SIGNIFICADO E SIGNIFICADO NA FORMAÇÃO ESCOLAR. REFLEXÕES SOBRE CONCEITO SIGNIFICATIVO DE FORMAÇÃO
Projeto de pesquisa: SIGNIFICADO E SIGNIFICADO NA FORMAÇÃO ESCOLAR. REFLEXÕES SOBRE CONCEITO SIGNIFICATIVO DE FORMAÇÃO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nilza2015 • 13/10/2014 • Projeto de pesquisa • 1.396 Palavras (6 Páginas) • 470 Visualizações
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA
Disciplinas: PSE II / PSI I
PROFESSORA :ANAMAEVE ALVES SOARES
SIGNIFICADO E SENTIDO NA APRENDIZAGEM ESCOLAR. REFLEXÕES EM TORNO DO
CONCEITO DE APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
César Coll Salvador
Resumo:
Existe atualmente uma coincidência em sublinhar, a partir de concepções e enfoques
psicopedagógicos relativamente dispares, a importância da aprendizagem significativa como
elemento-chave da educação escolar ????? em que apenas a aprendizagem significativas
conseguem promover o desenvolvimento pessoal dos alunos valorizam-se as propostas didáticas
e as atividades de aprendizagem em função de sua maior ou menor potencialidade para promover
aprendizagens significativas propõe-se procedimentos e técnicas de avaliação suscetíveis de
detectar o grau de significância das aprendizagens realizadas, etc. Esta coincidência é, sem
dúvida, surpreendente na medida em que as práticas educacionais, tanto as escolares como
as não escolares , constituem um âmbito de conhecimento e de atividade profissional melhor
propenso a polêmicas e a pontos de vista desencontrados.
Na realidade, a idéia ou, melhor dito, algumas idéias que subjazem ao uso atual do conceito
de aprendizagem significativa contam com inúmeros antecedentes na história do pensamento
educacional. Podemos nos remeter em primeiro lugar, à tradição centrada na criança dos
movimentos pedagógicos renovadores do séculos, que funda suas raízes no pensamento
de Rousseau e à qual pertencem autores tão destacados como Claparède, Dewey, Ferrière,
Montessori, Decroly, Cousinet, Freinet e muitos outros que, além das diferenças entre suas
respectivas colocações compartilham o princípio de auto-estruturação do conhecimento, isto
é, vêem o aluno como o responsável último do seu próprio processo de aprendizagem, como
o "artesão da sua própria construção" (Not, 1979). Em segundo lugar, cabe mencionar a tradição,
mais recente, da hipótese da aprendizagem por descobrimento, desenvolvida nos anos sessenta,
e das propostas pedagógicas que defendem o princípio de que o aluno adquira o conhecimento
com seus próprios meios ou, como afirma Bruner em seu conhecido trabalho sobre o ato do
descobrimento, "mediante o uso de sua própria mente" (Bruner, 1961).Em terceiro lugar, podemos
citar as propostas pedagógicas inspiradas nas teses que podem ser sintetizadas na seguinte
afirmação: o "princípio fundamental dos métodos ativos: compreender é inventar ou reconstruir por
reinvenção" (Piaget, 1974).
Não se esgotam, no entanto, com estas referências, certamente ricas e variadas, os
antecedentes do conceito de aprendizagem significativa, tal como é utilizada atualmente no
discurso e na prática pedagógica. Numa tradição de pensamento distinta das anteriores,
encontramos, por exemplo, os estudos e investigações sobre a curiosidade epistêmica e a
atividade explorativa no domínio das teorias da motivação. Dado que, segundo os postulados da
teoria da atividade (arousal), formulada por Hebb e Berlyne nos anos sessenta, a motivação para
explorar, descobrir, aprender e compreender está presente em maior ou menor grau em todas
as pessoas, a atividade exploratória converte-se num poderoso instrumento para a aquisição de
novos conhecimentos. De um ponto de vista pedagógico, isto conduz à proposta de confrontar
o aluno com situações que possuem uma série de características (novidade, complexidade,
ambigüidade, incongruência, etc.) suscetíveis de ativar a motivação intrínseca e, deste modo,
provocar uma curiosidade epistêmica e uma atividade exploratória dirigida a reduzir o conflito
conceitual, a incerteza e a tensão gerada pelas características da situação (Farnham-Diggory,
1972).
Permita-nos citar ainda outro antecedente que mostra até que ponto o conceito de
aprendizagem significativa é depositário de idéias e conotações que têm a sua origem em
enfoques distintos, nem sempre totalmente compatíveis, do psiquismo humano. Refirimonos
à concepção humanística da aprendizagem que está na base da proposta formulada por
Rogers (1969), de ensino não-diretivo ou de ensino centrado no aluno. Esta proposta , que se
caracteriza, entre outras coisas, por acolher a aspiração ancestral de uma educação adaptada
às necessidades de cada indivíduo, situa o desenvolvimento pessoal do aluno no centro do
processo educacional e aponta como fim prioritário da educação que a pessoa funcione de
maneira integrada e efetiva, que construa a sua própria realidade, que encontre a sua identidade
particular. Lembre-se, por exemplo, a insistência dos autores humanistas em aprender a perceber,
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