Resíduos ETA
Exames: Resíduos ETA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: oliveira.tamires • 14/11/2013 • 2.574 Palavras (11 Páginas) • 268 Visualizações
Resíduos das Estações de Tratamento de Água
Desde há muito tempo, o destino dos resíduos de uma estação de tratamento de água tem sido um curso de água próximo, frequentemente a própria fonte que a estação processa. Entretanto, a crescente preocupação e a regulamentação sobre a preservação ou recuperação da qualidade do meio ambiente, têm restringido ou mesmo proibido o uso deste método de disposição, impondo a procura por outros métodos que não ou pouco interferem com o meio ambiente. Nos Estados Unidos, desde 1972 com a aprovação das emendas ao "National Pollutant Discharge Act", considera-se o lodo gerado no tratamento de água como resíduo industrial e, assim, sujeito a restrições legais.
Entre os métodos alternativos de disposição de lodos pode-se incluir o lançamento na rede coletora, em lagoas com largo tempo de detenção, aplicação no terreno, aterros sanitários e aproveitamento de subprodutos. Estes últimos três métodos de disposição exigem a desidratação do lodo a um nível que permita facilitar seu manuseio e reduzir os custos de transporte, por meio da redução de volume e consequente aumento de densidade. Para isso, diversas tecnologias de manejo de lodo têm sido testados, e dispositivo mecânicos como filtração a vácuo, filtros prensa, centrifugação e filtros prensa da correia.
Fonte: Livro "Tratamento de Lodos de Estações de Tratamento de Água.
Estação de Tratamento de Água - GUARAÚ
1.1. Considerações Teóricas
A ETA Guaraú é uma estação do tipo convencional, compreendendo os seguintes processos de tratamento:
1.1.1. Coagulação
Na água bruta, além de partículas sedimentáveis, existem impurezas que se encontram em suspensão fina, estado coloidal ou suspensão (bactérias, protozoários e plâncton). A coagulação consiste em reações físico-químicas que ocorrem entre o coagulante e a alcalinidade para formar um precipitado. Como conseqüência os colóides da água bruta, ficarão desestabilizados, reduzindo ou neutralizando sua carga elétrica. Assim as partículas coloidais estarão prontas para serem agrupadas pela força mecânica ou hidráulica dos floculadores.
O coagulante utilizado é um sal de metal trivalente, geralmente alumínio ou ferro, que é adicionado na entrada da água bruta na estação, onde se tem a mistura rápida. A reação entre o coagulante e a alcalinidade é rápida, ocorrendo em poucos segundos
O sulfato de alumínio líquido, coagulante utilizado na ETA Guaraú, é descarregado nos oito tanques de armazenamento, com capacidade de 150m3 cada. Destes tanques, o produto químico flui para os dosadores instalados imediatamente junto aos misturadores rápidos. A adição de sulfato de alumínio varia em função da vazão medida na entrada da estação ou pela qualidade da água, mantendo-se a mesma dosagem para qualquer alteração de vazão.
O consumo de sulfato de alumínio utilizado a 58% de concentração é, em média, de 50 m3/dia.
1.1.2. Floculação
Após a coagulação, as partículas coloidais estão prontas para serem agrupadas pela força mecânica ou hidráulica dos floculadores.
Os floculadores estão equipados com unidade de acionamento ou chicanas para transmitir energia à água, mantendo-a em movimento de turbulência relativamente suave. Conforme a água passa pelos floculadores, as partículas de impurezas colidem com as partículas sólidas suspensas e, aderindo umas às outras, aumentam de tamanho e densidade.
As câmaras de floculação de ETA Guaraú, são providas, cada uma, de doze floculadores dispostos em três perpendiculares, no sentido do escoamento. Assim, a água passa por três zonas de turbulência (alta, média e baixa), que decrescem no sentido do fluxo.
O volume de cada câmara é de aproximadamente 8.300 m3, proporcionando um tempo de detenção de 25 minutos, condicionando a água para o processo de decantação.
1.1.3. Decantação
Após a floculação, observando-se o aspecto da água, ficam evidentes os flocos formados pela agregação das impurezas,
A separação entre o decantador e floculador é feita por uma cortina de madeira ou difusor, evitando assim que se propague para o decantador a turbulência criada no floculador. Obtém-se com isto um movimento laminar com baixa velocidade, permitindo que os flocos sedimentem antes que a água seja coletada pelas canaletas dos decantadores. Os flocos, ao se depositarem, formam uma camada de lodo que é removida periodicamente quando o lodo acumulado começa a alterar a turbidez da água decantada, prejudicando os filtros ou continuamente através de raspadores de lodo
Nesta etapa espera-se uma remoção de turbidez entre 80 a 90 %
Na ETA Guaraú, o lodo é constantemente retirado, através dos braços dos removedores de lodo circulares, para um poço no centro do decantador, e bombeada para o canal de águas residuais da estação. Os braços dos removedores giram dando uma volta completa em 3 horas. Em cada decantador estão instalados dois removedores de lodo.
1.1.4. Filtração
É o processo que permite a remoção das frações de partículas de impurezas e partículas sólidas suspensas na água que não foram removidas no decantador. A água é conduzida aos filtros através dos canais de água decantada.
Os filtros são constituídos por meios filtrantes e camada suporte. O meio filtrante normalmente é composto por carvão antracito e a areia (dupla camada), somente areia (camada simples), ou areia grossa (alta taxa ou camada profunda). A camada suporte é formada por pedregulhos em camadas de diferentes granulometrias.
Os filtros possuem taxa de aplicação que variam de 180 m³/m².dia para o de camada simples, a 600 m³/m².dia para os de camada profunda, ficando os de dupla camada com taxas intermediarias, sendo estes os mais utilizados.
Os filtros são lavados em contra corrente em carreiras de filtração que vão de 15 a 40 horas aproximadamente, e o momento da lavagem é determinado pelos valores de perda de carga e turbidez da água filtrada. Em cada lavagem
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