RESENHA DO FILME HISTÓRIAS CRUZADAS
Monografias: RESENHA DO FILME HISTÓRIAS CRUZADAS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: AAPINTO • 26/3/2015 • 672 Palavras (3 Páginas) • 10.511 Visualizações
- DIREITO DO TRABALHO I –
RESENHA E AVALIAÇÃO CRÍTICA DO FILME
“HISTÓRIAS CRUZADAS” -
Como em todas as histórias referente a negros, gays, judeus, índios, onde se retrata períodos de extremo preconceito, vê-se uma situação comum no cinema, tornando-se cada vez mais necessário quando pensamos que a atual sociedade está saturada com direitos humanos que ainda não foram colocados em prática ou não saíram totalmente do papel. A sociedade ainda é muito preconceituosa.
“Histórias Cruzadas" é um belo filme sobre o racismo, que mostra a visão das empregadas negras sobre os baixos salários, longas jornadas de trabalho e os maus-tratos que recebiam dos patrões. O roteiro é impecável, mas o destaque do filme vai para as atuações de Viola Davis, Octavia Spencer e Jessica Chastain. Emma Stone está ótima, mas é ofuscada pelo trio de atrizes anterior. Enquanto a personagem de Davis traz a veia dramática do filme, as personagens de Spencer e Chastain trazem a veia cômica.
Roteirizado e dirigido por Tate Taylor, Histórias Cruzadas adapta o livro A Resposta, de Kathryn Stockett. O foco principal de Stockett foi expor os absurdos aos quais os negros eram submetidos no estado do Mississipi, onde a própria legislação estipulava a segregação racial, com banheiros separados, a não obrigação de se prestar socorro a um negro ferido, e as árduas jornadas de trabalho. Estes eram alguns dos absurdos que moldavam o caráter dos "sábios" homens brancos da década de 60, absurdos que consequentemente eram herdados por suas famílias.
Tendo como personagens principais as empregadas (que na época eram chamadas de help), o filme aborda o elo entre as crianças brancas, praticamente abandonadas por seus pais biológicos, e estas mulheres que, por anos ofereciam carinho e atenção para os pequenos, mas nunca recebiam a devida consideração dos patrões, sofrendo ainda o risco de serem descartadas do dia para noite.
Ao explorar esta hipocrisia velada, percebemos a falta de humanidade da classe média alta da época, sendo que as representantes máximas desse comportamento eram as donas de casa. Alienadas e desocupadas, sua intolerância e ódio racial são apresentados de forma assustadora. É sabido que esta fase American Dream dos anos 60 gerou apenas depressão e tendências suicidas, tudo devido ao eterno jogo de aparência sulista, a fé exacerbada e a política de extrema direita.
É então que surge Skeeter (Emma Stone), uma jovem repórter que busca realizar algo importante em sua vida. Também criada por uma mulher negra, a jovem é livre dos preconceitos que acompanham suas amigas de infância, e percebendo a falta de sentido neste racismo corrosivo, decide escrever um livro que explora a realidade e o cotidiano das empregadas domésticas. Mas para ser publicada ela precisaria de diversos testemunhos, e isso não seria fácil.
Tecnicamente, a direção de Tate Taylor é muito eficiente. Ele passeia pelo humor e drama com naturalidade, e mas importante, consegue tirar de seus atores interpretações fantásticas, tudo isso apoiado por um excelente roteiro, uma produção planejada nos mínimos detalhes e figurinos impecáveis.
O grande destaque do elenco é Viola Davis com sua Aibllen
...