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Relatorio De Um Filme De Concorrencia

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Por:   •  7/4/2014  •  2.220 Palavras (9 Páginas)  •  347 Visualizações

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WALL STREET E SEU AMBIENTE DE COMPETIÇÃO:

A trama mostra claramente como os decisores influenciam diretamente nas organizações e na sociedade. Demonstra como um meio pode coagir uma pessoa a mudar de atitude e até valores na corida pelo poder e pelo dinheiro.

O indivíduo foi inserido num contexto onde se sente obrigado a viver de status e até sacrificar outras necessidades básicas para poder igualar-se aos que são considerados pertencentes a alta sociedade. O que se observa notavelmente, são homens e mulheres lidando com seus interesses na busca do poder e ascensão, seja ela profissional ou pessoal, mas não há uma regra clara sobre limites no uso da autoridade e da moral. Há os estereótipos a serem admirados mas não um preço mínimo a se pagar para se tornarem idênticos.

"Não se pode chamar de valor assassinar seus cidadãos, trair seus amigos, faltar com a palavra dada, ser desapiedado, não ter religião. Essas atitudes podem levar à conquista de um império, mas não à glória." (Maquiavel)

Os filmes em questão, de Oliver Stone são ótimos objetos para esta discussão visto que temas como dinheiro, poder, cobiça, alienação são expostos claramente e vividos dentro de um meio organizacional: o mercado de ações, e assim pode nos apresentar diversos perfis diferentes.

No cenário onde fica claro que “É o poder pelo próprio prazer do jogo”, as relações pessoais e de confiança são colocadas num segundo plano e o que conta é a corrida pelo melhor posto. O dinheiro e o poder são objetivos principais e de grande importância. Esse movimento vem recheado de profissionais com perfis explicados dentro do maquiavelismo onde “os fins justificam os meios”, famosa frase que na verdade nunca foi escrita por Nicolau Maquiavel mas que descreve perfeitamente o perfil de pessoas que ignoram valores, metodologias, pessoas e tudo que se colocar como obstáculo na busca do seu ideal. Aquele que aspira este ideal, não deve medir esforços nem hesitar, mesmo que diante da crueldade ou da trapaça, se o que estiver em jogo for o atingimento deste ideial. (...) “ sou de parecer de que é melhor ser ousado do que prudente, pois a fortuna ( oportunidade) é mulher e, para conservá-la submissa, é necessário (...) contrariá-la.” (Maquiavel, O Príncipe ,1513 )

Não se pode ignorar alguns fatores para tantas mudanças nos valores pessoais como a explosão de tecnologia, que tornou acessível a tempo real uma imensidade de informações a um clique de distância, e a modernidade, com seus “imputts” de mudanças e novidades. Em meados dos anos oitenta, foi momento crucial da cultura norte-americana. Foram dados os primeiros passos na formação de uma consciência que perdura ainda hoje, onde a busca pelos “objetivos materiais” é o motor da vida. Não é possível alcançar o bastante, porque nunca é o bastante.

No filme de Stone, esta questão é claramente exposta quando Bud Fox confronta Gordon Gekko e pergunta diretamente: ‘Quanto dinheiro é suficiente?’ (PILAU, 2010). E não temos a resposta dentro desse cenário.

É possível ainda voltar na história e relembrar os inúmeros fatos que contribuíram para a alteração na construção de perfis profissionais: “Cenário de crises intensas vividas ao longo da historia, em especial do famoso “crack” da bolsa em 1929 e também de inúmeras histórias de sucesso e gigantescos lucros, [...] com a valorização fabulosa dos papéis das empresas do segmento de tecnologia de ponta, como a Microsoft ou, ainda mais presentemente, do Google.” (MACHADO).

A crise de 1929 conhecida como o período de Grande Depressão gerou diversos efeitos na sociedade, como: desemprego, o famoso “crash na bolsa de Nova York”. CRISE DE 2008/2009.Momentos como estes, marcam a história econômica e todos os indivíduos participantes.

"Não se pode chamar de valor assassinar seus cidadãos, trair seus amigos, faltar com a palavra dada, ser desapiedado, não ter religião. Essas atitudes podem levar à conquista de um império, mas não à glória."

WALL STREET E A CONSTUÇÃO DE PERSONALIDADE

Em um ambiente onde não ter inúmeros carros e uma conta bancária vultosa é sinal de fracasso, os mais fortes sempre se manterão imponentes pois não medem os esforços para estarem no topo.

Nos filmes Wall Street: Poder e Cobiça, e Wall Street: O dinheiro nunca dorme, é possível observar como o dinheiro é influente na vida de uma pessoa e quanto influencia em suas decisões e atitudes. Diversos aspectos são analisados na grande metrópole de Nova Iorque, como seus metrôs, a Rua Wall Street e principalmente sua Bolsa de valores, cenário de grandes crises ao longo da história.

O principal fator que mobiliza e direciona todos os personagens do filme como pode ser observado nitidamente são o dinheiro e o prazer de entrar no “jogo” das grandes e bem sucedidas negociações, podendo assim proporcionar um maior leque de oportunidades para atingir seus objetivos na vida.

Buddy Fox (interpretado por Charlie Sheen) é um jovem e ambicioso corretor que atua em uma empresa de médio porte na Wall Street. Mas Buddy não se contenta em ser um corretor e também sabe que a empresa em que trabalha não poderá lhe oferecer melhores oportunidades de crescer no âmbito profissional. Buddy como jovem ambicioso e convicto em suas chances de crescimento encontra-se com o megainvestidor Gordon Gekko (interpretado por Michael Douglas).

Fox tem em mente a imagem de Gekko como um messias que ensinará a ele todos os caminhos para alcançar os melhores negócios nos mercados de ações, mas na verdade Gekko é quem quer se aproveitar vendo que Fox possui uma ambição desenfreada para aumentar cada vez mais sua fortuna sem se importar com qual seja o caminho para isso. Para atingir seus objetivos Gekko ensina ao novato corretor que nesse ramo de atuação o mais importante são as informações de primeira mão, prontas para tomar caminhos que talvez ninguém tenha tomado, fazer grandes fortunas da noite pro dia usando informações secretas de onde Buddy trabalha.

Gekko usa de vários fatores para atingir sua meta, que é conquistar bons negócios, mas para isso ele passa por cima de muitas pessoas e acaba influenciando Buddy a se tornar uma pessoa semelhante.

Já no segundo filme (Wall Street: O dinheiro nunca dorme) é mostrado que após muitos anos ainda é claro o poder do dinheiro sobre as pessoas, e contesta muitas vezes ao longo da trama o caráter dos personagens Gekko e Jake Moore que vivem com um ar de mistério, levando à

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