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Recreação

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Por:   •  8/4/2014  •  Seminário  •  733 Palavras (3 Páginas)  •  171 Visualizações

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Por trabalho pedagógico entende-se todo o trabalho cujas bases estejam, de alguma forma, relacionadas à Pedagogia, evidenciando, portanto, métodos, técnicas, avaliação intencionalmente planejadas e tendo em vista o alcance de objetivos relativos à produção de conhecimentos. Normalmente atribuído aos professores, o trabalho pedagógico pode ser realizado também por sujeitos que não são licenciados ou não estão na condição de professores. Quando o trabalho acontece em uma instituição educacional, faz-se necessário, de algum modo, ser representativo do projeto pedagógico institucional. Por esses motivos, não é um trabalho simples, pois, mais do que saberes, exige interação com outros sujeitos, possibilidade de linguagens em interlocução e conciliação entre a proposta e um referencial teórico-metodológico. E esta tem sido a grande questão quando se aborda o tema.

Desde Comenius, no século XVII, há a tentativa de elaborar uma prescrição de um trabalho pedagógico universal. Comenius (1592-1670), em sua Didática Magna, inaugura uma série de descrições de uma metodologia que possibilitaria ensinar tudo a todos. Quase dois séculos depois, Rousseau (1712-1778) contrapôs-se a tal perspectiva, suprimindo as escolas, mas mantendo uma concepção de trabalho pedagógico com vistas à produção natural do conhecimento e relacionando educação e natureza, em uma época, a iluminista, na qual o Estado passa a ser, paulatinamente, responsabilizado pela educação pública. Outros autores dedicaram-se a esse objetivo: Kant (1724-1804), em A Pedagogia (2002), atribuindo ao trabalho pedagógico também uma função moralizante; mais tarde, em uma perspectiva pragmática, John Dewey (1859-1952) reafirmou a função social da escola, propondo que o trabalho pedagógico dos professores era um modo de propiciar uma vivência democrática para os estudantes; e assim, sucessivamente, a intenção dos autores tem sido encontrar um modo de caracterizar o trabalho pedagógico com base em uma perspectiva teórica explicitada.

Na contemporaneidade, há autores que abordam temas relativos ao trabalho pedagógico em relação a um contexto social marcado pelas características atuais da sociedade capitalista, considerando-o como trabalho dos professores, portanto, afetado por diversos processos, tais como: precarização, fragmentação, intensificação e performatividade. Argumentações sobre esses processos, no Brasil, são encontradas em obras de Oliveira (2003), Hypólito (1997, 1999), Shiroma e Evangelista (2004), além de muitos outros autores. Entretanto, salienta-se que trabalho docente, trabalho dos professores e trabalho pedagógico mantêm diferenciações quanto aos sentidos, correspondendo, respectivamente, as duas primeiras expressões ao trabalho realizado pelos profissionais da educação e a última ao trabalho realizado por sujeitos que pretendem produzir conhecimentos. Do mesmo modo, há autores como Apple (1982, 1995), McLaren (1991) e, antes deles, Althusser (1985) e Bourdieu (1989) que denunciaram o fato de o trabalho pedagógico, inserido na sociedade capitalista, ser utilizado para inculcar valores e crenças próprios dessa formação social, contribuindo, de alguma maneira, para reproduzir e manter a diferença entre os grupos sociais. Desvelar esse caráter ideológico tem sido a luta dos professores que se apresentam como críticos. Assim, quando se analisa o

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