Revolução dos Bichos Resumo

Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Linguagem Jurídica – fichamento do livro Revolução dos Bichos

Ficha Técnica

Título: A Revolução dos Bichos
Subtítulo: Um Conto de Fadas
Autor: George Orwell
Tradução: Heitor Aquino Ferreira
Editora: Companhia das Letras
Edição: 1
Ano: 2007
Idioma original: inglês

Descrição

O livro trabalha, a partir da alegoria de animais, a Revolução Russa (ou Socialista). A história que conta sobre a Granja dos bichos, anteriormente Granja do Solar, inicia-se com a liderança de Jones, humano que explora o trabalho dos animais para acumular capitais.

Entretanto essa situação muda quando Major, um porco bem conceituado por todos, sonha e idealiza uma revolução na qual os bichos iriam tomar e comandar a granja, libertando-se das explorações humanas. Essa revolução se concretiza e a politica, chamada de Animalismo, da granja muda: todos os bichos são amigos, os humanos são inimigos e tudo que se produzir será dividido igualmente entre todos os bichos.

Contudo, essa realidade é pouco duradoura. Napoleão, um dos dois porcos lideres, engana Bola-de-neve, o outro líder, e toma e concentra o poder para os porcos e, principalmente, para si mesmo. Começa, assim, um governo autoritário, que usa de mentiras e violência para se manter. Esse é o fim da revolução e do direito de igualdade que foram conquistados pelos bichos e o inicio de uma nova era de exploração.

Relatório

O principal objetivo de George Orwell foi criticar, através da alegoria de uma granja de animais, as formas de governos autoritárias, especialmente o governo de Stálin. Apesar de o autor ter sido um socialista, ele era um socialista de convicções democráticas, o que o levou a criticar a república socialista russa sobre o comando de Stálin, em que a busca pelo poder e o autoritarismo sobrepuseram a importância da igualdade entre todos.

O ponto alto da sua sátira é: o momento em que o governo da revolução, Napoleão e os outros porcos, não consegue ser distinguido dos inimigos, os humanos. A tirania presente em ambos os comandos, Napoleão e Jones, anula as diferenças entre os governos, representando o capitalismo e socialismo, que se reduzem a meios opressão. Finalizando, assim, a tese de que para o homem ser verdadeiramente livre e feliz, ele tem que se libertar de qualquer forma de autoritarismo.

Outro ponto bastante relevante na obra é o fato de que, o autor, deixa claro que a concentração do poder é um meio de consolidar o autoritarismo, demonstrado tanto pelo poder dos humanos quanto pelo poder dos porcos. A liberdade e a felicidade dos bichos só acontecem quando há um equilíbrio no poder balanceado pela disputa entre os dois porcos, porém, mesmo assim, esse equilíbrio não é perfeito. Isso pois, por exemplo, ambos, Napoleão e Bola-de-Neve, utilizando-se de seus cargos como lideres e de sua inteligência, concordam que o leite deve ser misturado à ração dos porcos, contrariando, assim, o principio de igualdade.

Em resumo, o livro concluí que o ser humano nunca vai ser livre enquanto estiver submetido a qualquer espécie de autoritarismo, seja ele familiar, comunitário, estatal, capitalista ou comunista. Entretanto o homem sempre estará em busca de mais poder, por isso, a população deve estar constantemente lutando contra essa situação, e não se calar como os bichos, ao perceberem o que estava acontecendo, fizeram.

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