Resenha do filme "A Onda"
Por: dani3dantas • 20/9/2015 • Resenha • 331 Palavras (2 Páginas) • 472 Visualizações
Resenha do filme “A Onda”:
“A Onda” (Die Welle), é um longa-metragem alemão de 2008, dirigido por Dennis Gansel, baseado em um fato real ocorrido na Califórnia em 1967.
Um professor, simpatizante de rock ’n’ roll e anarquismo se vê obrigado a dar aulas sobre autocracia, durante uma semana, para uma turma de adolescentes. Devido ao desinteresse dos alunos no assunto e à resposta negativa quando questionados se a ditadura na Alemanha não seria mais possível, ele resolve fazer um experimento pedagógico em que mostraria aos alunos como seria viver em um regime fascista, para que aprendessem na prática as ideologias desse movimento.
Durante essa semana, foi escolhido um líder (o professor), um nome (“A Onda”), um uniforme (camisa branca), um símbolo, uma saudação (movimento de braço que simula uma onda), um lema para o movimento (“Força pela Disciplina”) e aplicada disciplina de massas. Com isso, grande parte dos alunos começaram a levar o assunto muito a sério, e iniciaram manifestações de vandalismo na cidade e opressão às pessoas contrárias ao movimento. Aos poucos eles iam perdendo o individualismo e formando uma identidade coletiva.
O que deveria ser somente um experimento, com a empolgação dos alunos, saiu de controle, atraindo cada vez mais membros para o grupo. O movimento tomou proporções inimagináveis até pelo professor, que se deixou levar por essa empolgação por um momento, mas quando percebeu o que de fato estava ocorrendo e resolveu acabar com “A Onda”, já era tarde demais.
O desfecho trágico do filme mostra as consequências desse tipo de regime, e a influência do mesmo sobre as pessoas. A sociedade pode cair nesse regime facilmente de novo, que se apresentando de uma maneira diferente, revela que o autoritarismo pode estar tão vivo na sociedade atual como na Alemanha nas décadas de 30 e 40.
“A Onda” pode ser considerada uma obra cinematográfica inteligente e uma crítica à sociedade atual, aos jovens principalmente, que são facilmente influenciáveis e capazes de abrir mão de sua liberdade individual para se integrarem em um grupo.
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