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Resenha do Filme Macunaíma

Por:   •  19/4/2019  •  Trabalho acadêmico  •  547 Palavras (3 Páginas)  •  2.062 Visualizações

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Resenha crítica do filme “Macunaíma”.

O filme Macunaíma possui a direção de Joaquim Pedro de Andrade, o qual também fora responsável pela produção e pelo roteiro, este último baseado no livro de Mario de Andrade “Macunaíma”. O elenco principal é composto por Grande Otelo, Paulo José, Dina Sfat, Milton Gonçalves, Jardel Filho e Rodolfo Arena. A obra audiovisual foi distribuída pela já extinta Embrafilme (empresa criada pelos militares durante o regime militar no Brasil) em 1969, com duração de 108 minutos.

Joaquim Pedro de Andrade nasceu no dia 25 de maio de 1932, na cidade do Rio de Janeiro. Foi um cineasta. Na década de 1950, cursou Física, na Faculdade Nacional de Filosofia, também no Rio de Janeiro. Mas com o passar dos anos, o cinema passou a interessá-lo. Dentre suas obras estão os longas metragens “Garrincha, Alegria do Povo” (1963), “O Padre e a Moça” (1965), “Contos Eróticos” (1977) e a obra analisada nesta resenha, “Macunaíma”, (1969).

O filme começa com a cena do parto do próprio herói, Macunaíma. Ele já nasce grande, com corpo de adulto, mas com uma mente infantil. Só começa a falar aos seis anos de idade, por causa de sua preguiça. No início, a mulher de seu irmão faz uma feitiçaria que deixa Macunaíma, que antes era negro, branco. A partir daí, o herói (como é chamado Macunaíma), passa a ter um caso com a feiticeira. Porém, Macunaíma volta a ser negro e torna-se branco novamente quando, ao caminhar com sua família, encontra uma fonte de água onde quem entra embranquece. O herói é o único a conseguir entrar e muda a sua pele de cor.

Mais tarde, todos vão para a cidade e lá começa uma nova série de aventuras. Macunaíma conhece uma jovem guerreira chamada Ci, e vive um romance com ela, até o momento em que Ci e o filho dos dois morrem em um acidente. Em seguida, um personagem chamado “Pedro Pietro”, um gigante devorador de homens, rouba um amuleto da sorte usado pelo herói. A última parte do filme consiste numa série de tentativas para recuperar o amuleto. No fim de tudo, o herói volta para o lugar de onde veio, desolado e com a sua eterna preguiça. Derrepente, ele encontra a Iara Mãe D’Água banhando-se num rio. Macunaíma, possuído pelo seu instinto, pula na água sem pensar duas vezes, e morre devorado pela rainha das águas.

Apesar de se basear no livro Macunaíma, o filme não é totalmente fiel a obra literária. Muitas cenas são inexistentes no livro. Mas é correto afirmar que a fidelidade não é necessária, haja vista que um filme consiste em outro tipo de arte. Além disso, o autor do filme não objetiva apenas fazer com que os leitores do livro visualizem a história que leram. Um filme necessita ser novo, para agradar o público. Logo, se ele fosse apenas uma cópia fiel de alguma coisa, não agradaria e talvez até venderia menos do que o filme inovador.

A principal característica desta película está na fidelidade ao movimento modernista brasileiro. O enredo ocorre de uma maneira diferente dos padrões. Até certo ponto, chega a ser difícil dar um sentido a história. Mas a ausência de regras é o objetivo da estética modernista. Abandonar os padrões impostos pela “antiga” arte é imprescindível para o novo, o moderno.

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