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RESENHA DO FILME: SHIRLEY VALENTINE

Por:   •  19/8/2018  •  Resenha  •  658 Palavras (3 Páginas)  •  895 Visualizações

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FILME: SHIRLEY VALENTINE

A personagem Shirley Valentine apresenta as características típicas da crise de meia-idade com seus conflitos, conforme o texto “meia-idade: suas características e conflitos”; ela é uma dona de casa de 42 anos que passa a questionar sua vida e seus sonhos de juventude, a família, os filhos, o marido, as relações sociais.

Conforme o texto, a personagem está vivendo questões típicas de crises de desenvolvimento, neste caso, de meia-idade, em que a pessoa passa por momentos de auto avaliação, reflexões acerca de si mesma e sua vida e possíveis mudanças de vida, como revisão de sonhos, valores e projetos. São as características psicológicas da meia idade: situações de crise, de ansiedade existencial, o que sugere um duro enfrentamento do indivíduo com ele mesmo, com sua família, seu trabalho e a sociedade onde vive:

Shirley prepara o lanche para ela e o marido e faz suas reflexões sobre a vida, conversando com a parede da cozinha, lembra da sua juventude e seus sonhos, as crianças que já saíram de casa, seu marido quando jovem e como está a vida deles hoje, como era sua vida sexual em comparação com a vida sexual da filha, como as coisas mudaram; lamenta que não vê mais as amigas da juventude, ela questiona a rotina que virou sua vida com o marido.

- Shirley encontra uma amiga da juventude e conversam; depois ela se pergunta o que aconteceu a Shirley Valentine, ela casou-se e mudou o nome, ela era a Shirley Valentine tornou-se isso que é hoje... ela se pergunta quando deixou de ser bom e quando ela desapareceu? (Crise de identidade).

O texto coloca que surge a ansiedade causada pela constatação mais precisa dos limites da amplitude da vida, confrontada com a realização ou não dos sonhos da juventude. Então pessoa faz uma projeção da vida a partir do tempo que lhe resta, um insight de como a vida vai acabar – com a vantagem de ainda haver tempo de revisar, recomeçar, estabelecer metas e ré enquadrar relacionamentos. Há uma urgência em salvar os anos que restam:

Shirley é convidada por uma amiga para passar duas semanas na Grécia, ela fica feliz em viajar, sempre teve o sonho de viajar, porém faz questionamentos sobre porque quer ir para a Grécia, pois já tem 42 anos de idade e não é jovem mais, fala pra si mesma que é mais uma mulher em busca de aventura e o tempo de aventura já passou... mas acaba indo para a Grécia e diz para si mesma “só tenho 42 anos”, e na Grécia vai viver nova experiências e mudar sua vida.

Na fase da meia-idade, os filhos já saíram de casa, então há maior tempo de convivência a sós para o casal de meia-idade, e surgem algumas tensões no casamento, latentes até o momento. Começam as revisões do casal, a reconsideração explícita, ou não, dos vínculos patrimoniais; as dificuldades no relacionamento do casal poderão ocorrer e serem superadas ou levar às separações:

Shirley parte para a Grécia deixando sem avisar o marido, deixa apenas um bilhete na porta do armário da cozinha; ela ao conversar com a parede da cozinha fala sobre seu casamento, diz que o marido diz que a ama mas não sente amor, e que ela só não vai embora porque não tem lugar para ela na vida, sua vida conjugal é uma rotina.

A crise de meia-idade implica em uma revisão profunda de valores pessoais e sociais, bem como dos papéis

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