Resenha - Filme Amistad

SPIELBERG, STEVEN. Amistad (filme). Roteiro de David Franzoni. Estados Unidos da América, cor, 1997, 155 min.

Resenhado por: Renata Amaro Ferreira Dias .

A espetacular história do filme Amistad, é baseada em fatos verídicos, onde a história acorre por volta do ano de 1839. O início da trama acontece em um navio negreiro espanhol chamado La Amistad, ocorrendo uma rebelião inesperada dos 53 escravos que havia abordo, estes tentavam voltar a seus lares na África, porém, sem sucesso, chegam nas costas da América do Norte provocando um grande julgamento em que eram acusados de assassinos.

Contra as acusações se levantaram defensores da liberdade humana, o advogado Roger Baldwin que criou afinidade com Cinqué, líder dos escravos, facilitando, mesmo com dificuldades de comunicação, a compreensão do que realmente aconteceu no navio. Alguns interessados, como a Rainha da Espanha, insistiu para que fosse reconhecido como pertencentes daqueles escravos, o que dificultou ainda mais o julgamento, pois se tornou uma questão política e não mais tendo enfoque no massacre. A cena que vale destacar, é aquela em que Cinqué conta a seu advogado detalhes de como é feito o processo do tráfico negreiro, o líder dos escravos conta que o aprisionamento é feito pelos próprios Africanos, o Porto, era onde muitas vezes eram trocados por produtos, contou também, que a benção aos escravos era feita por um padre jesuíta, e os motivos das "mercadorias" serem jogadas ao mar era com o intuito de livrar-se dos doentes, por falta de comida, também, por excesso de lotação ou para não serem flagrados pelos ingleses que proibiam o tráfico no oceano Atlântico. Com muito custo todas as cenas e relatos, vão sendo assimiladas e acreditadas que realmente aquilo existiu. É história i é para ser lembrada com o objetivo de que não voltem a acontecer, porém sabe-se que a realidade é outra, e que ainda em pleno século XXI existem "Ciqués" vivenciando fatalidades.

Mesmo com todos os ventos a favor dos escravos, o caso foi levado ao supremo tribunal e graças ao ex-presidente que mexido com o caso, defendeu a causa dos africanos, a justiça foi feita e os negros gozaram de sua liberdade. O filme traz lembranças do tão recente defensor dos direitos civis dos negros, Martin Luther King, fazendo-nos refletir que o racismo não é só uma questão do passado, e sim, uma luta ainda presente. Os negros, tanto quanto os brancos, são seres humanos, dignos de serem respeitados como cidadãos e inseridos numa sociedade justa, onde as leis sejam válidas numa democracia leal e limpa, sendo abolida a escravidão em todos os sentidos, atingindo negros, brancos, crianças, etc. Do começo ao fim, a história mexe com o emocional do espectador, causando arrepios e motivação por querer fazer com que as sociedades se tornem mais justas

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