Relatório De Estágio - Agropecuária

INTRODUÇÃO

O estágio foi realizado no INSTITUTO DE PERMACULTURA DA AMAZONIA (IPA), no período de 03 de janeiro de 2011 à 07 de fevereiro do mesmo ano, completando assim uma carga horária de 240 horas.

Tal atividade é exigida pelo INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA – MANAUS CAMPUS ZONA – LESTE, para obtenção do diploma técnico em agropecuária, desta forma o futuro profissional pode por em prática os conhecimentos teóricos em prática, e assim entrar em contado com a realidade do mercado de trabalho.

INSTITUTO DE PERMACULTURA DA AMAZONIA

O IPA foi desenvolvido em uma área de 9 hectares, que era utilizada pela antiga Escola Agrotécnica ( atualmente Ifam) para fins de qualificação de seus profissionais. Nesse local eram feito plantações, que exigiam a derrubada de arvores nativas, queimada dos troncos que ficavam sob o solo e a utilização de produtos químicos. Tais ações acabaram acarretando a degradação do meio. Então para recuperar a fertilidade desse solo, em 1997, foi desenvolvido o projeto de permacultura.

PERMACULTURA

Permacultura consiste basicamente na harmonia do homem com a natureza, de um modo que esta provenha alimento, energia e habitação, entre outras necessidades humanas, de uma maneira sustentável.

Foi criada na década de 70 pelo cientista Bill Mollison em parceria de seu aluno David Holgren.

O sistema de permacultura é divido em zonas que vão de 0 à 5.

ZONA 0: É o centro do sistema onde localiza-se a casa, no caso IPA é onde fica a cozinha e a sala de aula.

ZONA 1: É a área mais próxima da casa. É onde fica o viveiro de mudas, o banheiro, arvores frutíferas e o galinheiro. São espaços que requerem uma manutenção diária e são usado com mais frequência.

Nesta zona vale ressaltar a utilização do banheiro seco , ou seja, como o próprio nome sugere é um banheiro que não utiliza água.

As fezes e urina caem abaixo do vaso sanitário onde ficam armazenado em um depósito junto com serragem. Esse depósito deve ser construído onde a luz do sol possa ficar sob ele, para que haja a elevação da temperatura e assim os dejetos se decomponham mais rápido. A matéria final gerada por esse processo pode ser usada como adubo orgânico.

No galinheiro foi feito o processo de recepção de pintinhos.

A recepção começa antes da chegada deles no galpão com a desinfecção do espaço e dos equipamentos. A cama deve ser feita de cepilha, pois esta ajuda na absorção de fezes e urina dos animais. No galpão também deve conter o circulo de proteção e a campânula.

O circulo de proteção serve para evitar a morte de pintinhos por asfixia, pois estes se aglomeram em busca de calor, e sendo um local sem cantos o risco de morte é menor. A campânula serve para manter um ambiente agradável a eles, fornecendo calor através de uma lâmpada. O comportamento da ninhada dirá se a temperatura dentro do círculo está ou não adequada. Pintinhos amontoados junto à lâmpada e piando indica calor insuficiente. Ao contrário, se permanecerem distante da campânula, mas piando, há excesso. Bom sinal é vê-los regularmente distribuído, em silêncio, alimentando-se normalmente. Essa campânula deve ser mantidade 15 à 20dias.

Na chegada dos animais deve-se contar quantos vieram e separar os que tiverem com alguma anormalidades, depois orientá-los a beber água, molhando o bico de alguns pintos para que os demais os sigam e colocar ração de crescimento para que eles se alimentem.

ZONA 2: é a área onde os cuidados não são muito frequentes. Nessa área é onde encontra-se a plantação de pimenta - de - cheiro, quiabo, laranja, cupuaçu e limão. Este local só é visitado quando esta na época de colheita dos frutos.

ZONA 3: É onde fica as atividades que necessitam de mais espaço, por isso fica longe da zona 0.

No caso do IPA é onde fica a composteira, a pocilga e o viveiro de peixes.

A composteira é o local onde faz-se o composto orgânico, que é utilizado tanto na adubação de plantas locais, quanto para obtenção de lucro através da venda.

Para se obter o composto é necessário fazer uma pilha vertical em forma de pirâmide (para que não haja a acumulação de água) e em camadas.

Os materiais que eles utilizam são:

• capim seco, serragem e folhas, que são ricos em carbonos;

• esterco, capim verde, plantas leguminosas, vísceras (principalmente de peixes), sangue, que são ricos em nitrogênio;

• pó de rocha, calcário dolomítico, cinza, farinha de osso, que são ricos em minerais;

A primeira camada deve ser feita sob um solo limpo e úmido.

Iniciar a construção da pilha colocando uma camada de material vegetal seco de aproximadamente 15 a 20 centímetros, com folhas, palhadas, troncos ou galhos picados, para que absorva o excesso de água e permita a circulação de ar.

Terminada a primeira camada, deve-se regá-la com água, evitando encharcamento e, a cada camada montada, deve-se umedecê-la para uma distribuição mais uniforme da água por toda a pilha.

Na segunda camada, deve-se colocar restos de verduras, grama e esterco. Se o esterco for de boi, pode-se colocar 5 centímetros e, se for de galinha, mais concentrado em nitrogênio, um pouco menos.

Novamente, deposita-se uma camada de 15 a 20 cm com material vegetal seco, seguida por outra camada de esterco e assim sucessivamente até que a pilha atinja a altura aproximada de 1,5 metros.

O processo de compostagem ocorrerá em condições ótimas se:

• Existir uma combinação de vários materiais, com diferentes taxas de decomposição;

• Os diferentes materiais estiverem bem misturados;

• O tamanho da pilha variar entre 1,5 x 1,5, para que a temperatura permaneça constate no interior da pilha;

Seu ponto de maturação ocorre após 3 meses. Sabe-se que esta bom para ser utilizado quando