Redes Convergentes
Artigos Científicos: Redes Convergentes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: xucrutz • 23/10/2013 • 5.890 Palavras (24 Páginas) • 1.496 Visualizações
1 - INTRODUÇÃO
Em um mundo globalizado onde a busca pela centralização de serviços aos poucos dominam o mercado, empresas que não têm em mente projetos de excelência se tratando de convergência conseqüentemente estão fora das concorrências. Nos finais dos anos 90 onde o domínio das telecomunicações passou do publico para o privado, empresas do setor foram obrigadas a revolucionar seus conceitos de mercado. Isso implicou em novos produtos diferenciados e inovadores a fim de manter seus clientes e preservar suas receitas anuais. Nesse contexto começamos a caminhar para o mundo dinâmico, onde ao mesmo tempo em que estamos fora de casa podemos atender ao telefone residencial ou até mesmo o interfone, o conceito Redes convergentes está muito associado inclusive a conceitos de novas tecnologias. A tendência então passa a ser a convergência das redes tradicionais de telefonia, transmissão de imagens, áudio e dados e internet para uma única plataforma. A proposta de migração possui como premissas a transparência de serviços e interfaces para os usuários, e a preservação, das interconexões entre os elementos de rede (centrais telefônicas).
“Convergência em Telecomunicações significa o agrupar o uso de tecnologias para unificar redes de voz e dados. As operadoras tradicionais de telefonia, prevendo as mudanças trazidas à vida cotidiana e profissional pelos recursos de unificação de voz e dados, encontram-se hoje em processo de migração para oferecer redes multimídia baseadas na convergência.”
2 - OBJETIVOS DO TRABALHO
Este trabalho tem como objetivo descrever como a Indústria de Telecomunicações está se adequando às necessidades de se manter competitiva no mercado através da convergência da telefonia tradicional para uma rede de nova geração. Baseando-se nesse novo contexto de mercado, o presente trabalho demonstra a necessidade da migração dos serviços de telefonia convencionais para um sistema que integre a comunicação de voz, dados, imagens, áudio e vídeo em um único bloco. Este trabalho mostra os desafios a serem alcançados pelas operadoras e as dificuldades que podem prejudicar o processo de migração, assim como as características dessas novas redes e quais suas vantagens sobre a rede de telefonia tradicional, como, por exemplo, a redução nos custos de operação e o aumento da receita.
3 – REDES CONVERGENTES
A indústria de telecomunicações procura, há alguns anos, orientar sua tecnologia de maneira a tornar os operadores competitivos em um ambiente caracterizado pela concorrência e aumento da desregulamentação. As redes de comunicação convergentes, com interfaces abertas e capacidade para transmitir voz, dados, imagens, som e vídeo, exploram plenamente as tecnologias de ponta para oferecer serviços sofisticados e aumentar as receitas dos operadores, reduzindo despesas de investimentos e custos de operação. A principal diferença entre as redes convergentes e as redes tradicionais de comutação por circuitos está na estrutura de transmissão por pacotes utilizada no protocolo Internet (IP) e adotada nessas novas redes. Os terminais encaminham pacotes de dados, em formato IP, para um ponto concentrador, de onde passam a circular pela rede até encontrar o endereço IP de destino. Basicamente, é o mesmo procedimento hoje em uso na Internet. A principal mudança a ser feita na estrutura das operadoras para oferecer serviços convergentes, refere-se à transmissão de voz. Para que possam trafegar nas novas redes, os sinais de voz precisam ser transformados em pacotes, que se misturam aos pacotes de dados e imagens durante o transporte. Essa função é realizada por gateways de voz, que são instalados na camada de transporte da rede, onde também estão os roteadores e toda a infra-estrutura física da operadora. O uso de interfaces e protocolos abertos e padronizados é uma das grandes vantagens das redes convergentes. Além disso, a sua arquitetura dispensa algumas estruturas convencionais, como as centrais de trânsito. De modo geral, os provedores dividem a arquitetura das redes convergentes em pelo menos três camadas básicas: infra-estrutura de transporte e acesso, controle de chamadas e serviços. Na primeira, estão as unidades de acesso de assinantes, como telefones IP e access gateways (uma espécie de armário multiprotocolo que faz a interface entre a rede IP e os diferentes tipos de conexão do usuário, como circuito de voz, linha ADSL etc.), além de comutadores, roteadores e media gateways, que transformam sinais de voz da rede convencional em pacotes. A camada de controle de chamadas é a responsável pelo encaminhamento, supervisão e liberação das ligações que trafegam pela rede IP (ou ATM). É uma parte estratégica, onde fica o elemento responsável pela inteligência das redes: o softswitch, ou media gateway controller. Considerada o grande diferencial e o atrativo das redes convergentes, a camada de serviços é formada pelos softwares que vão permitir às operadoras oferecer novos e múltiplos serviços aos usuários. As redes convergentes têm introduzido uma nova organização no tocante, principalmente, aos planos de transporte e de controle. Para explorar esse conceito, é preciso desenvolver diferentes aplicações ou enriquecer as existentes. Elas vão trazer a coerência necessária entre as aplicações tradicionais, do mundo da telefonia, e as do mundo de dados, graças à utilização de um plano de transporte fundamentado sobre o IP e à separação das camadas de transporte, controle e aplicação. De outra forma, a cooperação entre estes dois mundos vai sem dúvida harmonizar as funcionalidades de ligação de um ao outro mundo, como as mensagens textuais, as mensagens vocais, a localização geográfica ou a presença. Enfim, essa harmonização permite às aplicações existentes ou às novas aplicações tirar partido das funcionalidades desses dois mundos. A evolução de uma rede existente em direção a essa nova estrutura necessitará de uma estratégia de migração progressiva, visando uma redução ao mínimo das despesas de investimentos durante a fase de transição e se beneficiando das vantagens que ela apresenta. Toda iniciativa empreendida, quando dessa etapa de transição, deverá simplificar a evolução da rede em direção à arquitetura convergente e à comutação de pacotes. Durante vários anos ainda, os serviços de comutação tradicional vão coexistir com os elementos de rede da nova tecnologia.
Figura 1 – Visão geral de uma rede de nova geração
Uma rede de dados convergente, onde as operadoras utilizam sua rede para não somente prover
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