RESENHA: Livro: "A Sociedade Em Rede".
Artigo: RESENHA: Livro: "A Sociedade Em Rede".. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: KzinhaII • 27/3/2015 • 932 Palavras (4 Páginas) • 3.032 Visualizações
RESENHA: Livro: “A Sociedade em Rede”.
- CASTELLS Manuel. A Sociedade em Rede, São Paulo: Paz e Terra, 1999, páginas 173 a 187.
O autor e sociólogo espanhol Manuel Castells nasceu em Hellín em 1942 e começou sua carreira em 1967 na Universidade de Paris; foi considerado um dos fundadores da chamada Nova Sociologia Urbana. No livro "A Sociedade em Rede", ele defende o conceito de "capitalismo informacional" e constrói seu raciocínio partindo da história do forte desenvolvimento das tecnologias a partir da década de 1970 e seus impactos nos diversos campos das relações humanas.
No capítulo analisado Castells escolheu as empresas do Leste Asiático como estudo pela interação com a cultura, história e instituições que formaram sua organização empresarial e também por basearem-se em redes, mesmo que de diferentes formas de rede, como no Japão, China e Coréia. Ele apresenta uma nova economia, informacional e global, que surgiu nas duas últimas décadas caracterizando-se pelo desenvolvimento de uma lógica organizacional a qual se relaciona com o processo de transformação tecnológica. É informacional, por um lado, porque a produtividade e a competitividade dependem da capacidade de gerar, processar e aplicar a informação baseada em conhecimentos. É global, por outro lado, porque as principais atividades produtivas estão organizadas em escala global, diretamente ou mediante uma rede de conexões entre agentes econômicos. É informacional e global ao mesmo tempo porque a produtividade é gerada e a concorrência é feita segundo uma rede de interação global. A economia em rede que passa a existir é profundamente interdependente e deve conduzir à maior produtividade e eficiência.
A lógica organizacional manifesta-se em vários contextos culturais e institucionais e de diferentes formas. A tendência de evolução organizacional identificada é a transição da produção em massa para a produção flexível. A produção em massa é caracterizada pelo processo mecanizado de produção padronizada, baseando-se em linhas de montagem, garantindo ganhos de produtividade. A grande empresa está estruturada respeitando a integração vertical e divisão do trabalho. Mas esse processo ficou muito rígido e dispendioso, devido ao ritmo da transformação tecnológica ter deixado os equipamentos de produção ultrapassados. Então, surgiu o sistema produtivo flexível, no qual a produção adapta-se à transformação contínua sem pretender controlá-la. As novas tecnologias permitem a transformação das linhas de montagem típicas da grande empresa em unidades de produção fácil programação que podem atender às variações do mercado (flexibilidade do produto) e das transformações tecnológicas (flexibilidade de processo).
A crise da empresa de grande porte é consequência da crise de produção em massa e as empresas pequenas buscam a produção personalizada e a especialização flexível. As empresas de grande porte concentram proporções crescentes de capital e mercado nas principais economias, enquanto as empresas de pequeno e médio porte continuam sob controle financeiro, comercial e tecnológico das grandes. As empresas pequenas não são tão avançadas tecnologicamente e introduzem poucas inovações de produto e processo. Por outro lado, as pequenas empresas podem superar as grandes em criação de novos empregos, margem de lucro, transformação tecnológica, produtividade e valor agregado.
As redes internacionais são centradas em uma grande empresa multinacional ou formadas por alianças e cooperação entre elas, pois requer elevados recursos financeiros, tecnológicos e grande participação de mercado. Com a globalização de mercados e a transformação tecnológica constante, os equipamentos ficam obsoletos
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