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Relação ético Racial

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Por:   •  3/10/2013  •  1.334 Palavras (6 Páginas)  •  282 Visualizações

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EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO RACIAIS: INTERDISCIPLINARIDADE E TRANSVERSALIDADE.

Por Leila Maria de Oliveira – Mestre em Educação: Currículo pelo Programa de Pós Graduação da PUC-SP; professora de educação física; e integrante do Grupo KILOMBAGEM.

Texto apresentado como conclusão de Curso Educação, Relações Raciais e Direitos Humanos, promovido pela Ação Educativa.

O presente artigo tem como objetivo provocar uma breve reflexão sobre a importância de trasnversalizar a temática da educação para as relações étnico raciais nos currículos da educação básica brasileira.

A temática Educação para as Relações Raciais, ganha escopo depois da promulgação da Lei 10.639/03, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, incluindo no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”; além disso, seu conteúdo altera a LDBEN, acrescida dos arts. 26-A e 79-B, e avança com a elaboração do Parecer CNE/CP nº 03/04.

O Parecer CNE/CP nº 03/04, propõe e define as diretrizes que incluem, nos currículos das instituições de ensino, que atuam nos variados níveis e modalidades da educação brasileira, conteúdos e atividades curriculares relativos à educação das relações étnico-raciais. (OLIVEIRA, 2012)

A expressão Educação para as Relações Raciais, aparece no texto do Parecer CNE/CP nº 03/04, destacando a importante função da escola em criar pedagogias antirracistas, apontando a necessidade de os professores estarem qualificados para

[...] o ensino das diferentes áreas de conhecimentos e, além disso, sensíveis e capazes de direcionar positivamente as relações entre pessoas de diferente pertencimento étnico-racial, no sentido do respeito e da correção de posturas, atitudes, palavras preconceituosas. Daí a necessidade de se insistir e investir para que os professores, além de sólida formação na área específica de atuação, recebam formação que os capacite não só a compreender a importância das questões relacionadas à diversidade étnico-racial, mas a lidar positivamente com elas e, sobretudo criar estratégias pedagógicas que possam auxiliar a reeducá-las, para o ensino das diferentes áreas de conhecimentos e, além disso, sensíveis e capazes de direcionar positivamente as relações entre pessoas de diferente pertencimento étnico-racial, no sentido do respeito e da correção de posturas, atitudes, palavras preconceituosas. Daí a necessidade de se insistir e investir para que os professores, além de sólida formação na área específica de atuação, recebam formação que os capacite não só a compreender a importância das questões relacionadas à diversidade étnico racial, mas a lidar positivamente com elas e, sobretudo criar estratégias pedagógicas que possam auxiliar a reeducá-las. (BRASIL, 2004, p. 17).

O texto ressalta aspectos importantes, como a necessidade de investimento na formação inicial da área especifica dos professores, como também o incentivo na continuidade da formação para tratar a temática educação para as relações étnico raciais no cotidiano escolar.

O documento fomenta a necessidade de trabalhar a diversidade, não se tratando de substituir uma cultura determinante de raiz europeia por uma de matriz Africana, o que se pretende é valorizar e expandir o “foco dos currículos escolares para a diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira.” (BRASIL, 2004, p. 17).

Como bem cita Silva (2005, p. 161), “[...] a Africanidade Brasileira abrange diferentes áreas, não precisam, em termos de programas de ensino, constituir-se numa única disciplina, pois podem estar presentes, em conteúdos e metodologias, nas diferentes disciplinas constitutivas do currículo escolar”.

A abordagem de conteúdos e metodologias que valorizem as relações étnico – raciais, permite e estimula o trabalho conjunto entre dois ou mais campos distintos, em busca de um trabalho interdisciplinar. Para Fazenda (2002, p. 64b), “a atitude interdisciplinar está contida nas pessoas que pensam o projeto educativo.”

A educação interdisciplinar não elimina as disciplinas, ao contrario reorganiza para torná-las comunicativas entre si. As DCNERER não orienta a criação de uma disciplina nomeada Educação para as Relações Étnico Raciais, porem enfatiza a importância da temática ser trabalhada no âmbito de todo o currículo.

A proposta interdisciplinar estabelece ligações de complementaridade, convergência, interconexões e passagens entre os conhecimentos (Brasil 1999). Por isso é importante reorganizar o currículo, elaborando estratégias para contemplar conteúdos, que enaltecem o processo de ensino aprendizagem e de inserção social.

A sociedade brasileira é constituída pela diversidade, e se o que se busca é respeitar o educando, não se devem segregar culturas, já que as diferenças é tão importante na constituição do sujeito.

Alguns temas, que correspondem a questões presentes na vida cotidiana como orientação sexual e meio ambiente, foram integrados no currículo por meio da transversalidade. Pretende-se que alguns temas integrem as disciplinas convencionais, isso significa que devem ser trabalhados em disciplinas já existentes, relacionando-as às questões da atualidade e que se tornem eixos orientadores no convívio escolar. (MENEZES, 2002)

Ainda que o MEC, já pré-estabeleceu os temas transversal, ressalta a inclusão de outros temas relevantes, e ainda adverte aos professores a mobilizar conteúdos que reflitam nas questões sociais.

Assim, segundo orientação dos PCNs, não se trata de que os professores das diferentes áreas devam “parar” sua programação para trabalhar os temas, mas sim de que explicitem as relações entre ambos e as incluam como conteúdos

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