dito.

JUSTIFICATIVA

Atualmente, o comércio internacional é uma opção para pequenas, médias e grandes empresas, devido ao grande mercado a ser explorado e, principalmente, pelos inúmeros subsídios e facilidades oferecidos pelo governo. Neste sentido identificou-se uma oportunidade de negócio: exportação de produtos alimentícios, sendo massas, pré-misturas para bolos, pães de queijo e variados tipos de pães.

A importância deste relatório se dá principalmente devido ao crescente aumento de demanda de produtos alimentícios que facilitem a vida doméstica e industrial e também a crescente demanda por produtos brasileiros.

A Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (ABIMA) e a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX) assinaram em julho deste ano, o convênio para promover a exportação do macarrão brasileiro para diversos mercados-alvo como África, América Central, Mercosul e sul dos Estados Unidos. Com este projeto, mais de R$ 1,2 milhão será investido pela iniciativa privada e Governo Federal. A meta de exportação das empresas participantes é de US$ 5,7 milhões para os próximos 12 meses.

A importância das exportações decorre, sobre tudo, da globalização da economia mundial. Do ponto de vista do comércio internacional, políticas e regras destinadas aos produtos alimentícios criam a possibilidade de alterar as vantagens comparativas para as empresas tornando-as mais competitivas.

Com esta iniciativa de promover mais um produto alimentício brasileiro no exterior, espera-se também ampliar a cobertura de mercados internacionais, divulgar o macarrão brasileiro e os seus atributos, levar ao mercado internacional a modernidade e o alto nível tecnológico do parque industrial brasileiro, além de tornar conhecido mundialmente o padrão de qualidade existente no setor de massas alimentícias do Brasil. Os países-alvo são os Estados Unidos, Portugal, Angola, Moçambique, Panamá, República Dominicana, Venezuela, Uruguai e Paraguai. Internamente, planeja-se também assegurar os níveis de qualidade, preço, volume e entrega compatíveis com os principais produtores mundiais e incentivar a indústria ao desenvolvimento de novos produtos.

Como fruto de algumas ações mais consistentes por parte dos fabricantes brasileiros, em 2004 foi registrado um crescimento de 213% em relação a 2003. A participação mundial na produção de massas em 2004 foi:

• União Européia: 40%

• América do Sul e Central: 23%

• América do Norte: 13%

• Restante da Europa: 16%

• África: 5%

• Ásia: 2%

• Oceania: 1%

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de macarrão, com um volume anual de mais de 1 milhão de toneladas. Aliada à capacidade produtiva já instalada, as indústrias brasileiras contam com um dos parques fabris mais modernos do mundo e possuem um programa de auto-regulamentação