Resumo Riqueza Das Nações
Artigo: Resumo Riqueza Das Nações. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: alexaguiar • 9/6/2013 • 3.053 Palavras (13 Páginas) • 21.187 Visualizações
Resumo do Livro a Riqueza das Nações
A Riqueza das Nações é a obra mais famosa de Adam Smith. Composta por 5 livros (ou partes), foi publicada pela primeira vez em Londres em março de 1776, pela casa editorial de William Strahan e Thomas Caldell.
Além de análises teóricas sobre o funcionamento das chamadas sociedades comerciais e os problemas associados à divisão do trabalho, ao valor, à distribuição da renda e à acumulação de capital, o livro traz considerações históricas e farto material empírico, sendo considerado um momento de inflexão no desenvolvimento da história do pensamento econômico.
O livro I discute os problemas associados à divisão do trabalho e as trocas: o valor e os preços, o dinheiro e os rendimentos.
O livro II discute a acumulação de capital.
O livro III trata de questões associadas ao desenvolvimento econômico.
O livro IV consiste numa espécie de resenha crítica das duas principais escolas de pensamento econômico do século XVIII: o sistema comercial, ou mercantilismo, e o sistema agrícola, a fisiocracia.
O livro V contém proposições sobre a receita pública e as responsabilidades do Estado.
A idéia central de Smith em A Riqueza das Nações é de que o mercado, aparentemente caótico, é, na verdade, organizado e produz as espécies e quantidades de bens que são mais desejados pela população.
Adam Smith tornou-se um dos principais teóricos do liberalismo econômico. Sua principal teoria baseava-se na ideia de que deveria haver total liberdade econômica para que a iniciativa privada pudesse se desenvolver, sem a intervenção do Estado. A livre concorrência entre os empresários regularia o mercado, provocando a queda de preços e as inovações tecnológicas necessárias para melhorar a qualidade dos produtos e aumento de produção.
As ideias de Adam Smith tiveram uma grande influência na burguesia européia do século XVIII, pois atacavam a política econômica mercantilista promovida pelos reis absolutistas, além de contestar o regime de direitos feudais que ainda persistia em muitas regiões rurais da Europa.
O resumo propõe um exame do livro Riqueza das Nações por ser a obra na qual o autor dedica-se, dentre outras temáticas, à defesa do que é riqueza na sociedade de seu tempo, esmiuçando o princípio geral que define esta riqueza e as causas fundamentais para a expansão dela. Através da recuperação deste princípio geral e das causas fundamentais para a geração e a expansão da riqueza, mostrar-se a maneira pela qual Smith apreende e conceitua a riqueza em sua época. Efetuada essa demonstração, objetiva-se expor a concepção de progresso, expressa na defesa de determinado comportamento humano, que emerge do modo como o autor apreendeu e conceituou a riqueza. Da demonstração da relação entre riqueza e progresso, discute-se o fundamento desta relação em Smith a fim de pensar, a partir deste fundamento, tanto a maneira de apreender e conceituar a riqueza na sociedade capitalista quanto os limites ao progresso que podem emergir do modo como se compreende esta riqueza.
A teoria de Adam Smith foi de fundamental importância para o desenvolvimento do capitalismo nos séculos XIX e XX.
A riqueza na Riqueza das Nações deve-se, em primeiro lugar, ter em mente que a divisão do trabalho, a propriedade privada e a troca não são conceitos esparsos na Riqueza das Nações. Ao contrário, são categorias articuladas entre si e constitutivas do cerne da concepção de riqueza de Smith.
O aumento das forças produtivas do trabalho é proporcionado pela divisão do trabalho porque a fragmentação do trabalho permite ao indivíduo se especializar na melhor de suas habilidades. A especialização do indivíduo em um trabalho particular depende, por um lado, da capacidade do indivíduo de reunir as condições para se manter durante (e reproduzir) o processo produtivo – até porque, todo o seu tempo estará dedicado a um único trabalho, o que impede a produção para sua subsistência – e, por outro lado, da possibilidade de alienar o resultado de sua produção, de modo a satisfazer suas carências e suas necessidades. A divisão do trabalho, por conseguinte, ocorre quando há a propriedade privada dos meios de produção e do resultado da produção. Somente assim o indivíduo está habilitado a trocar o fruto de seu talento para acessar os resultados dos talentos dos demais indivíduos, de maneira a satisfazer suas carências e suas necessidades.
A divisão do trabalho e a propriedade privada, consequentemente, existem mediante uma condição: os indivíduos somente acumulam privadamente e, por conseguinte, parcelam o trabalho caso acessem o resultado do trabalho dos demais através da troca. Ampliar as forças produtivas do trabalho significa ampliar a quantidade de produtos sob a propriedade dos e passíveis de alienação pelos indivíduos; ou seja, aumenta a quantidade de produtos do trabalho destinados à troca. Por ser o aumento das forças produtivas do trabalho a fonte da riqueza, depreende-se, deste breve exame das categorias que explicam o aumento das forças produtivas, que a riqueza são, para Smith, os produtos do trabalho destinados à troca.
A maneira pela qual o produtor consegue efetuar sua manutenção é pelo acúmulo privado de propriedade. Acertadamente, Smith identifica na posse crescente de meios de produção uma condição necessária para a existência da especialização; porém, não se trata de qualquer posse de meios de produção, mas sim da acumulação privada de “capitais” ou propriedade privada. A acumulação privada dos meios de produção é a única maneira, seguindo-se a argumentação de Smith, pela qual o produtor consegue pôr em movimento o processo produtivo.
A acumulação de “capital” da qual trata Smith, em verdade, não se refere somente aos meios necessários à produção. Trata-se dos produtos do trabalho capazes de satisfazer as carências e as necessidades dos produtores. Parte daquilo que Smith denomina de “capital” são também os produtos do trabalho para consumo (ou usufruto) do produtor. De outra maneira, a parte do “capital” destinada aos materiais, às ferramentas, às máquinas; enfim, aos meios de produção (“capital fixo”), bem como a parte destinada à manutenção destes meios de produção e à realização da produção (“capital circulante”), são acumulados para gerar, em escala crescente, os produtos do trabalho para a satisfação das carências e das necessidades dos produtores (“consumo imediato”). Cabe destacar a passagem em que o autor expõe a finalidade
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